Estilo & Cultura
Artista de Curitiba cria painel gigante em nova joia da arquitetura de Cingapura
O artista curitibano André Mendes assina três grandes esculturas e um painel gigante de 26 metros de altura na nova joia arquitetônica de Cingapura: o hotel de luxo com pegada cool Andaz Singapore, o primeiro da marca Hyatt no sudeste da Ásia. O conjunto de edifícios é do aclamado arquiteto alemão Ole Scheeren, que virou pop em 2015, depois que outra obra sua foi reconhecida como o prédio do ano. O design de interiores é de André Fu, de Hong Kong.
Localizado no coração histórico e cultural de Cingapura, na intersecção dos bairros vibrantes de Kampong Glam, Little India e Bras Basah Bugis, o hotel se propõe a criar novas experiências para os hóspedes baseadas na cultura local. Com isso em mente, Mendes concebeu o painel metálico recortado a laser de um “viajante sobre o globo terrestre que carrega nas costas todas as experiências culturais de Cingapura, como os piratas e o primeiro comércio da região, as árvores gigantes, a gastronomia de rua, entre outras referências”.
O novo edifício que abriga as obras de arte do artista brasileiro agora se junta ao complexo multiuso que conta com escritórios, lojas e residências. Ao todo, são 342 apartamentos, incluindo 26 suítes com janelas do chão ao teto e refrescos gratuitos a qualquer hora do dia no terraço, batizado de Sunroom (Sala do Sol, em tradução livre).
As esculturas de até 3 metros de altura criadas por Mendes são bem diferentes entre si e ficam em diferentes lugares do prédio. A peça Face é um desenho-escultura de traço contínuo, com mais de 120 kg, que lembra um rosto humano.
A outra escultura, batizada de Guerreiro, fica no terraço. São três placas geométricas e coloridas encaixadas umas nas outras que revelam uma figura rígida que defende, observa e ataca ao mesmo tempo.
A terceira obra é uma mistura de aço e resina, imitando pinceladas que saíram da superfície. O nome é Expanded Paint e pesa cerca de 500 kg. “Como pintor, eu estou cada vez mais indo para a escultura, explorando a tridimensionalidade e o espaço das obras”, conta Mendes.
