Jardinagem

Paisagismo e Jardinagem

Saiba como cuidar do jardim e salvar as plantas do excesso de chuva

HAUS*
19/10/2018 10:30
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Plantas encharcadas podem morrer pelo apodrecimento das raízes. | Freeimages

Olhar a previsão do tempo nos últimos dias na região de Curitiba vem sendo uma atividade monótona: em maior ou menor quantidade, a chuva tem atingido a capital com frequência. E, em alguns momentos, o grande volume de água encharca o solo.
Tanta água assim pode ser prejudicial para a beleza e saúde dos jardins. Apesar de servir como condutor dos nutrientes que mantém a seiva alimentada, o excesso de água deixa o solo encharcado e varre os nutrientes para longe das plantas. Além disso, a umidade é campo fértil para a proliferação de bactérias e fungos, que se alimentam de folhas, flores e frutos.
“As plantas, de uma forma geral, suportam muito melhor a falta de água do que o excesso. Quando o solo não consegue absorver a totalidade da água de chuva, as raízes são as primeiras a sofrer e, em casos extremos, apodrecem. É como se o encharcamento atacasse o coração da planta e ela morre”, alerta o paisagista Eder Mattiolli*.
As espécies que mais sofrem nessas circunstâncias são as que têm a capacidade de reter líquido, caso dos cactos e suculentas. “Os canteiros de flores também são bastante delicados e poderão ficar condenados com uma semana de chuva sem trégua”, completa.
Fotos para a revista/caderno HAUS, das plantas nativas da nossa região. Nesta foto, a planta “CORDA-DE-VIOLA” (Ipomoea cairica) – Trepadeira. Local: Jardim Botânico – Curitiba – PR
Fotos para a revista/caderno HAUS, das plantas nativas da nossa região. Nesta foto, a planta “CORDA-DE-VIOLA” (Ipomoea cairica) – Trepadeira. Local: Jardim Botânico – Curitiba – PR

Prevenção

Entretanto, a morte do jardim em períodos de chuva só acontecerá se ele não tiver uma boa drenagem. O ideal é agir preventivamente, preparando o solo. “Antes do plantio, prepara-se o espaço com tubos corrugados, específicos para drenagem, manta bidim e pedra brita”, aconselha Mattiolli.
Um paliativo muito usado é a instalação de sombrite, tela usada em estufas, que permite a incidência de raios solares e a passagem controlada da água da chuva. O artifício não é efetivo no caso de precipitações constantes, mas funciona bem naquele dias em que São Pedro resolveu "fazer faxina no céu".
Um cuidado essencial nos dias após as chuvas torrenciais é evitar regas e observar manualmente o solo e as plantas, em especial as folhas. Quando elas amarelarem ou ficarem com aspecto estranho, talvez seja necessário poda de contenção e reforço na adubação.

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