Quem não ama a suculenta? A planta, que conquistou o coração de todos pela sua praticidade, facilidade de manutenção e beleza, é encontrada em diferentes tamanhos e formatos. Um deles é o da planta-coração, como é mais conhecida a Hoya Kerrii, também chamada de flor-de-cera ou cacto-coração.

Ela recebe este nome devido ao formato de suas folhas, que lembram um coração, e também como uma homenagem ao seu descobridor, o pesquisador britânico Arthur Francis George Kerr. A Hoya Kerrii é comum em países asiáticos, como China, Indonésia, Tailândia e Vietnã. Atualmente, porém, ela é vendida no mundo todo, devido à sua enorme popularidade.

O brilho e a cor clara de sua folhagem são as principais características desta suculenta, que tem grande durabilidade. A Hoya Kerrii floresce durante o verão, e traz pequenas flores cerosas com perfume bastante suave. A corola, flor maior que fica na base da planta, é branca. Já a corona, que fica no topo, é vermelha.

De acordo com o especialista e criador de Hoya Kerrii Carlos Fontana, o mercado da suculenta no Brasil ainda está em formação. “É uma novidade para a maioria do público, e os maiores consumidores são aqueles que procuram a planta para fins decorativos, como lembrancinhas de casamento”, pontua.

Fontana cultiva a planta-coração há oito anos, mas somente em 2016 conseguiu introduzi-la no mercado e, mesmo assim, o publicitário só teve sucesso de vendas no segundo semestre de 2017. Ele afirma que a venda desta planta é muito comum na América do Norte, principalmente no Valentine’s Day, o Dia dos Namorados americano. Na internet, produtores anunciam mudas com preços que variam entre R$ 15 e R$ 30, como na Amo Flor de Cera. Mas há plantas mais desenvolvidas vendidas por até R$ 200.

É possível cultivar a planta-coração de duas formas. A primeira, mais comum, é em vasos pequenos, com mudas produzidas a partir de suas folhas. A segunda é deixá-la crescer naturalmente e livre, pois a Hoya Kerrii tem natureza de trepadeira e pode ser replantada em um vaso maior, com a ajuda de suportes, como grades e cercas. Seu crescimento é lento e ocorre em fases – as primeiras flores podem demorar anos para aparecer.

Uma dica é deixar a planta em um ambiente com iluminação difusa ou meia-sombra – a incidência direta do sol pode causar queimaduras nas folhas. Além disso, o solo deve ser enriquecido com matéria orgânica, drenável e irrigado regularmente. Deve-se tomar cuidado, porém, para não se abusar da água, pois esta planta é acostumada com climas secos – o excesso d’água pode apodrecer as raízes. No inverno também é aconselhável diminuir a frequência das regas. Na hora  de escolher o vaso, é bom procurar aqueles que deixam a planta apertada.

A suculenta é aquela planta que consegue sobreviver à falta de luz e água, pois ela armazena o líquido em suas raízes, folhas e caules, assim como os cactos. “O termo suculenta é informal e usado para várias plantas que acumulam água. Já o cacto é uma categoria bem específica da Botânica”, explica Heloise Parchen, da Esal Flores. Ainda segundo ela, existem cerca de 22 mil espécies de suculentas, e apenas 2 mil são cactos.