Estilo & Cultura

As novidades em sustentabilidade no mundo

Redação
27/02/2016 01:00
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Holanda terá floresta flutuante feita de material reciclado
A cidade holandesa de Roterdã vai ganhar uma floresta flutuante. A iniciativa é do coletivo Mothership, que a partir de março vai espalhar árvores sobre boias no porto de Rijnhaven. O material da base é reaproveitado de velhas boias marítimas fora de uso, e as árvores que seriam descartadas das áreas urbanas serão reutilizadas. Segundo seus idealizadores, a intervenção pretende estimular questionamentos sobre a relação do homem e a natureza, além de levar mais verde à paisagem cinzenta.
Ciclovia coberta e ar puro
Berlim está prestes a ganhar uma ciclovia coberta que já é referência antes mesmo de sair do papel. Oito profissionais de diversas áreas, liderados pelo arquiteto alemão Matthias Heskamp, conceberam a Radbahn, uma via que aproveita uma infraestrutura mal utilizada da antiga linha férrea e que conectará diversos bairros. A área receberá uma cortina de vegetação, servindo também como filtro acústico e de poluição. A administração da cidade ainda discute a viabilidade do projeto.
Arquiteto “social” recebe Pritzker 2016
O chileno Alejandro Aravena, curador da Bienal de Arquitetura de Veneza de 2016, acaba de receber a importante premiação da arquitetura internacional, o Pritzker 2016. A marca registrada de sua arquitetura é o viés social, um dos pilares da sustentabilidade. “Seu trabalho dá oportunidade econômica para os mais necessitados, atenua os efeitos dos desastres naturais, reduz o consumo de energia e cria espaços públicos acolhedores. Inovador e inspirador, ele mostra como a arquitetura pode melhorar a vida das pessoas”, defende o comitê da premiação. Após homenagear Shigeru Ban em 2014 e Frei Otto em 2015, a láurea revela uma tendência de destacar arquitetos que ultrapassem o olhar estético e os limites tradicionais da disciplina.
Celular carregado fora da tomada
Uma das maiores feiras de tecnologia do mundo, a Consumer Electronics Show (CES) deste ano, que aconteceu em Las Vegas, nos EUA, apresentou o dispositivo Jaq MyFC, que funciona como uma central elétrica em miniatura, carregando o celular sem precisar ligá-lo na tomada. O pulo do gato está na própria tecnologia: uma combinação de sal, água e óxido de metal, que produz hidrogênio, e uma célula combustível que converte a substância em energia.
Lixeira inteligente, mar limpo
Os designers australianos Andrew Turton e Pete Ceglinski criaram a Seabin, uma lixeira marítima inteligente que coleta de maneira automatizada diversos poluentes, como plástico, papel, gasolina, petróleo e detergente. O dispositivo foi projetado para ficar em áreas menores, como docas, marinas e portos. O funcionamento é bem simples: enquanto flutua, uma bomba puxa a água com sujeira, que fica presa em um filtro de fibra natural. A água limpa volta para o mar.
Paris vai ficar mais verde
Em breve a capital francesa vai poder ostentar um novo complexo sustentável. O distrito de Masséna vai abrigar a construção In Vivo, que consiste em três prédios do Halle Freyssinet, a maior incubadora do mundo. São mais de 13 mil metros quadrados para estudantes e jovens pesquisadores, com jardins comunitários. Um dos prédios terá uma fachada viva com painéis solares biológicos, que vão gerar microalgas para pesquisas médicas. Essa biofachada também fará uso do calor coletado pelos bioreceptores, aquecendo a água e o ambiente. A autoria é dos escritórios de arquitetura  BPD Marignan, XTU Architects, SNI Group e MU Architecture, que ganharam competição recente com o projeto.
Telha de fibras da Amazônia
Pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) estão desenvolvendo o protótipo de uma telha sustentável, feita com fibras naturais da Amazônia, como malva e juta, e com uma argamassa que inclui areia, resíduos de cerâmica e pouco cimento. Essa composição, segundo o subcoordenador da pesquisa João de Almeida Melo Filho, dá mais resistência ao material e pode melhorar a sensação térmica nas residências localizadas nas regiões mais quentes do país. Para o pesquisador, a telha sustentável terá boa aceitação pelos consumidores porque, além de ser mais barata, será parecida com as disponíveis no mercado.
Tapetes de lã que lembram musgos
Apesar de minúsculos e quase imperceptíveis, os musgos conseguiram arrebatar a atenção da artista argentina Alexandra Kehayoglou. Foi a partir da planta que ela desenvolveu uma coleção exclusiva de tapetes de lã. A semelhança com pinturas é indiscutível. Todas as abstrações foram inspiradas em paisagens da Argentina. “Eu gostaria que todos que olhassem para minhas peças se sentissem entrando em um novo contexto. São como portais que têm o poder de levar você onde suas memórias estão”, confidencia a artista. Cada tapete pode levar até dois meses para ficar pronto, e todo o material é reaproveitado da fábrica da família em Buenos Aires.

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