Urbanismo

Bairro de Curitiba vai mudar de cara com mega fazenda urbana

HAUS
09/10/2018 21:55
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Imagens: Ippuc/Divulgação

O Centro de Referência em Agricultura Urbana e Economia Criativa de Curitiba, anunciado em 2017 nas redes sociais pelo prefeito Rafael Greca (PMN), mudou de nome e local. Como apurado por HAUS na época, o projeto ocuparia 9.860 m² de um terreno sem ocupação na área anexa ao pátio de manobras de trens no entorno da Vila Capanema.
A Prefeitura de Curitiba informa nesta terça-feira (9), no entanto, que o projeto foi rebatizado de Fazenda Urbana de Curitiba e vai ocupar uma área de 4.435 m² ao lado do Mercado Regional do bairro Cajuru a partir do primeiro trimestre de 2019.
A mudança se deu porque estudos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) mostraram que a possibilidade de plantio naquela área era inviável por comprometimento do solo.
A fazenda vai reunir diversas técnicas de plantio sustentável de hortifrutigranjeiros (como cultivo protegido, plantio elevado, aquaponia e hidroponia), espaço para grandes culturas e hortas comunitárias. O projeto prevê ainda o uso de energias renováveis, como a eólica e captação de água de chuva para a irrigação e também solar, além de composteira própria.
Jardins de Mel, com abelhas nativas sem ferrão, e espaços para a criação de pequenos animais também farão parte do empreendimento, que contará ainda com restaurante escola e banco de alimentos, além de infraestrutura para eventos e treinamento.
Criado a partir de uma proposta da Secretaria Municipal do Abastecimento, o projeto foi desenvolvido pelo arquiteto Paulo França, do Instituto de Pesquisa Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).
A estimativa de investimentos na estruturação da fazenda urbana é de R$ 3 milhões, com recursos do Fundo de Abastecimento Alimentar do município.
O secretário de Abastecimento Luiz Gusi lembra que boa parte da população nas cidades tem contato com o alimento apenas na hora da compra, mas que há outras questões que precisam ser disseminadas e incorporadas no dia a dia.
“Com o projeto, também queremos trabalhar questões como a valorização dos produtos da agricultura familiar na Grande Curitiba, dentro da proposta de criação do Mercado Comum Metropolitano; o aumento do consumo de frutas e hortaliças, que ajuda na redução do risco de doenças crônicas não transmissíveis (como diabetes e hipertensão); o aproveitamento total dos alimentos e, em consequência, a redução de resíduos orgânicos e o consumo consciente de alimentos e da água”, reforçou em reportagem anterior de HAUS.

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