Praias sem areia e sem ondas, mas com águas paradisíacas. Quando o assunto são piscinas, essa já é uma realidade — e não apenas em hotéis e resorts. No Brasil, as piscinas tipo praia são uma tendência também em residências, possibilitando ao morador ter uma praia ou lago particular em casa e escolhendo, inclusive, sua inspiração preferida: Caribe, Fernando de Noronha, Dubai, África do Sul.

O segredo está em novos revestimentos que substituem azulejos, pastilhas e rejuntes, criando ambientes contínuos que levam à água, como seria em um ambiente natural. A tonalidade do material é o que garante o visual final: tons mais claros deixam a água mais azul, enquanto os mais escuros a deixam mais esverdeada. Ao aspecto cenográfico das piscinas, os revestimentos são atérmicos e antiderrapantes, criando um espaço mais seguro.

Luiz Henrique Teles, arquiteto, designer e proprietário da marca de revestimentos Piscina Praia, decidiu investir no ramo depois de ver a novidade fora do país. Ele afirma que a tecnologia do produto — que no caso da Piscina Praia é um resinado feito com nanotecnologia de alta resistência — é uma de suas principais vantagens, já que confere ao revestimento o aspecto da areia sem deixá-lo áspero. “É um conceito novo, que chama atenção, com cores exuberantes para as águas. Além disso, ela se adapta a qualquer formato, sem limites de tamanho”, ele explica.

Outro exemplo que confere o efeito de praia são os revestimentos monolíticos, tecnologia que aposta na areia compactada. “Com ele, todo o revestimento da área da piscina usa um único material, sem nenhuma junta, o que cria um diferencial. Ele é como uma argamassa: é feita uma massa única, aplicada de uma forma semelhante à cerâmica ou a pedras naturais”, destaca Fernanda Pilger, representante da marca Cristal Pool em Florianópolis e gerente da loja catarinense Mosarte.

Para a instalação, que deve ser realizada com mão de obra qualificada, Teles estima uma média de 30 m² por dia. Em ambos os casos, é possível tanto desenvolver um projeto junto da marca como ter o intermédio de um arquiteto.

Já a rotina de cuidados com a piscina tipo praia não difere das piscinas tradicionais. “A gente recomenda um tratamento de ozônio ou um tratamento à base de gerador de cloro. Eu aconselho o de ozônio, porque isso faz com que você diminua consideravelmente a utilização de produtos químicos, como é o caso do cloro, extremamente corrosivo”, detalha Teles.

Tanto Pilger quanto Teles garantem que os valores referentes ao conjunto do material e aplicação são equivalentes aos de uma piscina convencional, que normalmente leva diversos outros itens que são dispensados no caso da piscina praia — tais como rejunte e argamassa, além dos próprios revestimentos. “No orçamento em metro quadrado [o valor] é maior, mas ele não requer nenhum outro material”, explica Pilger.

“A piscina retangular com linhas retas é linda, mas a piscina praia é ‘uau’. Você tem tudo isso num valor que não é exorbitante”, relata Teles.