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Livro de Ryan T. Anderson sobre os perigos da transição foi retirado das prateleiras virtuais da Amazon sem nenhuma justificativa.
Livro de Ryan T. Anderson sobre os perigos da transição foi retirado das prateleiras virtuais da Amazon sem nenhuma justificativa.| Foto: Pixabay

A Amazon tirou de suas prateleiras virtuais um livro com “respostas inteligentes para perguntas” sobre o transgenderismo – sem informar ao autor e sem qualquer explicação.

“When Harry Became Sally: Responding to the Transgender Moment” [Quando Harry se torna Sally: respondendo ao movimento transgênero], de Ryan T. Anderson, ex-pesquisador da Heritage Foundation e hoje presidente do Ethics and Public Policy Center, argumenta que a ideologia é um fator mais importante do que a biologia na aceitação do transgenderismo pela sociedade norte-americana.

Anderson disse que só percebeu que o livro foi tirado da Amazon depois que um leitor disse que tentou comprá-lo e não conseguiu.

No livro, publicado em 2018, Anderson discute a disforia de gênero, a sensação de que a identidade de gênero de uma pessoa é diferente de seu sexo biológico. Ele pergunta se casos de disforia de gênero podem estar associados à “hostilidade social a pessoas que não se adequam às normas de gênero ou que sentem atração pelo mesmo sexo”.

“Precisamos respeitar a dignidade daqueles que se identificam como trans, mas sem estimular as crianças a se submeterem a tratamentos de transição”, escreveu Anderson.

Em seu livro — cujo título faz referência à comédia romântica “Harry e Sally: Feitos um Para o Outro” — que as melhores terapias para a disforia de gênero tentam ajudam as pessoas a se aceitarem e a aceitarem seus corpos.

O livro conta histórias de várias pessoas que reverteram a transição de gênero e como elas perceberam que não estavam melhores. Outras histórias falam de adultos que foram estimulados a se submeterem à transição na infância, mas depois se arrependeram.

Rod Dreher, editor da “American Conservative”, criticou a Amazon, escrevendo que a empresa agora tem o poder de impedir que livros sobre certos temas sejam vendidos e que isso é um perigoso ataque ao livre mercado de ideias.

“O CEO da Amazon, Jeff Bezos, vende a autobiografia de Hitler porque confia que os leitores entenderão que se trata de um livro maligno. Mas não vende um livro de um dos principais think tanks norte-americanos criticando a ideologia de gênero porque... por que mesmo?” pergunta Dreher retoricamente.

A Amazon não respondeu ao pedido de uma explicação para a remoção do livro de Anderson, mas atualmente vende um livro pró-transgêneros chamado “Let Harry Become Sally” [Deixe Harry virar Sally], uma resposta ao livro de Anderson.

O livro de Anderson continua disponível em outras livrarias. Sobre a retirada de seu livro da Amazon, ele disse o seguinte:

Quando “Harry Became Sally: Responding to the Transgender Moment” foi lançado, há três anos, ele foi atacado duas vezes em colunas do New York Times. O Washington Post publicou um artigo violento que teve de ser totalmente reescrito para consertar todos os erros. Obviamente os críticos não leram o livro.

As pessoas que de fato leram meu livro descobriram que ele era uma apresentação acessível e refletida sobre o estado do debate científico, médico, filosófico e jurídico.

Sim, ele propõe o debate a partir de certo ponto de vista. Não, não expus nenhum fato errado e não xinguei ninguém.

Fui elogiado pelos maiores especialistas: o ex-psiquiatra-chefe do Johns Hopkins Hospital, um experiente professor da NYU, um professor de ética da medicina na Columbia Medical School, um professor de psicologia e neurologia da Boston University, um professor de neurobiologia da University of Utah, um notável professor da Harvard Law School, um filósofo do direito em Oxford e um professor de jurisprudência em Princeton.

Nada disso importa. Não tem a ver com como você diz nem com o entusiasmo da sua argumentação; não tem a ver nem com a generosidade com que você expõe o assunto. Tem a ver apenas com o fato de você ir contra a nova ortodoxia.

Steven Hall é repórter do The Daily Signal.

©2021 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês
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