Estilo & Cultura

Confira dicas para fotografar a cidade durante o frio

Mariana Domakoski*
29/06/2016 13:27
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Reunir um ponto característico de Curitiba, como a Rua XV, com um elemento invernal também característico da cidade, como a neblina, é uma das dicas para retratar a capital nesta estação. Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo | DANIEL CASTELLANO

Curitiba tem um charme especial no inverno. Um “quê” a mais que aparece na geada da manhã, na neblina, na chuvinha fria e no sol que tenta esquentar o clima. Antes de sair com a câmera por aí, confira as dicas de profissionais da área para explorar melhor a luz e a estética gelada.
Pense nos elementos invernais em Curitiba
Neblina, geada e chuva são os três elementos mais característicos do inverno na capital. Então, se quiser registrá-los, trate de acordar muito cedo. Lá pelas 6 horas ainda tem gelo para fotografar e, no caso caso da neblina, até umas 8 horas – quando a luz do sol completa a paisagem. A neblina aparece também à noite, o que provoca um efeito cênico na cidade. Para registros de chuva, que não tem hora para acontecer, é só se molhar e cuidar do equipamento.
Foto: DanielCastellano/Gazeta do Povo
Foto: DanielCastellano/Gazeta do Povo
Foto: Antônio More/Gazeta do Povo
Foto: Antônio More/Gazeta do Povo
Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Aproveite para (re)descobrir novos lugares
Apesar da beleza incontestável do Parque Barigui e do Jardim Botânico, Curitiba tem outros lugares igualmente belos e que podem gerar retratos invernais bem curitibanos, sejam de paisagens naturais, sejam de paisagens construídas. Escolha o tipo de imagem que quer fazer. Se é de natureza, vá a parques, praças e bosques que fogem do roteiro tradicional.
Para retratar a cidade, siga ao centro tradicional, em ruas como a XV, a Saldanha Marinho, a Cândido de Abreu e a Riachuelo. Vale explorar personagens, edifícios e aspectos da vida urbana. Os paralelepípedos da Rua São Francisco, no Largo da Ordem, também podem gerar belas fotos. Para o fotógrafo Orlando Azevedo, caminhar pelo Centro é uma fonte de inspiração. “São lugares muito ricos que guardam os restos de uma Curitiba que está desaparecendo, com casarões, pessoas, e personagens”, reflete. “Procure o que perturba seu olhar. É ele quem guia o fotógrafo”, aconselha.
Foto: Orlando Azevedo/Acervo pessoal
Foto: Orlando Azevedo/Acervo pessoal
Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo
O ângulo e a composição fazem toda a diferença
Se não é possível fugir de estruturas e parques conhecidos, então inove no ângulo e olhe ao redor. Por exemplo, é possível fazer duas fotos invernais diferentes no Paço da Liberdade, no Centro da cidade: uma de fora, mostrando toda a estrutura arquitetônica, e outra de dentro, com foco nas pessoas que tomam café ali dentro e na paisagem vista por elas, ideia do fotógrafo Leo Flores, do perfil de Instagram @leofloresfotografia. Esse tipo de foto dá noção do contraste de temperaturas, assim como os vidros embaçados.
Os parques também oferecem várias possibilidades, como explica Antônio More, repórter fotográfico da Gazeta do Povo, dando exemplos das diferentes composições que podem ser feitas.  “Fotografar uma pessoa correndo do nível do chão, mostrando apenas os pés, gera um tipo de foto. Pode-se fotografar essa mesma pessoa em primeiro plano, em uma curva. E também dá para capturar a mesma cena com a pessoa mais ao fundo, sumindo na neblina da manhã.”
Foto: André Eduardo dos Santos/Acervo pessoal
Foto: André Eduardo dos Santos/Acervo pessoal
Foto: Leo Flores/Acervo pessoal
Foto: Leo Flores/Acervo pessoal
A luz mais bonita
No nascer do sol, até 8 horas, e no pôr do sol, a partir das 17 horas, a luz de inverno está em seu ápice de beleza. Outro momento que se pode aproveitar é logo após uma chuva durante o dia, quando o tempo está bem limpo e o céu bem azul. Depois de muitos dias sem chover, a cidade também fica com uma luz interessante, parecida com uma neblina, por causa da poluição.
Veja mais fotos:
Foto: Nani Gois/Acervo pessoal
Foto: Nani Gois/Acervo pessoal
O frio aparece aqui na posição e nas roupas de uma pessoa dentro de uma estação tubo. Foto: Antônio More/Gazeta do Povo
O frio aparece aqui na posição e nas roupas de uma pessoa dentro de uma estação tubo. Foto: Antônio More/Gazeta do Povo
Forma diferente de retratar a geada no Parque Tingui. Foto: Antônio More/Gazeta do Povo
Forma diferente de retratar a geada no Parque Tingui. Foto: Antônio More/Gazeta do Povo
Foto: Leo Flores/Acervo pessoal
Foto: Leo Flores/Acervo pessoal
Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo
*Especial para a Gazeta do Povo. Colaborou André Eduardo dos Santos Filho

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