Espécies novas e raras são atrações de exposição dedicada às orquídeas

Vivian Faria*
24/09/2016 18:30
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Crédito: Vivian Faria

Há pouco menos de um mês, o orquidófilo paranaense Marcos Luiz Klingelfus registrou oficialmente uma nova espécie de orquídea: a Pabstiella Recurviloba. Descoberta aqui mesmo, no Paraná, a flor é uma das atrações da 108ª Exposição de Orquídeas de Curitiba, que acontece neste sábado (24) e domingo (25) no Bosque São Cristóvão, em Santa Felicidade, junto com a 1ª Festa de Flores. Ambos os eventos são promovidos pela Associação Paranaense de Orquidófilos (APRO).
Quem for à exposição poderá observar mais de 500 plantas na exposição, muitas delas raras, como a Sophronities coccinea Alba. “Ela é igual à flor que é o símbolo da nossa associação, mas é amarela, o que é muito raro”, diz o engenheiro agrônomo e orquidófilo Alessandro Garrett Dronk. Segundo Dronk, a coloração diferente deve ser uma mutação da natureza.
Dronk chama a atenção ainda para a espécie Angraecum sesquipedale, à qual se refere como “planta de Darwin”, originária de Madagascar. Quando foi avistada pelo naturalista Charles Darwin, ele concluiu que, por ser clara, ela era uma planta de polinização noturna e, por ter um tubo de néctar longo, o polinizador da flor deveria ter uma estrutura no corpo que fosse igualmente longa. A ideia foi descartada pelos cientistas da época e só foi confirmada 90 anos mais tarde, com a descoberta, na região, de uma mariposa de língua tão longa quanto o tubo de néctar da orquídea.
Além das pouco conhecidas, a exposição conta com representantes de espécies nacionais, de micro-orquídeas, de flores com características curiosas (como odores desagradáveis), de cactos e de bonsais.
Levar para casa
Os amantes das flores podem aproveitar o evento para levar para casa uma – ou mais – orquídeas, além de cactos, suculentas e bonsais. As plantas custam a partir de R$ 8, mas, dependendo da espécie podem ficar bem mais caras. Várias custam por volta de R$ 80.
O preço, de acordo com o Dronk, decorre do tempo e do trabalho empenhados na reprodução das orquídeas, que pode levar entre 6 e 8 anos. Ele diz, porém, que as plantas são “biologicamente eternas”, ou seja, se receberem os cuidados necessários, podem durar e florescer a vida inteira.
Sobre os cuidados, o orquidófilo diz basta mantê-las em um local claro (mas sem luz direta) e ventilado, molhá-las apenas quando a água despejada pela última vez secar (o que depende da umidade do ar) e adubá-las com adubo foliar.
* Especial para a Gazeta do Povo
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