Estilo & Cultura

Relógios urbanos que continuam marcando época

Eloá Cruz
09/12/2015 00:00
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Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Um passeio por Curitiba remonta ao passado marcado por seus relógio emblemáticos. Alguns deles viraram cartões-postais. Poucos socorrem quem acerta os ponteiros das máquinas de pulso. Afinal, quase todos, estão parados por falta de manutenção e teriam sido esquecidos, não fosse a história.
“Com tanta tecnologia, os relógios públicos perderam a função. Mas é preciso ressaltar que o que perde função nem sempre perde importância”, destaca o professor de arquitetura da Universidade Tuiuti e especialista em patrimônio histórico, Leandro Nicoletti Gilioli, que defende o resgate dos elementos antigos da cidade.
Para isso, visitamos alguns dos relógios mais importantes, que, segundo Roberto Tourinho, professor de arquitetura da Universidade Positivo, podem ser considerados nossos marcos culturais. “Podemos dividi-los nos que compõem a arquitetura eclética (na segunda metade do século 19) e os que fazem parte da arquitetura contemporânea (nos dias atuais)”, diz.
Relógio digital da Rua XV (1970)
Instalado no calçadão da Rua XV pela Joalheria Boiko, o relógio é um dos mais famosos entre os contadores digitais e um dos primeiros a marcar as horas (e temperatura) sem o uso de ponteiros. A partir da década de 1990, se tornaram mais comuns.
Relógio Raeder (1895)
Foto: Pedro Serapio/Gazeta do Povo.
Foto: Pedro Serapio/Gazeta do Povo.
Na Rua Riachuelo, quase esquina com a Rua Alfredo Bufren, está o modelo em ferro fundido, que sinalizava a antiga relojoaria Raeder. O antigo proprietário, Roberto Raeder, buscou o relógio em Leipzig, na Alemanha, e torceu o nariz ao mudar a posição original da máquina, alvo de vandalismo. Hoje, ele permanece por lá, a salvo.
Farmácia Stellfeld (1857)
Foto: Pedro Serapio/Gazeta do Povo.
Foto: Pedro Serapio/Gazeta do Povo.
O prédio da antiga farmácia tem um dos relógios mais curiosos de Curitiba: o marcador que se baseia na luz do sol (justo em Curitiba!) fica na Praça Tiradentes e foi instalado no século 19. Projetada pelo engenheiro Gottlieb Wieland, a construção contou com conceitos alemães de engenharia.
Ginásio Paranaense (1903)
Foto: Aniele Nascimento / Gazeta do Povo.
Foto: Aniele Nascimento / Gazeta do Povo.
Os olhares atentos dos alunos para o relógio do antigo Gymnasio Paranaense, que fica na Rua Ébano Pereira, fizeram não só as aulas, mas os anos passarem voando. A alta torre da escola, parte de uma fachada classicista, ostenta o relógio, que era referência de início e fim das aulas. Hoje, no prédio cercado de construções de outras épocas funciona a sede da Secretaria Estadual da Cultura.
Praça Osório (1914)

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