Alta qualidade

Decoração

Tipo de “couro” vegano a partir do sal marinho e da soja ganha espaço na decoração

Isadora Rupp, especial para a HAUS
17/02/2021 20:18
Thumbnail

Tecnologia para desenvolver composição de tecido ideal garante qualidade aos revestimentos veganos. | Divulgação

Tanto na moda como em revestimentos de móveis e objetos de decoração, o tecido corino é bastante comum: feito com 70% PVC, 25% poliéster e 5% poliuretano, o material é uma alternativa mais barata ao couro animal. A durabilidade e a resistência, porém, são o ponto fraco. Ele costuma desgastar e "craquelar" com relativamente pouco tempo de uso, ainda mais no caso de sofás e poltronas que ficam algumas horas ao dia expostas ao sol.
Por isso, o mercado de revestimentos sintéticos passou a pesquisar uma alternativa que não utilize nenhum produto de origem animal - atendendo ao crescente público vegano -, mas que seja mais resistente às intempéries, e tenha durabilidade maior. Para isso, entram em cena a tecnologia na criação desses tecidos, com acabamentos e texturas que se assemelham ainda mais ao couro animal.
Combinar na composição do revestimento um plastificaste originário da soja foi uma das soluções adotadas pela empresa Cipatex. Os 57% de PVC incorporados no material utilizam um insumo proveniente do sal marinho. A combinação é o que traz qualidade ao produto, cuja nova linha chama-se Facto Vegan.
"Outro aspecto favorável do artigo é a composição isenta de metais pesados tóxicos, como o bário. Sua aditivação é baseada em metais como cálcio, potássio, zinco, presentes em fertilizantes agrícolas. Mais de 50% do produto é constituído de fontes renováveis", frisa o gerente de marketing Silvio Martins.
A empresa, que já havia lançado uma linha vegan de revestimentos direcionada aos setores de moda e calçadista, resolveu ampliar o mercado e investir na área moveleira e de decoração após boa aceitação e pesquisa juntos a clientes. "A crescente preocupação com o bem-estar animal e o aumento de adeptos ao veganismo estão entre os fatores que contribuíram para colocar o projeto em prática" , fala Martins.
No desenvolvimento da aparência do revestimento, a equipe incluiu pequenas ranhuras, veios e manchas, lembrado muito a estética do couro animal. As cores criadas seguem a mesma lógica, com tons amarronzados, preto e castanhos, em diferentes nuances.

Vantagens

Segundo a empresa, o Facto Vegan tem alta resistência mecânica à abrasão e hidrólise. Por conta da textura, pode ser aplicado em estofados, poltronas, sofás, cabeceiras de cama, entre outros móveis e objetos.
Outro ponto positivo é a praticidade da limpeza e higienização; a manutenção do couro animal é mais complexa e exige cuidados redobrados. Nos revestimentos veganos, é possível limpar regularmente com pano umedecido em água e sabão. Além disso, o material, que é impermeável, também resiste ao álcool, bastante utilizado para desinfecção nesse período de pandemia.

Enquete

Você sabe quais são as vantagens de contratar um projeto de arquitetura para sua obra de reforma ou construção?

Newsletter

Receba as melhores notícias sobre arquitetura e design também no seu e-mail. Cadastre-se!