Entre as novidades na indústria, está o reaproveitamento de garrafas plásticas para produção de fibras, a aromatização de tecidos e a inclusão de neon, para que a trama brilhe no escuro. “A variedade é tamanha que não se pode falar em tendência de cor ou tipo de tecido, valoriza-se a criatividade de misturar e criar um espaço único”, observa Palma.
Comece pelo sofá
Tecido desgastado, assento afundado e uma boa estrutura. Esse é o cenário ideal para que se invista na recuperação de um sofá ou poltrona. Em vários casos é preferível uma reforma a comprar outro móvel, opina a arquiteta Gisele Busmayer. “Às vezes, o investimento em um bom sofá pode chegar a R$ 10 mil ou R$ 15 mil, uma recuperação tem preço variável por causa do tecido, mas não costuma passar de R$ 3 mil”, avalia.
Todas as partes do sofá podem ser substituídas: tecidos, molas, espumas e até alguns componentes da estrutura, para reforçar o móvel, garante a proprietária da Estofaria Brambilla, Mery Brambilla.
Tecido
A parte mais difícil será, sem dúvida, a escolha da nova cor. Ao visitar uma loja, é possível criar mais de 30 mil combinações, afirma a consultora da Mantuanni Casa, Josiane Goslar. “Tudo dependerá do destaque que se quer dar ao objeto. Em peças maiores, o mais natural é optar pelos tons neutros”, diz.
Entre os tecidos mais procurados estão o linho, que dá ar despojado ao ambiente e é produzido em vários acabamentos, a seda, para peças mais clássicas, além do veludo, do couro natural e sintético, e do chenile, jacar e suede. “Em geral, são necessários entre 18 e 30 metros para um conjunto de três e dois lugares. A quantidade dependerá se as almofadas são presas ou soltas”, diz Mery.
A resistência dos tecidos deve ganhar atenção especial. “Quando se escolhe uma seda para estofar, por exemplo, deve-se observar se ela passou pelo processo de dublagem, que a deixa mais resistente, impedindo que esgarce rapidamente”, aconselha o consultor de moda casa da Goya Revestimentos, Daniel Lammel.
Na casa de Aline Godinho Reis, além da necessidade de renovar os estofados, havia a preocupação em ter superfícies mais adequadas para as crianças. “Uma das partes do sofá é clara e de difícil limpeza, optei por tons mais escuros e tecidos sintéticos para facilitar o dia a dia”, afirma.
Gisele ajudou Aline a definir a combinação de cores. As poltronas são mais ousadas, com um tecido brilhante. O sofá, que será reformado nas próximas semanas, ganhará uma parte cinza lisa e as almofadas listradas em bege e cinza.
Como dica geral, Josiane aponta os tons de cinza e bege, que combinam com tudo. Quanto as estampas é preciso cuidado para não exagerar. “Listras, florais ou desenhos geométricos devem ser coordenados seguindo a mesma gama de cores”, diz.
Lammel acrescenta outra dica: o uso de estampa toile de jouy, que retrata paisagens campestres. “Uma poltrona fica muito bonita com esse tipo de tecido, com motivos indígenas ou cenas do cotidiano do interior da Europa”, explica.
Como adorno, além das almofadas, pode-se investir em mantas. De algodão, fios de seda, rami, com brilho, bordadas ou feitas de crochê, elas dão charme ao móvel e a todo ambiente. “As pessoas têm uma ideia errada de que as mantas são usadas somente para proteger o sofá contra a sujeira. Na verdade, são mais um item na decoração”, opina Josiane.
Serviço:
Estofaria Brambilla –(41) 3329-2593.
Mantuanni Casa – (41) 3242-6350.
Goya Revestimentos – (41) 3224-6858.