União do design

Design

Indústrias de design da Itália lançam manifesto pelo setor e prospectam retomada

HAUS
13/04/2020 20:28
Thumbnail

Foto: Divulgação/Poltrona Frau

"O design não desiste". A frase, que resume o empenho e o esforço de designers e marcas ao redor do mundo em apresentar soluções que contribuam para conter o avanço da pandemia da Covid-19, foi a escolhida para intitular o manifesto divulgado pela indústria do design italiana na última sexta-feira (10).
Assinado por nove entre as principais e mais tradicionais marcas do setor (B&B Italia, Boffi e DePadova, Cappellini, Cassina, Poltrona Frau, Bisazza, Flexform, Giorgetti e Molteni Group), o documento reforça o momento "sério e inesperado vivido pela economia global" e tem como "principal objetivo garantir que a produção recomece nesta terça-feira (14)", como anteriormente previsto pelo governo italiano.
A argumentação está baseada no fato de os casos de infecção começarem a dar sinais de reação, o que, para as empresas, significa o momento de "começar a pensar em uma nova fase, com os italianos retornando à vida social e produtiva", respeitando-se as medidas de proteção à Covid-19.
Foto: Divulgação/Poltrona Frau
Foto: Divulgação/Poltrona Frau
"Uma das decisões mais urgentes a serem tomadas nos próximos dias diz respeito à expectativa da retomada da produção no país. É uma escolha muito importante, quase decisiva, que terá um impacto profundo no futuro industrial, econômico e social", acrescenta o manifesto. Segundo o documento, o setor de móveis e design está entre os três mais estratégicos da produção industrial do país, com 20 mil empresas ativas e 130 mil postos de trabalho, o que representa um faturamento de 23 bilhões [de euros] - com as exportações ultrapassando os 60%.
Outro ponto destacado pelas empresas é o de que as indústrias têm condições de oferecer um local seguro ao trabalho, com plantas que favorecem o distanciamento social e a possibilidade de controle da temperatura dos colaboradores por meio de sensores térmicos, por exemplo. Elas apontam, ainda, que o prolongamento do fechamento das unidades fabris faria com que a indústria italiana perdesse mercado para as concorrentes, como a alemã e a escandinava, que mantêm suas operações regulares e, portanto, conseguem cumprir prazos de produção e entrega .

Quarentena deve durar até maio

No mesmo último dia (10), data de divulgação do manifesto, no entanto, o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, anunciou a prorrogação da quarentena no país até o próximo dia 3 de maio. "Se cedermos agora, correremos o risco de recomeçar do zero", pontuou o premiê durante pronunciamento em Roma.
A exceção fica por conta das livrarias, papelarias e lojas de produtos para crianças e bebês, que poderão abrir a partir desta terça-feira (14) - mesmo que algumas regiões tenham decido por manter o fechamento - e de outras atividades econômicas, para os quais o governo estuda autorização de reabertura para antes do fim da quarentena. Entre elas estão os setores de moda, automotivo e metalúrgico, por exemplo. Não há, no entanto, previsão sobre quando isso deverá ocorrer, uma vez que as decisões serão tomadas a partir de conversas entre o governo e os setores envolvidos.
*Com informações da Ansa Brasil

Enquete

Você sabe quais são as vantagens de contratar um projeto de arquitetura para sua obra de reforma ou construção?

Newsletter

Receba as melhores notícias sobre arquitetura e design também no seu e-mail. Cadastre-se!