Se tem uma palavra que define os revestimentos hexagonais, essa palavra é versatilidade. O formato cai bem em projetos que vão do vintage ao contemporâneo, trazendo mais personalidade a cada um deles. Com formato orgânico, que se inspira na natureza e remete às colmeias das abelhas, os hexágonos são uma tendência na arquitetura e no projeto de interiores.

“O formato hexagonal foge do tradicional e, sem dúvida, deve perdurar por bastante tempo”, afirma Pamela Ribeiro Golin, gerente de produto da Portobello. Com a customização dos projetos cada vez mais em alta, a demanda por este produto é crescente. “Apostamos neste formato porque ele é um coringa e havia essa necessidade de inovação no mercado. O mesmo produto pode ser utilizado de diversas maneiras e aplicado em diferentes estilos de decoração”, explica Pamela.

Na linha dos hexagonais, uma das tendências atuais é a utilização de losangos que formam hexágonos. Como os módulos se encaixam com facilidade, é possível customizar ainda mais o projeto, formando figuras hexagonais menores e maiores.

A arquiteta Rikelly Wolter, à frente do escritório homônimo, em Curitiba, utilizou este recurso na reforma de um banheiro. “Este tipo de revestimento traz um resultado único, mantendo a resistência a durabilidade da cerâmica, e dando um toque mais exclusivo ao projeto”, destaca. A profissional ressalta, também, a possibilidade de ousar nas cores que este tipo de formato oferece. “Com o hexagonal, é possível mesclar diferentes cores, fazer degradês numa mesma área, com uma transição suave e elegante. Esse recurso não é possível com os formatos tradicionais”, explica.

A arquiteta Amanda Lima, do escritório paulistano Bianchi e Lima Arquitetura e Interiores, diz que o formato é um hit nos seus projetos. “Gosto muito de utilizar este formato. O revestimento hexagonal torna o revestimento ainda mais versátil, permitindo que ele se adapte a diferentes estilos de decoração. O formato também permite trazer soluções inusitadas para o espaço”, ressalta a profissional, que encontrou no revestimento hexagonal a solução para integrar cozinha e sala de estar em um conceito aberto. Neste projeto, na transição de um espaço para o outro, os dois pisos se misturam, trazendo mais fluidez ao projeto e, ainda assim, mantendo uma certa divisão entre os ambientes.

Na contramão dos revestimentos cerâmicos tradicionais — cujo objetivo é sempre o de diminuir e disfarçar ao máximo as juntas de dilatação existentes entre as placas –, os revestimentos hexagonais têm as juntas e o rejunte como aliado. “O rejuntamento ressalta ainda mais a forma e, neste caso, dá destaque ao revestimento”, explica a arquiteta Carolina Falavinha, do escritório Une Arquitetura + Design, de Curitiba.

A profissional também dá uma dica preciosa para quem pretende utilizar este tipo de revestimento em casa: escolha um caminho decorativo. “Tudo, é claro, depende de gosto. No entanto, na hora de escolher a linha de revestimento hexagonal que será utilizada, precisamos pensar em qual linha queremos seguir. Se queremos um estilo mais moderno, podemos escolher um revestimento um pouco maior, com um acabamento mais fosco, que remeta ao décor industrial. Se pensamos em uma decoração mais retrô, os revestimentos menores, como se fossem pastilhas hexagonais, vão nos ajudar a passar essa sensação”, ensina.

Rikelly Wolter também destaca a importância de observar bem o ambiente antes de definir cores e padrões de revestimento. “Os revestimentos hexagonais se encaixam e se adaptam a diferentes tipos de projeto. Mas uma boa dica para quem pretende apostar neste formato é se atentar para a base da decoração. Se o ambiente é, em geral, mais clean, mais neutro, dá para ousar com um hexagonal colorido ou com um acabamento mais chamativo. No entanto, se o espaço já tem bastante informação, vale apostar num hexagonal mais neutro, mais discreto. Assim ele vai se destacar apenas pelo formato, sem conflitar com o restante do ambiente”, alerta.