Marca leva o pôr do sol de Fernando de Noronha para o Salão do Móvel e conquista Milão

Não são apenas as peças e designers brasileiros que se destacam nesta 58ª edição do Salão do Móvel de Milão, principal evento de design do globo que segue até 14 de abril. O arquipélago de Fernando de Noronha, conhecido mundialmente por suas belezas naturais, também ganha espaço na feira e encanta os cerca de 400 mil visitantes que devem passar pelos pavilhões do evento até este domingo e conhecer o estande da brasileira A Lot Of Brasil, que participa da mostra.

Com projeto assinado pela arquiteta curitibana Juliana Medeiros, o espaço trouxe um pedacinho da ilha nordestina e encheu de vida o pavilhão 20 — um dos principais do Salão Internacional do Móvel –, atraindo a atenção dos visitantes que se aglomeram para conhecê-lo.

“Nós seguimos com a identidade da localidade, trazendo um recorte do Brasil para Milão. Escolhemos a ilha por ser maravilhosa e também porque ela entrava na cartela cromática com a qual gostaríamos de trabalhar”, afirma Pedro Franco, diretor criativo e fundador da A Lot Of Brasil, ao justificar a escolha do tema.

Para que isso fosse possível, Juliana fez do uso das cores uma das principais soluções do espaço. Em tons quentes, que vão do laranja ao vermelho suave, ela reproduziu o tom do pôr do sol de Noronha na parede oposta a da entrada do estande, onde uma grande plotagem traz o Morro Dois Irmãos. A mesma tonalidade aparece nas peças ícones da A Lot of Brasil, fazendo com que se integrem ao cenário e vice-versa.

“O pôr do sol é um momento muito mágico [e marcante] de Noronha. Nós quisemos trazer para o estande percepções das pessoas que estão ou estiveram na ilha, histórias dela e o convite para esse abraço brasileiro em Milão”, explica Juliana, premiada pelo If Design Award, o Oscar do design mundial, na categoria Design de Interiores.

O mar, por sua vez, foi parar no teto e está representado nas dezenas de ‘conchas’ dispostas em móbiles de diferentes alturas que ocupam todo o espaço. Além de preencher e trazer movimento ao estande, elas reproduzem poemas de que fazem referências à ilha, o que garante o componente emocional e convida as pessoas a interagirem com o espaço.