Mais de 40 pallets que iriam para o lixo estão sendo transformados em móveis para os coworkings públicos de Curitiba, batizados de Worktibas. Todas as peças brutas eram utilizadas nos Armazéns da Família pela Secretaria Municipal de Abastecimento. A ideia de reaproveitar as plataformas partiu do Instituto Municipal de Administração Pública.

A maioria dos pallets é feita de pinus ou de eucalipto reflorestado. Considerados descartáveis, eles não têm retorno para o local de origem e são geralmente desmontados e usados como lenha ou descartados como resíduo orgânico.

O projeto nasce em conjunto com a marcenaria da Fundação de Ação Social (FAS) e supervisão da arquiteta Cláudia Hirt Stachera.

As estruturas brutas seguem um processo simples de produção, que consiste em desmonte, corte, remontagem, parafusamento, pregagem, lixamento e impermeabilização, mantendo a aparência original das madeiras que as compõem.

A mesa central, que servirá de local de trabalho para os coworkers, tem a capacidade para atender até 12 pessoas sentadas, 240 centímetros de vão livre, infraestrutura para rede elétrica, capacidade de 150kg de equipamentos e tem durabilidade prevista de 20 anos.

Desde maio o Worktiba Barigui requalificou espaço, móveis e equipamentos subutilizados no Parque Barigui para virar local de trabalho e desenvolvimento de 35 empreendedores sociais da cidade. No local também são promovidos cursos e palestras mensais gratuitos para a população.

A mesma linha de reaproveitamento dos espaços e equipamento é a adotada no segundo espaço colaborativo que está sendo montado no bairro São Francisco e irá atender mais de 40 empreendedores culturais da cidade. O edital para preenchimento das vagas restantes do Worktiba Barigui e do novo espaço no São Francisco ainda está sendo montado, e ainda não tem data para publicação.