Estilo & Cultura

Cidade para 70 mil ‘habitantes’ é construída e destruída todos os anos em deserto dos EUA

HAUS*
29/08/2018 10:30
Thumbnail

Imagem: cortesia Bjarke Ingels e Jakob Lange/Reprodução/Archdaily

Todos os anos, em agosto, o deserto de Nevada (Estados Unidos) vê uma cidade inteira ser construída para, logo em seguida, sumir sem deixar rastros em um dos festivais de contracultura mais famosos do mundo: o Burning Man.
Batizada de Black Rock, neste ano a cidade recebe seus ‘moradores’ desde o último sábado (25) e irá se despedir deles já na próxima segunda-feira (3), quando todas as suas suntuosas construções serão queimadas juntamente com o “Man”, escultura ícone do festival que remete à figura humana.
Deserto de Nevada recebe anualmente o festival de contracultura desde a década de 1980. Foto: Shalaco Sching/Reprodução/Archdaily Brasil
Deserto de Nevada recebe anualmente o festival de contracultura desde a década de 1980. Foto: Shalaco Sching/Reprodução/Archdaily Brasil
Para dar vida a cidade, que desde a década de 1980 atrai a atenção do mundo e atualmente reúne cerca de 70 mil participantes, uma equipe de 21 pesquisadores passa sete dias no deserto posicionando as linhas e pontos de referência que nortearão seu traçado ‘urbano’.
Partindo da “Golden Spike”, ponto central da cidade, as linhas do assentamento se estendem por mais de 1,5 Km. A marcação das vias arteriais e radiais, por sua vez, é feita por pequenas bandeiras.
“A maioria das cidades cresce gradualmente. Temos a vantagem de poder aprovar um plano de cidade inteiro e torná-lo consistente. Muitas cidades com as quais você estaria mais familiarizado se desenvolveram lentamente com o tempo, por isso não fazem tanto sentido. Esta cidade está planejada para ser temporária, então podemos fazê-la muito mais organizada do que uma cidade comum”, avalia o professor Plague, supervisor do festival, em entrevista ao Archdaily.
Foto: Nasa/Reprodução/Archdaily
Foto: Nasa/Reprodução/Archdaily

As obras

Depois do “Man”, o “Templo” é considerada outra das principais obras do festival Burning Man. Em 2018, ele é assinado pelo arquiteto Arthur Mamou-Mani e foi batizado de Galaxia, em uma alusão ao seu formato.
O templo Foto: Burning Man Journal/Reprodução/Archdaily
O templo Foto: Burning Man Journal/Reprodução/Archdaily
Projetado a partir de um software paramétrico 3D, o pavilhão é composto por 20 treliças de madeira que espiralam em direção a um ponto central e se erguem em direção ao céu. Instaladas sobre o chão, as peças triangulares criam uma série de caminhos em espiral que levam à área central da estrutura.
Outra instalação que ganha destaque na edição 2018 do Burning Man é a esfera assinada por Bjarke Ingels e Jakob Lange. Com cerca de 25 m de diâmetro, a ORB, como foi batizada, foi construída em uma escala 1/500.000 em relação à superfície da Terra, numa espécie de homenagem ao planeta. Reflexiva, a instalação ainda tem por objetivo funcionar como um espelho para a experiência do festival.
Conheça estas e outras instalações do festival Burning Man 2018.
Esfera Foto: cortesia Bjarke Ingels e Jakob Lange/Reprodução/Archdaily
Esfera Foto: cortesia Bjarke Ingels e Jakob Lange/Reprodução/Archdaily
Foto: Burning Man Journal/Reprodução/Archdaily
Foto: Burning Man Journal/Reprodução/Archdaily
Foto: Reprodução/Instagram
Foto: Reprodução/Instagram
*Com informações do Archdaily.

LEIA TAMBÉM

Enquete

Você sabe quais são as vantagens de contratar um projeto de arquitetura para sua obra de reforma ou construção?

Newsletter

Receba as melhores notícias sobre arquitetura e design também no seu e-mail. Cadastre-se!