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MadeiraMadeira adia planos de lojas físicas, mas vê retomada de vendas digitais

Sharon Abdalla
23/04/2020 17:11
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Foto: Divulgação | Divulgação

Pouco mais de um mês após o anúncio da previsão de abertura de 10 lojas físicas para 2020, feito durante o lançamento da primeira delas, em Curitiba, a MadeiraMadeira teve que segurar os planos. Assim como quase a totalidade dos negócios no país, a startup curitibana especializada em venda online de produtos para casa sofreu os impactos causados pela pandemia da Covid-19, o que fez com que adiasse a abertura da segunda loja em formato guideshop, que tinha agenda para a segunda quinzena de abril, no Novo Mundo, e suspendesse temporariamente a expansão da rede, que nesta primeira fase deveria contemplar Curitiba e São Paulo.
"O lançamento da nova loja foi adiado e por enquanto ainda não temos uma data definida para ele. [O mesmo ocorre] em relação ao número exato de lojas para esse ano, que dependerá de como a epidemia irá evoluir e impactar as recomendações dos órgãos reguladores nas próximas semanas e meses", avalia Robson Privado, COO (Chief Operating Officer) e Cofundador da MadeiraMadeira. "Continuamos acreditando muito no formato omnichannel, e através das nossas lojas físicas damos a opção para nosso cliente escolher por qual canal ele prefere ser atendido. Essa continuará sendo uma das nossas principais estratégias para esse e os próximos anos", reforça.
Primeira loja física do MadeiraMadeira foi inaugurada em Curitiba e segue o conceito de guide shop. Foto: Divulgação
Primeira loja física do MadeiraMadeira foi inaugurada em Curitiba e segue o conceito de guide shop. Foto: Divulgação

Nova realidade

Também como ocorreu com boa parte das empresas, os primeiros impactos que a adoção do isolamento social como medida para conter o contágio por coronavírus foram sentidos pela MadeiraMadeira já nas primeiras semanas de março, assim que a pandemia atingiu o país. A cadeia de suprimentos foi afetada pelos decretos estaduais e municipais que reduziram as atividades de fornecedores e transportadores visando a segurança dos colaboradores, o que demandou adaptações nas estratégias comerciais com foco na capacidade de entrega deles, de forma a garantir que os produtos chegassem ao cliente final. A empresa também adotou a realização das chamadas reuniões "war room", ou seja, reuniões diárias com os responsáveis de cada área para analisar dados e evidências das últimas 24 horas para a tomada de decisões rápidas e de alto impacto.
"Nesta última semana, nossa operação já trabalhou com praticamente os mesmos níveis de serviço e disponibilidade de produtos que tínhamos antes da crise", ressalta Privado. Ainda segundo ele, o mesmo aconteceu com o volume de vendas que, após queda nas primeiras semanas de março, voltou a crescer nestas últimas semanas. A empresa também registrou aumento nos acessos de novos clientes ao site, quando comparado ao período pré-pandemia, mas não divulga números nem porcentuais que ilustram tais movimentos.
Com relação a tipologia dos produtos comercializados, o comportamento do consumidor também mudou conforme o avanço da pandemia. Influenciado pelo teletrabalho, adotado por boa parte das empresas, itens de mobiliário para home office estiveram entre os mais procurados pelos clientes nas primeiras semanas de isolamento, juntamente com artigos da linha fitness. Depois, móveis para quarto e sala de estar também passaram a se destacar entre os pedidos. "Acreditamos que devido ao novo estilo de vida causado pela COVID-19, muitos consumidores estão realizando pequenas reformas e adaptações nas suas casas", avalia o COO.
Para que eles sejam entregues com segurança na casa dos clientes, a empresa realizou adaptações em sua operação própria seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde, além de reforçar e orientar fornecedores, parceiros e transportadores sobre cuidados de higiene, que também seguem orientações das autoridades de saúde.

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