• Carregando...
Para Ted McAllister, o conservadorismo é a voz mais distintamente americana, mas cada povo deve encontrar a sua forma de conservadorismo.
Para Ted McAllister, o conservadorismo é a voz mais distintamente americana, mas cada povo deve encontrar a sua forma de conservadorismo.| Foto: Divulgação

Movimentos conservadores crescem em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil. Nos Estados Unidos, contudo, o conservadorismo é mais do que uma tendência atual. Ele faz parte dos valores fundamentais que sustentaram a formação da nação.

Ted McAllister, especialista em história cultural e intelectual americana pela Universidade Vanderbilt e professor de Políticas Públicas na Pepperdine University, disseca o conservadorismo americano no livro Coming Home: Reclaiming America's Conservative Soul [Voltando para casa: recuperando a alma conservadora norte-americana], escrito em parceria com o professor de Direito da Universidade do Norte de Ohio, Bruce Frohnen. Segundo ele, o conservadorismo é a voz mais distintamente americana, mas cada povo deve encontrar a sua forma de conservadorismo.

“Qualquer conservadorismo significativo deve refletir a cultura, normas, experiências e tradições de um povo”, afirma McAllister, que ressalta que cada forma de conservadorismo deve nascer a partir das experiências e condições de um povo específico. “Amar o Brasil é um primeiro requisito para um conservadorismo brasileiro”, acrescenta.

Confira abaixo a entrevista completa com McAllister:

No livro, o senhor e Bruce Frohnen afirmam que o conservadorismo é a voz mais distintamente americana. Como o conservadorismo se relaciona com a identidade americana enquanto nação? 

Como o conservadorismo não é uma ideologia, é importante entender que qualquer conservadorismo americano é americano. Os conservadores americanos podem ter muito em comum com os franceses, brasileiros ou outros conservadores, mas um conservador deve sempre começar com o amor pelo que é deles, pelo que é herdado e, acima de tudo, pelas leis do povo à medida que elas emergem de suas experiências vividas.

No contexto americano, um dos elementos que definem a história de nossa nação é que somos um povo autônomo. Por autogoverno, não quero dizer democrático. Em vez disso, os americanos há muito têm (e as circunstâncias reforçam muito isso) uma crença de que devem cuidar de si mesmos. Isso significa que, quando surgem problemas ou necessidades, os americanos geralmente olham ao redor para encontrar respostas. Se a família não pode cuidar das coisas, então eles procuram a igreja ou a comunidade ou organiza associações voluntárias para tratarem do problema.

Desde o início, os governos dos EUA foram extensões desse hábito de autogoverno. Uma maneira de pensar isso é o fato de, na história americana, a comunidade ser anterior ao governo. As pessoas se reuniram em comunidade com outras pessoas e criam um governo para servir a seus propósitos comunitários, e isso é bem diferente do modelo europeu.

Portanto, todas as instituições-chave da história americana refletem essa norma profundamente enraizada. Considere, por exemplo, a criação de constituições estatais e, em seguida, a Constituição dos EUA, no final do século 18. Elas foram produtos de pessoas autônomas para criar governos que atendem a propósitos definidos e limitados pelas comunidades que os criaram.

Ser um conservador americano, portanto, é ter uma profunda reverência pelas instituições e normas que emergiram da experiência americana de autogoverno. É por isso que ser conservador americano exige que seja constitucionalista - a Constituição dos EUA é americana e conservadora.

Progressistas e esquerdistas, por outro lado, são movidos por princípios abstratos e não por normas americanas. Eles não têm reverência por séculos de experiência americana ou pelas instituições que surgiram dessa experiência. É impossível que um esquerdista se dedique aos Estados Unidos da mesma maneira que um conservador, porque um esquerdista é dedicado à transformação dos Estados Unidos de acordo com princípios abstratos, não à preservação do que foi dado.

Quais são alguns dos maiores erros do conservadorismo americano hoje? Como esses erros podem ser corrigidos?

Se por “erros” você quer dizer como os conservadores falharam na batalha política pela alma dos Estados Unidos, não tenho certeza de que eles possam ser consertados com simplicidade. Parte do problema com o conservadorismo americano, entendido ou definido de maneira muito ampla, é que ele se tornou muito obcecado pela política nacional e, portanto, adotou a linguagem estreita da política, o pragmatismo estreito da política e a amnésia histórica da política.

No entanto, concentrando-se exclusivamente na política do momento, o maior “erro” do Partido Republicano desde pelo menos 1989 é que ele se tornou cativo das ideias globalistas e da corrupção resultante de fazer parte de uma elite oligárquica global emergente. Em outras palavras, o Partido Republicano deixou de ser uma voz significativa do conservadorismo há muito tempo.

Portanto, a primeira tarefa política, que eu acho que já começou, é recuperar o Partido Republicano como uma instituição que pode expressar significativamente os sentimentos e crenças conservadoras.

Por mais desafiador que seja recuperar um partido político, há um conjunto mais profundo de problemas que os conservadores devem abordar. Primeiro, acontecimentos recentes revelaram que nossos piores temores sobre o estado administrativo são legítimos. Temos um “estado profundo” no qual uma cabala poderosa procura governar os americanos fora do processo legislativo e sem a sanção do povo.

Segundo, devemos enfrentar a ameaça mais profunda às normas americanas: um conjunto de instituições interligadas que são completamente cativas à esquerda e estão trabalhando para controlar como os americanos pensam e vivem. As mais importantes dessas instituições são o sistema educacional americano, que molda como a próxima geração interpreta a realidade; a imprensa nacional, que cria as únicas narrativas sobre os Estados Unidos às quais os cidadãos têm acesso fácil (isso inclui informações e análises sobre políticas nacionais e normas culturais); e o mundo corporativo “lacrador” que, juntamente com seus aliados nas redes sociais, se tornaram tão profundamente ligados a ideias globais e interesses econômicos que tentam manipular os americanos a aceitarem uma forma de servidão confortável.

Em todos os exemplos que mencionei, as instituições que mais importam são nacionais ou globais e têm um poder enorme em comparação com as instituições locais que agregam cidadãos em comunidades de propósito. Recuperar a natureza conservadora dos Estados Unidos exige que os cidadãos sejam autogovernados e isso, por sua vez, exige que eles tenham o poder de resolver problemas reais com seus vizinhos e através de instituições mais conectadas ao seu dia a dia. Corrigir o problema, por assim dizer, requer não apenas um “nacionalismo” revivido (em oposição ao globalismo), mas um localismo muito mais robusto - o tipo de localismo que permite que os cidadãos se envolvam profundamente nas políticas mais importantes para eles. Os americanos devem ser livres para se governar novamente.

Existem ações ou movimentos hoje nos EUA em direção a uma recuperação do conservadorismo neste sentido? Quais são alguns exemplos de movimentos ou instituições conservadoras que funcionam bem hoje?

No meio do que parece um caos, considero que estamos em tempos de esperança. Como observei antes, acredito que o Partido Republicano esteja passando por uma grande mudança e é provável que essa mudança resulte em um partido mais conservador.

Há dez anos, falar de um “estado profundo” era soar como um conspiracionista louco. Mas agora não podemos ignorá-lo. Não acho que o imenso estado administrativo que surgiu após a Segunda Guerra Mundial vá desaparecer, mas acredito que nos próximos dez anos o povo americano limitará drasticamente o poder e o alcance (e a capilaridade) da vasta burocracia que temos. Essa é uma grande conquista, porque por cinquenta anos ou mais o povo americano foi seduzido a acreditar que essa burocracia era benigna e seu único problema real em nossa democracia era a ineficiência. A estranha eleição de Trump, seja lá o que mais causar, é um acidente da história que serviu para revelar essa mentira e forçar os americanos a agirem.

Enquanto isso, no pensamento político e na vida intelectual de maneira mais geral, vejo o início de um renascimento conservador que não depende de instituições mais antigas (como universidades ou mídia nacional, por exemplo). Não sei como isso se desenvolverá, mas, por enquanto, estou animado com uma geração crescente e aguerrida de pensadores e ativistas.

Em seu livro, o senhor diz que o conservadorismo deve proteger as instituições americanas primárias. O que são essas instituições? Como elas são importantes na formação dos EUA como nação?

A instituição primária mais importante é a família. Os estudiosos conservadores costumavam chamar essas instituições de “intermediárias” para sugerir que elas se colocam entre o indivíduo e o Estado. Em nosso livro, nos ativemos ao papel que essas instituições desempenham na moldagem ou formação de pessoas saudáveis.

Quando Robert Nisbet, nos anos 1950, enfatizou a importância de a família ter uma esfera de autoridade antes de qualquer coisa que lhe fosse dada pelo Estado, ele estava notando algo muito importante sobre essa instituição: ela protege indivíduos que, de outra forma, estariam expostos aos ditames do Estado. Isso é verdadeiro e importante, mas as famílias não apenas protegem as pessoas do Estado; elas formam pessoas - seus hábitos, crenças, virtudes. Sem famílias saudáveis, não podemos ter cidadãos autônomos.

Se adicionarmos à família outras instituições primárias, como igrejas e várias associações relacionadas ao trabalho ou à comunidade, encontramos uma variedade de instituições interligadas que dão forma peculiar às localidades e à nação. Essas instituições dão uma forma específica a qualquer pessoa autônoma, refletindo e moldando seu caráter.

Deixe-me dar um exemplo da história americana. A educação era há muito entendida como uma obrigação familiar e os americanos costumavam assumir essa obrigação diretamente em casa. Porém, no século XIX, as famílias passaram a trabalhar juntas para contratar um professor (muitas vezes em uma nova cidade que haviam estabelecido recentemente) para seus filhos. No devido tempo, essas famílias criaram escolas que eram administradas por uma diretoria escolhida pela comunidade e financiadas pelos impostos que eles próprios impunham.

Como resultado, a escola refletia os valores e desejos das famílias que criavam, administravam e financiavam as escolas, tornando-a uma instituição primária muito importante no desenvolvimento de membros saudáveis ​​da comunidade. À medida que as escolas passam a ser administradas pelo governo, contudo, essas instituições se tornam instrumentos para minar os valores das famílias e comunidades “provinciais”. Quando as escolas são desconectadas das famílias e comunidades, ambas primárias em termos de moldar naturalmente cada pessoa que faz parte delas, elas se tornam agentes de transformação com o objetivo de minar as instituições primárias.

Estamos vendo uma onda de conservadorismo em alguns países do mundo, incluindo o Brasil. O que esses países podem aprender com o conservadorismo americano?

Qualquer conservadorismo significativo deve refletir a cultura, normas, experiências e tradições de um povo. Certamente, podemos identificar um conjunto de princípios comuns a todos os movimentos conservadores reais (em oposição aos movimentos de “direita”). Esses princípios estão enraizados em um entendimento adequado da natureza humana e uma avaliação adequada da realidade (que inclui o reconhecimento do divino como parte da realidade que os humanos experienciam) e isso se torna muito complexo. Mas além desses princípios comuns, cada forma de conservadorismo deve nascer a partir das experiências e condições de um povo específico. Ser conservador brasileiro exige uma afirmação dos princípios do Direito Natural e um profundo afeto pelos costumes, cultura e normas brasileiras - coisas que emergem de experiências humanas reais.

Isso não significa deixar de ser crítico em relação à sua herança. Nos Estados Unidos, amar o país exige que também se confronte nossas falhas morais de uma maneira honesta, mas não debilitante. Portanto, amar o Brasil é um primeiro requisito para um conservadorismo brasileiro. Segundo, qualquer conservadorismo privilegia as experiências humanas em detrimento de afirmações abstratas. Terceiro, o conservadorismo depende das instituições e as mais importantes são não-governamentais. A devoção às instituições religiosas, conforme necessário para uma sociedade saudável, é um bom ponto de partida.

No livro Revolta contra a modernidade”, o senhor diz que a modernidade é destrutiva. O senhor poderia nos contar mais sobre isso? Como a modernidade é destrutiva para as instituições tradicionais?

A palavra “modernidade” tem muitos significados e, em Revolta contra a modernidade, concentrei-me na análise de Leo Strauss e Eric Voegelin sobre um tipo de modernidade intelectual/espiritual.

Nesse caso, a modernidade se refere a um desejo de domínio ou poder sobre a realidade. Normalmente, Maquiavel oferece um ponto de partida como o pensador que rejeitou a visão clássica da “natureza” como um ideal a favor da “natureza” como matéria-prima do desejo humano. Usando Maquiavel como modelo para entender a modernidade, o conhecimento é bom porque permite que os seres humanos curvem o mundo em direção aos nossos desejos, em vez da ideia clássica de conhecimento que serve ao nosso objetivo de entender uma realidade que não podemos alterar.

Assim, a ascensão da ciência e tecnologia que se seguiu nos séculos seguintes inspirou uma maneira de pensar que tornou a realidade maleável e enfatizou o poder humano, e não a sabedoria. Essa ênfase no conhecimento como poder desconectado de qualquer ideal fixo ou bem natural levaria a impressionantes avanços tecnológicos, mas também aos horrores de ideologias que glorificavam o poder como um fim.

Como a modernidade se relaciona com a ascensão de movimentos opressivos como o comunismo e o nazismo? Existem exemplos desses tipos de dinâmica hoje?

O nazismo continua sendo um movimento modernista paradigmático. É a vontade de poder completamente desequilibrada de quaisquer limites normativos. O comunismo, como manifestado nas nações reais, e não simplesmente como uma ideologia abstrata, é a vontade de poder escondida por sua ideologia de igualdade e justiça. O comunismo só é concebível quando Deus é impensável e, portanto, um regime comunista (especialmente um que está enraizado na história ocidental) deve primeiro fornecer um substituto para Deus (uma ideia fixa do Bem que é natural, lógica ou necessária), mas se expressa em poder desvinculado de qualquer coisa natural, de limites que o conhecimento moral necessariamente impõe ao poder.

No que diz respeito a hoje, a destruição da religião na Europa e em outros lugares produziu uma ordem transnacional aparentemente benigna, baseada na estabilidade, segurança e riqueza generalizada. Na realidade, isso está minando as condições necessárias para o pertencimento e a felicidade humana. Esses governantes nacionais e transnacionais não apenas buscam minar a crença e a prática religiosa, mas também negam a importância da identidade nacional. Eles adotam políticas que minam a família e outras instituições primárias, levando a um tipo de individualismo atomizado. O que eles estão produzindo é alienação e uma espécie de solidão que deve eventualmente levar a uma reação.

Em outras palavras, estou profundamente preocupado com o enfraquecimento da cultura e do apego que dão a cada povo um modo de ser específico e satisfatório. Embora se possa prever que isso levará a uma reação, não se pode prever facilmente de que forma ela tomará - uma busca por solidariedade na loucura ideológica ou solidariedade encontrada no ódio por outras pessoas ou por alguma outra forma.

Em muitos países, o conservadorismo anda de mãos dadas com a liberdade econômica. Nesta perspectiva, o que devemos esperar do governo? Como isso se relaciona com a ideia do governo como provedor?

O direito ao trabalho, à propriedade privada e ao uso gratuito da propriedade é necessário para outras liberdades.

Os conservadores acreditam que o governo é o produto de um povo e que o povo é soberano, não o governo. Portanto, começamos com os direitos do soberano, que incluem a propriedade, bem como a vida e a liberdade. Os governos são capacitados pela vontade do povo (seja por tradição - o povo, compreendido como multigeracional - ou por acordo explícito) e, portanto, só podem ser legítimos se respeitarem os direitos dos cidadãos. Os cidadãos concordam em financiar governos por impostos e, portanto, a transferência de propriedade do cidadão para governo é uma questão de escolha, não de obrigatoriedade. Por consequência, o governo não pode ser o provedor para um povo livre.

O governo tem muitas coisas que deve fazer para apoiar a liberdade econômica dos cidadãos. Os governos devem fornecer um sistema de leis que proteja a propriedade privada. Os governos devem adotar políticas que ajudem a fornecer um ambiente razoavelmente previsível para a atividade econômica. Isso inclui um sistema regulatório justo para proteger os cidadãos e a concorrência, para que as pessoas possam ser protegidas contra degradação ambiental desnecessária, bem como contra comportamentos corporativos ocultos que prejudicam clientes, investidores e outros. Mas o governo não pode se tornar o provedor sem alterar a natureza da soberania.

O liberalismo está realmente desaparecendo? Como isso se relaciona com a ascensão do conservadorismo no mundo?

Eu gostaria de saber a resposta para essa pergunta. Sou historiador e, portanto, observo que o liberalismo sobreviveu a muitas mortes previstas. O século 19 foi a grande era do liberalismo, mas após a Primeira Guerra Mundial, testemunhamos o quase colapso do liberalismo em todo o mundo. De cerca de 1945 até o início do século XXI, testemunhamos a disseminação da democracia liberal na prática, mas especialmente como uma aspiração, e foi tão dramático que muitos acreditaram que estávamos vendo o fim da história - o fim da luta ideológica no lugar de de um liberalismo direto.

Ninguém acredita mais nisso. Não apenas o autoritarismo retornou, mas lugares como a China estão rejeitando abertamente todas as formas de liberalismo, pois oferecem um modelo a ser imitado por outros (e, é importante notar, oferecem uma tecnologia que facilita muito o controle autoritário de uma grande população). O liberalismo está, globalmente, em recessão. Mas essa não é a parte mais perigosa.

Nos Estados Unidos, o liberalismo, entendido como um conjunto de crenças sobre individualismo, liberdade, tolerância e assim por diante, é amplamente rejeitado por nossa elite - do Google à imprensa e o Partido Democrata. Uma espécie de esquerdismo é uma ameaça legítima ao liberalismo americano (e devo observar que nosso livro argumenta que o liberalismo e o conservadorismo americanos dependem um do outro de maneiras complicadas) porque esquerdistas controlam há muito tempo as instituições que moldam opiniões, gostos e controlam o acesso à informação. A geração mais jovem conhece pouco o liberalismo, mas está saturada na ideologia da justiça social do esquerdismo.

Suspeito que em muitos lugares onde o liberalismo tem uma história curta (menos de um século) uma espécie de autoritarismo será muito atraente em um momento de instabilidade global e incerteza econômica. Não sei qual rótulo os meios de comunicação atribuirão a essas várias formas de reação autoritária, mas geralmente não apoiam o que quero dizer com conservadorismo.

Mas quanto à questão mais ampla de saber se o fracasso do liberalismo ou a fraqueza do liberalismo nesses países pode abrir espaço para o conservadorismo, tenho minhas dúvidas. Costumo pensar que o liberalismo e o conservadorismo estão conectados de alguma forma e dependem um do outro. Ambos enfatizam a importância do indivíduo e das liberdades ampliadas - o esquerdismo e outras formas de autoritarismo são hostis a ambos.

Então, não sei como isso vai acontecer. Meu palpite é que, nos lugares onde o liberalismo e o conservadorismo têm uma longa história juntos, a crescente desordem global abrirá espaço para um movimento conservador que castiga o liberalismo (como, talvez, no Reino Unido) e mina o esquerdismo. Mas, em lugares sem essa história, o autoritarismo de vários tipos - ideológico ou nacionalista - destruirá as instituições de uma sociedade livre.

Conteúdo editado por:Paulo Polzonoff Jr.
0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]