Londres começa a cobrar taxa para circulação de veículos poluentes

Luciane Belin*, com ArchDaily
12/04/2019 11:00
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Fotos: Pexels

Automóveis movidos à base de gasolina ou diesel não poderão mais circular livremente pela região central de Londres, sob pena de pagar uma tarifa que vai de 12,5 até 100 euros (aproximadamente R$ 54 e R$ 432, respectivamente).
A medida, uma tentativa de reduzir a emissão de poluentes na atmosfera e, por consequência, melhorar a saúde respiratória dos londrinos, foi aprovada na última segunda-feira (08), implementando a zona de Emissão Ultra Baixa (ULEZ, sigla em inglês).
A partir de outubro de 2021, a cidade passará a aplicar as taxas de circulação permanentemente, 24 horas por dia, todos os dias da semana. A taxa mais alta, de £100, é voltada para ônibus e caminhões, enquanto a de £12,50 será aplicada para carros, vans e motocicletas.
Cerca de 100 mil automóveis, 35 mil vans e três mil caminhões devem ser diretamente afetados pelo novo programa, o que significaria uma queda de 28% nas emissões de dióxido de nitrogênio e de 45% nas emissões tóxicas de maneira geral.
A região da ULEZ corresponde à mesma delimitada pelo Congestion Charge, outra medida da cidade que já está em vigor e que cobra taxas dos veículos mais poluentes que circularem entre as 7h e as 18h em dias úteis.
Foto: Reprodução/ Transport for London
Foto: Reprodução/ Transport for London
Para que os usuários possam conferir quais carros estão sujeitos às taxas, a prefeitura de Londres disponibilizou um site chamado Transport for London, onde é possível encontrar informações gerais sobre o programa e um checador de veículos. Neste, o cidadão verifica se seu veículo se enquadra nos critérios de cobrança, por meio da placa e informações do automóvel, além de consultar seu CEP e/ou endereço de trabalho para identificar se uma determinada região faz parte da ULEZ.

Urbanismo e saúde pública

Reduzir a emissão de poluentes e contribuir com as metas de despoluição ambiental, além de contribuir com a diminuição dos congestionamentos, são alguns dos objetivos da medida, conforme disse em comunicado oficial o prefeito de Londres, Sadiq Khan.
Mas, além dos quesitos de sustentabilidade e urbanismo, a capital inglesa tem também outras metas declaradas com esta iniciativa.
De acordo com o prefeito, cerca de nove mil pessoas morrem anualmente vítimas de doenças associadas à poluição. Todas as regiões da cidade apresentam índices de concentração de material particulado fino mais altos que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo dados oficiais do governo.
Todos os anos, o Serviço Nacional de Saúde (NHS, sigla em inglês), gasta de 6 bilhões de euros por ano com tratamentos de doenças associadas à poluição do ar causada pelo transporte no Reino Unidos. Os veículos a diesel são responsáveis por 40% da poluição atmosférica da cidade.
*Especial para HAUS.

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