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Manifestantes durante protesto contra o fechamento da exposição Queermuseu | CAU GUEBOESTADÃO CONTEÚDO
Manifestantes durante protesto contra o fechamento da exposição Queermuseu| Foto: CAU GUEBOESTADÃO CONTEÚDO

O Banco Santander afirmou nesta sexta-feira (29), por meio de sua assessoria de impressa, que não irá reabrir a exposição “Queermuseu – Cartografias da diferença da arte brasileira”, fechada em 10 de setembro. A posição do banco foi divulgada um dia após o Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul (MPF/RS) publicar uma recomendação para que a instituição financeira voltasse atrás da decisão sob ameaça de “ensejar a adoção das medidas judiciais cabíveis”. 

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À redação da Gazeta do Povo, o banco emitiu a seguinte nota: "A mostra Cartografias da Diferenças da Arte, teve sua exibição finalizada no Centro Cultural de Porto Alegre, de cunho privado, no dia 10.9.17 e não será reaberta conforme comunicado do mesmo dia". 

Leia a opinião da Gazeta do Povo sobre o tema: O Queermuseu e a liberdade artística

Posição do MP 

Segundo procurador da República Fabiano de Moraes, o precedente do fechamento de uma exposição artística causa um efeito deletério a toda liberdade de expressão artística, trazendo a memória situações perigosas da história da humanidade, como a destruição de obras na Alemanha durante o período de governo nazista. Ele ressalta também que as obras que trouxeram maior revolta em postagens nas redes sociais não fazem apologia ou incentivo à pedofilia, conforme manifestação pública dos promotores de Justiça do Ministério Público Estadual. 

Leia mais: Duas semanas após cancelamento do Queermuseu, Santander mantém silêncio sobre escolas

O MPF também recomenda que o Santander Cultural realize uma outra exposição em proporções e objetivos similares à que interrompeu, preferencialmente com temática relacionada à diferença e à diversidade, e que fique aberta a visitação em período não inferior a três vezes o tempo em que a Queermuseu permaneceu sem visitação - 19 dias, até o momento.

Leia na íntegra a recomendação do MP:

Colaborou Isabelle Barone

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