Estilo & Cultura

5 restaurantes com arquitetura histórica para visitar e tomar um bom vinho

HAUS
28/04/2017 19:20
Thumbnail

Salão do La Scuderia sobre piso de vidro, construído em casa da década de 1920. Foto: Fernando Zequinão | Gazeta do Povo

O frio batendo à porta quase todo dia é o melhor convite que existe para um jantar regado a bom vinho e boa companhia. Não sabe onde ir? Separamos algumas opções charmosas de restaurantes em edifícios com arquitetura histórica de qualidade para você visitar. Confira nossa seleção, escolha o seu preferido e boa diversão! Todas as opções abaixo têm carta de vinhos.
SERVIÇO | Cordon Blanc, Rua Equador, 181, Bacacheri, telefone (41) 3077-1900, de terça à sábado, das 19 às 23h. Aceita reservas para eventos fechados.

A Caiçara – Cozinha Litorânea

A casa histórica no Largo da Ordem que já pertenceu à família Ribas e que já foi espaço do Farnel agora abriga o restaurante A Caiçara – Cozinha Litorânea. A data precisa da construção é desconhecida, mas existem registros do casarão desde 1900. O novo empreendimento se baseia na culinária caiçara, e passa essa linguagem também na decoração, que foi reformulada pelos sócios sócios Fredy Ferreira, Lívia Farah e Heitor Humberto.
A proposta do chef Fredy Ferreira é continuar servindo aos clientes pratos da gastronomia do Paraná, como era na época do Farnel, incluindo também a cultura de regiões vizinhas. O Barreado, por exemplo, segue com lugar cativo no menu. O ceviche ganha contornos caiçaras com o milho e o coco. A nossa moqueca tem como grande atração a pupunha. Sem contar outras inúmeras opções, como o abraçadinho de camarão, porção de manjubinha e o incrível bolinho de siri. O ambiente tem ainda um mural da artista Carol Lemes, representando uma vila de pescadores. O quadro no outro salão chama-se Fandango, manifestação de música e dança do nosso litoral, e foi pintado pelo artista parnaguara Alcy Xavier.
SERVIÇO | A Caiçara, Rua Doutor Claudino dos Santos, 90, Largo da Ordem, telefone (41) 3324-­9755, quarta e quinta-feira, das 17 à 0h; sexta e sábado, das 11h40 à 0h, e domingo, das 11h40 e 16h.

La Scuderia

Salão do La Scuderia sobre piso de vidro, construído em casa da década de 1920. Foto: Fernando Zequinão
Salão do La Scuderia sobre piso de vidro, construído em casa da década de 1920. Foto: Fernando Zequinão
Ao descer a Avenida Jaime Reis em direção ao Largo da Ordem, a visão rapidamente se acostuma com a fachada de casarões antigos, principalmente no quarteirão da Praça João Cândido. Em uma das casas, onde hoje funciona o restaurante italiano La Scuderia, o esforço e cuidado de pessoas que residiram e trabalharam no local ajudou a preservar a memória de uma das famílias que fizeram parte da história da cidade.
Quando a família do arquiteto Guto Biazzetto comprou o imóvel do número 216 da histórica avenida em 2012, muitas modificações foram necessárias. “Como o espaço estava sem uso e fechado há algum tempo, precisamos fazer o projeto arquitetônico e de restauração do interior, para deixar pronto para o restaurante”, conta. Curioso pela história dos antigos proprietários, Guto resolveu pesquisar as origens da família Munhoz, de quem a casa foi comprada. No projeto, a opção foi cobrir uma parte do salão principal com vidro, permitindo aos clientes e visitantes observar a estrutura e o piso original do local. “Tínhamos a curiosidade de descobrir quem havia ocupado o espaço, até por conta das iniciais no portão”, explica.
Decoração inspirada na
A pesquisa pela história não avançou muito, mas mostrou parte da memória do local. Mila e Guto descobriram que o espaço abrigou durante 20 anos a Escola de Balé Espanhol Flamenco de La Morita. Amália Moreira, proprietária da escola, alugou o imóvel de Caetano Munhoz em 1988, e ali continuou o ensino da dança flamenca. Depois da morte do marido, a escola foi transferida para outro ponto da cidade, e a casa ficou fechada até 2012, quando foi vendida aos Biazzetto. O antigo proprietário, Caetano, faleceu pouco tempo após a negociação, e boa parte da história da casa acabou se perdendo.
Hoje o prédio abriga o restaurante La Scuderia. Há pouco tempo, quando era propriedade da família Biazzetto, o estabelecimento se chamava Salumeria, e ficou conhecido justamente pelo piso de vidro. O local é aberto a visitação, e quem passa pelo restaurante pode ver pela janela no chão tanto as estruturas originais da casa como a um curioso detalhe da decoração local: o proprietário Walter Petruzziello, amante do automobilismo italiano, guarda artigos da Ferrari no ‘alçapão’, além de rolhas e garrafas de vinho.
SERVIÇO | La Scuderia, Avenida Jaime Reis, 216, São Francisco. Diariamente das 12 horas às 14h30 e das 19 horas às 23h30.

Armazém Santo Antônio

A casa centenária que abriga o restaurante Armazém Santo Antônio há 15 anos brilha no cenário de Curitiba. O diferencial da construção do São Francisco é a arquitetura europeia original bem preservada, que foi potencializada pela recente revitalização do espaço frontal, com deque ampliado e nova decoração. A iniciativa foi dos proprietários Giuliano Hahn, Katiana Giarola e Paulo Castor.

LEIA TAMBÉM

Enquete

Você sabe quais são as vantagens de contratar um projeto de arquitetura para sua obra de reforma ou construção?

Newsletter

Receba as melhores notícias sobre arquitetura e design também no seu e-mail. Cadastre-se!