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“Bean”, a obra mais famosa do Millennium Park, no centro de Chicago.
“Bean”, a obra mais famosa do Millennium Park, no centro de Chicago.| Foto: Pixabay

Quando as pessoas perguntam o que Jeremy Chong pretende fazer numa sexta-feira à noite, não ouve a resposta típica de um universitário. Ele e seus amigos geralmente vão ao centro de Chicago. Mas a ideia não é se divertir — é evangelizar. E, graças a um juiz federal, o grupo de alunos de Wheaton podem finalmente fazer isso sem serem perseguidos.

Durante meses, alunos como Chong e Matthew Swart distribuíram material evangelizador no Millennium Park. Eram apenas panfletos que falaram às pessoas sobre a fé em Jesus Cristo.

“Entregamos os panfletos a quem os aceita e conversamos quando nos procuram”, diz Chong.

Simples? Nada disso. A equipe de segurança do parque viu isso acontecendo e impediu os evangelizadores de continuar – não uma vez, e sim reiteradamente. Na quinta vez em que isso aconteceu, os estudantes se cansaram.

Eles entraram em contato com um escritório de advogados especializados em liberdade religiosa, o Mauck & Baker, e foram conversar com a administração do parque.

“Procuramos os funcionários da cidade durante um tempo, pedindo que eles mudassem as regras”, explicou Swart.

Bom, eles até mudaram as regras. Eles decidiram, emitindo uma nova e absurda norma, dividir o parque em 11 setores. E — reconheçamos a criatividade de Chicago — permitiram conversas sobre fé em apenas um desses setores.

“É um parque público!”, disse o advogado de Swart, John Mauck. “E não setores públicos”.

Depois de semanas de reuniões e cartas, todos concordaram que não havia como resolver a questão amigavelmente, como pretendiam. Assim, eles entraram com uma ação contra a cidade.

Seis meses mais tarde, eles foram recompensados por sua persistência. O juiz John Blakey — nomeado por Barack Obama, por sinal — decidiu que, embora o parque possa querer “proteger sua integridade estética (...) as restrições municipais impedem formas sensatas de expressão em grandes porções do parque”. Os alunos, concordou ele, têm o direito, garantido na Primeira Emenda, de evangelizar e distribuir material cristão – e depois apontou vários motivos.

Blakey também fez menção à intolerância da cidade, dizendo que “Scott Stewart, [diretor-executivo da Fundação Millennium Park] confessou que ‘quase ninguém reclamou de estar tendo problemas para admirar a arte’ do parque, nem antes de que as restrições atuais serem impostas”.

Por fim, foi uma derrota jurídica tal, disse Mauck alegremente, que seria difícil para cidade “contornar a decisão com uma mudança rápida nas regras”, como eles tinham feito antes. Essa é uma boa notícia para estudantes como Chong, que acha que há muita coisa em jogo.

“Isso tem a ver com espalhar o evangelho às pessoas porque as amamos”, insistiu ele. E a salvação, argumenta, é uma questão de vida ou morte. “Se alguém acredita que a Willis Tower vai cair daqui a uma hora, não importa a fé dessa pessoa”, explicou ele, acrescentando que acha que isso é um chamado “para que as pessoas corram para dentro do prédio e alertem as pessoas de que ele está prestes a ruir”.

Tony Perkins é presidente do Family Research Council.

© 2020 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês
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