Urbanismo

Prefeitura de Curitiba quer transformar antiga área de lixão em bairro ecológico

HAUS
02/08/2018 10:30
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Bairro Caximba em Curitiba. Foto: Daniel Castellano/SMCS / Reprodução

Até 2020 a Caximba, área conhecida pelo aterro sanitário que deixou de receber lixo em 2010, vai virar o mais novo bairro ecológico de Curitiba. A promessa veio em postagem recente do prefeito Rafael Greca (PMN) nas redes sociais, que mostra que o projeto já está pronto, mas não sai do papel completamente por falta de recursos.
Ele escreve: “Estamos avançando na busca de financiamento para grande projeto de um Bairro Novo Ecológico ali [Caximba]. Me aguardem.”
O gabinete do prefeito confirma a existência do projeto para a reportagem, mas não revela detalhes. O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) diz que ainda não tem autorização para divulgar o projeto de reurbanização das vilas da Caximba.
A coordenação do projeto dentro do Ippuc está sob responsabilidade do arquiteto gaúcho Mauro Magnabosco, que já presidiu a instituição curitibana de 1994 a 1996.
Foto: Rafael Greca/Facebook/Reprodução
Foto: Rafael Greca/Facebook/Reprodução
A intenção de realizar benfeitorias no bairro ficou clara desde 12 de julho deste ano, quando Greca assinou o Decreto nº 688, que criou o Setor Especial de Habitação de Interesse Social – Regularização Fundiária da Caximba, para transformar as vilas 29 de Outubro, Dantas, Espaço Verde e Primeiro de Setembro.
Com o decreto, a prefeitura pode fazer melhorias na região sem impedimentos legais, já que compreende a Área de Proteção Permanente do Rio Barigui, a Área de Proteção Ambiental do Iguaçu e uma área reserva de refúgio da vida selvagem (macaco bugio, no caso).
Desde então, como revelam diversas notícias do site da prefeitura, já foram feitos cadastramento de moradores em programas sociais, mutirões de saúde, emissão de documentos, doação de roupas e cestas básicas, encaminhamentos para vagas de emprego, limpeza de lixo irregular, entre outras.
Segundo estimativa da Regional Tatuquara, cerca de 3 mil famílias vivem na ocupação da Vila 29 de Outubro, uma das primeiras a receber as atividades da prefeitura, que se transformou em foco de uma série de atividades irregulares, como descarte de caçambas de caliça e venda ilegal de terrenos. Muitos imóveis foram construídos em cima dessa base, tornando as condições insalubres, com risco de alagamento permanente.
“A meta a longo prazo é ambiciosa: dotar a região com nível adequado de condições urbanísticas, sociais e ambientais”, afirma nota da prefeitura disponível em sua agência de notícias. Porém, o temor da atual gestão é que, com o anúncio das melhorias, mais invasões ocorram, prejudicando o futuro dos atuais moradores e o projeto.

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