Os fãs da Oppa, marca de móveis e acessórios de design, não precisam se preocupar. A compra da rede pelo e-commerce Meu Móvel de Madeira (MMM), anunciada no último domingo (11) com exclusividade pela Gazeta do Povo, não vai mudar o perfil de nenhuma das marcas. Conhecida como “Ikea brasileira”, a Oppa trabalha com foco em peças de design autoral, enquanto a brasileira MMM é voltada à sustentabilidade e funcionalidade.

Proprietário e chefe de cultura e criatividade da MMM, Ronald Heinrichs explica que as marcas não chegam a ser concorrentes entre si pois têm públicos bem diferenciados. “A MMM é vista como uma marca um pouco mais conservadora pelo público. Já a Oppa conseguiu um posicionamento muito ligado ao design moderno, mais alegre e jovial, e acaba tendo um visual mais colorido. É justamente por isso que nós entendemos que as marcas são totalmente complementares e não conflitam entre si“, garante.

Segundo o coordenador de marketing da Oppa, Caio Aquino, a mudança ficará mais restrita à logística das marcas: “A gente sai ganhando por unificar as operações, inclusive na parte de negociação com fornecedores, ganhando mais força”. Ele aponta ainda que a Oppa vai continuar trabalhando com a linha mais voltada ao design autoral, com peças exclusivas, além de algumas peças de curadoria — que não são exclusivas, mas seguem o mesmo perfil.

A Oppa conta atualmente com oito lojas distribuídas por seis estados no Brasil, além do serviço de e-commerce. A loja tinha uma loja física em Curitiba, que fechou no dia 4 de janeiro por conta do “processo de reposicionamento da empresa”. Heinrichs explica que, no momento, as marcas vão passar por um período de aprendizado, para depois definir novos planos. Por isso, não há previsões para uma nova loja da marca em Curitiba.

Já a MMM, que foca no e-commerce, continua com sua única loja física do país na capital paranaense. Chamada de “flagship store”, tipo de loja conceito, o espaço procura imitar uma casa de verdade e aproximar a relação entre os clientes e os móveis. “Nós imaginamos que a estratégia de lojas físicas tem seu valor e seu lugar e faz todo o sentido pra nós”, complementa Heinrichs.