Iluminar com Arte
Design
Nove ateliês de design e arquitetura de renome assinam luminárias artísticas exclusivas
Luminária Kripton, do designer e engenheiro Carlos Alcantarino para o projeto "Iluminar com Arte" | Priscilla Fiedler
Nove aclamados escritórios de design e arquitetura brasileiros acabam de lançar novas luminárias autorais em edição limitada e seriada. É o projeto "Iluminar com Arte", idealizado pela produtora cultural Consuelo Cornelsen e pelas empresárias Soraya Ribas e Letícia Pangracio, da Ideally Iluminação, que foi lançado oficialmente na última quinta-feira (25) em um Sofá de HAUS.
Assinam as peças os arquitetos Bernardo Richter, Fernando C. de Lacerda e Pedro A. Tavares, do Arquea Arquitetos; o designer paraense radicado no Rio de Janeiro e autodidata Carlos Alcantarino; o designer paulistano e artista do papel Nido Campolongo, conhecido por sua sofisticada pesquisa de materiais; o designer Leonardo Sokolovich; a produtora Consuelo Cornelsen; os multipremiados Mauricio Noronha e Rodrigo Brenner, da Furf Design Studio, que são instrutores da Unido, o departamento de desenvolvimento industrial da ONU; o designer paranaense Guilherme Bez, laureado com a melhor decoração de restaurante do Brasil; as arquitetas cheias de personalidade da Moca Arquitetura, Ana Sikorski e Katia Azevedo; e o designer e artista multidisciplinar Marcelo Stefanovicz.
A ideia para o projeto surgiu de um antigo desafio que Consuelo sempre se propõe: criar uma arquitetura do cotidiano, transformar objetos do dia a dia em obras de arte. E assim nasceram as nove luminárias que "unem o escultural e o funcional, a arte e a praticidade, o etéreo e o terrestre", como descreve a jornalista Ana Amélia Cunha Pereira Filizola, vice-presidente do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCOM) e sócia-proprietária do jornal Gazeta do Povo, que assina o texto de abertura da exposição no showroom da Ideally.
E como ressaltam as empresárias Soraya e Letícia, a sustentabilidade (em menor ou maior grau, dependendo da peça) e a inclusão de materiais são duas características que permeiam as luminárias. Conheça cada uma delas!
Kripton, por Carlos Alcantarino
Os cristais de quartzo são resultado de um processo geológico que leva milhares de anos para sua formação. Cada peça jamais será igual a outra. A busca pela valorização do material utilizado, associado a um fazer artesanal, foi a tônica para o desenvolvimento da peça. Os cristais servem como condutores da luz. E são protagonistas na transformação dessa luminária em objeto de arte.
Arco, por Furf Design Studio
A luminária Arco nasce de um elemento milenar e global, visto pela humanidade desde as construções do Império Romano ou das ocas de uma tribo da Amazônia. Sua forma icônica é o perfeito equilíbrio entre função e borogodó, como defendem os designers. Ela é clássica e futurista, ao mesmo tempo, e casa com os mais diferentes interiores. Está disponível em duas versões: uma pequena e outra grande, em aço inox polido e Corian.
Ello, por Moca Arquitetura
A luminária traz o encaixe entre o lógico e o lúdico, resgatando a conexão subconsciente com as formas geométricas básicas e os tons primários. É interativa, pode adquirir formas diversas, reinterpreta o neon e é um belo casamento de dois movimentos históricos distintos: Bauhaus e Memphis.
Con, Arquea Arquitetos
A peça utiliza uma variação de madeiras proposital, como cedro rosa, tauari e freijó, para mostrar a riqueza da flora brasileira. O latão, os detalhes de encaixe e de reflexão da luz remetem às lamparinas a gás, um elogio ao tempo, às coisas que duravam gerações e, claro, às boas lembranças.
Maccaroni, por Guilherme Bez
A natureza é a grande inspiração e o bambu é lapidado como um diamante, gerando diferentes formas de luz. Uma peça suspensa, criada a partir da conexão de dois elementos da natureza: o metal e a madeira, que trazem um equilíbrio perfeito entre o tradicional e o contemporâneo. Uma joia iluminada!
Trio, Nido Campolongo
Designer e artista reconhecido por sua ampla pesquisa de materiais, Nido utiliza papel parafinado combinado com materiais de demolição ou descarte. Com uma única base, feita a partir de janelas e gavetas de madeira encontradas em caçambas de São Paulo, a cúpula pode adquirir diferentes formas, à gosto do freguês, valorizando a interatividade e o lúdico.
Eiva, por Leonardo Sokolovich
Design limpo e elegante e valorização da madeira, o material que nunca perde a sua majestade. A base metálica em ferro preto quase desaparece e faz a cúpula de madeira entalhada flutuar, e lembrar um grande olho.
Bubblegumlight, por Marcelo Stefanovicz
O chiclete mascado que gruda, marcado de dentes e dedos, de uma maneira nostálgica, transporta qualquer um e principalmente o designer para o final da sua infância. Nas salas de aula, mesas de estudo, cinemas, o cheiro doce dos descobrimentos, das amizades, dos primeiros passos de uma rebeldia alegre e irreverente. Algo que marca presença, sela, carimba e, agora, ilumina essas lembranças.
O Gordo e o Magro, por Consuelo Cornelsen
A partir de restos de Corian, resíduos da indústria, a artista deu vida a duas luminárias de linhas orgânicas e complementares que lembram um de seus programas favoritos de todos os tempos: "O Gordo e o Magro".