Estilo & Cultura

Você quer participar de uma ação que vai mudar a cara de Curitiba?

Luan Galani
06/05/2016 23:30
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Mais vezes do que gostaríamos de admitir, a cidade não cumpre com excelência sua função principal: ser a nossa casa. Os meios de transporte são insuficientes, as calçadas são deficitárias e os espaços públicos não favorecem encontros, mas acabam por fortalecer divisões de todo tipo e interações cada vez mais restritas às próprias casas das pessoas.
Pensando em modificar essa realidade, um grupo português criou o projeto Atelier da Rua, cuja versão brasileira acaba de chegar a Curitiba. Para ajudar a recriar as ruas, o grupo promove neste domingo (08) uma caminhada pela região central da cidade para discutir as possíveis áreas que deverão receber a primeira intervenção urbana do grupo. A atividade começa na Praça Carlos Gomes a partir das 10 horas. Confira o itinerário aqui.
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“As pessoas interessadas em participar vão avaliar as áreas que vamos percorrer e escolher qual rua receberá a primeira intervenção em Curitiba, que pode ser uma intervenção artística, de mobiliário ou de paisagismo”, explica a arquiteta Danielli Costa Wal, 31 anos, que organiza o projeto na cidade. “A gente acredita que essa criação coletiva com as pessoas ajuda a trazer a cidade para uma escala mais humana.”
A ideia nasceu em 2014 com a arquiteta e urbanista Maria João Pita. Agora o projeto cruzou o Atlântico e será divulgado no Festival de Cinema de Urbanismo de Toronto deste ano, a fim de que outras cidades também adotem a ideia.
Antigo terreno da RFFSA, na Rua Joao Negrao, bairro Reboucas, onde sera construida uma unidade da UFPR. O local e conhecido como Ponte Preta
Antigo terreno da RFFSA, na Rua Joao Negrao, bairro Reboucas, onde sera construida uma unidade da UFPR. O local e conhecido como Ponte Preta
Por meio de votação on-line nas redes sociais, as ruas mais votadas por enquanto são João Negrão, Travessa da Lapa e Sete de Setembro. Depois de decidida qual área será trabalhada, a população que vive e usufrui do local será ouvida por meio de pesquisa. “Nem sempre o que eu vejo como arquiteta casa com a real necessidade dos usuários”, justifica Danielli.
Depois disso as interferências serão planejadas e alinhadas com a prefeitura de Curitiba. “Uma parede pintada ou uma projeção em um prédio, por exemplo, proporcionam experiências que podem mudar nosso humor e nosso dia”, garante.

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