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| Foto: JOE RAEDLE/ AFP

Confira como os eleitores declaram as suas preferências políticas nos 11 países mais democráticos do mundo (segundo a classificação da Economist Intelligence Unit). Nestes países, o voto é obrigatório apenas na Austrália e no cantão de Schaffhausen, na Suíça.

1 – Noruega 

Na Noruega, a votação funciona da seguinte maneira: o eleitor vai até a cabine de votação, que é isolada. Ele então pega uma cédula do partido no qual quer votar, e anota as mudanças que desejar. O eleitor dobra a cédula para que ninguém possa ver como ele votou e vai até o oficial da eleição, que carimba o papel. Então, o voto é depositado em uma urna. Os eleitores podem também enviar seus votos pelo correio antes das eleições. 

Em 2013, o país testou um sistema de votos eletrônicos pela internet, mas abandonou o sistema, porque os eleitores temiam que seus votos pudessem ser tornados públicos, segundo a BBC

2 – Islândia 

O Parlamento Islandês (o mais antigo do mundo) é formado por 63 representantes que são eleitos pelas seis províncias por meio de representação proporcional. A votação é feita em cédulas de papel. Os candidatos nas cédulas são todos os membros de seus respectivos partidos políticos. Os eleitores podem escolher apenas uma cédula, mas podem alterar a ordem dos candidatos na cédula em que estão votando. O presidente é eleito em uma votação separada. 

Os islandeses também podem votar com antecedência. Quem não puder comparecer a um local de votação pode votar em lugares específicos ou enviar o seu voto por carta até oito semanas antes da data da eleição. 

3 – Suécia 

A Suécia realiza eleições a cada quatro anos para escolher os seus representantes nos três níveis de governo (parlamento nacional, conselhos distritais e assembleias municipais). Nas semanas anteriores à eleição, cartões para votação são enviados para o endereço de todos os eleitores. É possível votar com antecedência em alguns locais. Quem está fora do país também pode enviar o voto pelo correio ou por um representante. Quem está doente ou tem alguma deficiência também pode enviar um representante ao seu local de votação. 

Na cabine de votação, existem cédulas de diferentes cores para cada eleição que está sendo realizada. Também existem diferentes cédulas que permitem votar em um partido ou escolher entre os candidatos de uma lista. Além dessas opções, existem as cédulas em branco, nas quais o eleitor pode escrever o nome que quiser. Teoricamente, se uma pessoa receber um número suficiente de votos dessa maneira, pode ser eleita. 

Os eleitores inserem o voto em um envelope e entregam para o oficial da eleição daquele local. 

4 – Nova Zelândia 

A votação para eleição geral na Nova Zelândia começa duas semanas antes do dia da eleição. Os eleitores, que devem se registrar com antecedência, podem votar antecipadamente se não estiverem em sua residência no dia da votação. 

Após o registro para a votação, o eleitor recebe um pacote de informações chamado EasyVote com a lista de locais de votação próximos a sua casa. No dia da votação, os eleitores votam em um partido político e um candidato que os representará no parlamento. 

Os neozelandeses também têm a opção de baixar as cédulas de votação no site da Comissão Eleitoral e enviar o seu voto pelo correio, se estiverem fora do país. 

Os planos de implementar um sistema de votação pela internet encontraram oposição de especialistas de tecnologia, que dizem que o voto online não pode ser seguro

5 – Dinamarca 

A Dinamarca elege os seus 179 parlamentares – 175 da Dinamarca e dois de cada das Ilhas Faroe e da Groenlândia – em eleições gerais, diretas e secretas. Todas as pessoas qualificadas para votar podem comparecer ao seu local de votação para fazer as suas escolhas. Uma cédula de papel é entregue a cada eleitor, contendo os nomes dos partidos e dos candidatos. Em uma cabine isolada, o eleitor assinala com uma cruz a sua opção na cédula e a deposita em uma urna. Ao fim das eleições, oficiais contam os votos. 

O voto é considerado inválido se a cédula estiver em branco, se a opção não estiver marcada com uma cruz, se não for possível afirmar com certeza em qual partido ou candidato o eleitor pretendia votar, ou se a cédula contiver alguma marca que a identifique. 

6 – Irlanda 

Na Irlanda, todas as eleições são decididas por representação proporcional com voto único transferível. Os eleitores indicam a sua primeira e as seguintes escolhas escrevendo um número ao lado do nome dos candidatos na cédula. A pessoa deve indicar a sua primeira escolha escrevendo “1” ao lado do candidato, “2” para a sua segunda escolha, e assim por diante. 

Dessa maneira, o eleitor informa que o seu voto deve ser transferido para o segundo candidato de sua preferência caso a sua primeira escolha seja eleita com um excesso de votos além da cota ou se for eliminada. 

Se a sua segunda escolha for eleita ou eliminada, o voto pode ser transferido para a terceira opção, e assim por diante. 

Os eleitores podem escolher vários candidatos ou apenas um. Aqueles que não querem que determinado candidato seja eleito de maneira nenhuma geralmente dão preferência a todos os outros, exceto o seu rejeitado. 

A contagem de votos começa com as primeiras preferências. A cota, o número mínimo de votos válidos que cada candidato deve receber para ser eleito, é calculada. Se um candidato recebe mais do que a cota, os votos em excesso são transferidos para os candidatos restantes na ordem e na proporção da preferência dos eleitores. 

7 – Canadá 

As eleições presidenciais e provinciais no Canadá usam cédulas de papel, mas o voto eletrônico tem sido usado desde os anos 1990 nas eleições municipais. Alguns municípios oferecem também a possibilidade de votar pela internet. 

Os eleitores canadenses precisam se registrar com antecedência para votar. Eles podem votar no dia das eleições ou em datas anteriores, em locais específicos. Os canadenses – que moram no país ou fora dele – também têm a possibilidade de enviar o seu voto pelo correio. Para isso, é preciso solicitar um kit contendo uma cédula especial. 

Desde 2010, o país tem discutido uma reforma eleitoral que incluiria o voto pela internet. Em 2016, um comitê de reforma eleitoral fez uma recomendação contrária à votação online no país, que foi aceita pelo governo federal. 

8 – Austrália 

O voto é obrigatório para os australianos maiores de 18 anos, que podem comparecer a um local de votação no dia da eleição ou votar pelo correio. As eleições federais na Austrália são feitas com cédulas de papel. 

Em 2013, o Comitê Eleitoral Australiano analisou a votação online. Depois da eleição federal de 2016, os líderes dos dois maiores partidos levantaram a possibilidade de introduzir o voto eletrônico em futuras eleições no país. 

A Austrália tem experiências com a votação eletrônica desde 2001, com projetos para melhorar o acesso a eleitores com deficiência visual e testes com uma rede segura para votação de militares servindo em outros países, por exemplo. 

Nas eleições federais de 2016, foram introduzidas a digitalização e a contagem eletrônica das cédulas de papel. 

9 – Finlândia 

Todas os finlandeses com mais de 18 anos, assim como a maioria dos estrangeiros residentes, têm o direito de votar na Finlândia. Os cidadãos recebem uma carta com detalhes sobre o seu local de votação. 

Os eleitores devem comparecer à sua seção de votação no dia da eleição, ou nos dias anteriores em estações de votação. Após se identificar, o eleitor recebe uma cédula de papel do oficial, vai até a cabine de votação, e escreve o número do seu candidato dentro de um círculo na cédula. Em seguida, a cédula é dobrada e entregue a um oficial, que carimba o papel e indica o local da urna onde ele será depositado. 

Um grupo de trabalho do Ministério da Justiça coordena um projeto para a implementação de um sistema de voto eletrônico em todo o país. O Ministério decidiu adiar o lançamento da votação eletrônica nacional enquanto se certifica da segurança do sistema, preocupados com possíveis interferências nas eleições. 

10 – Suíça 

A democracia direta é uma peça central do cenário político na Suíça. Assim, os cidadãos estão acostumados a receber envelopes com cédulas para votação e informações sobre o próximo referendo. 

Além de escolher os seus representantes, os suíços votam até quatro vezes por ano em referendos, opinando sobre propostas federais e questões específicas de seus cantões. O voto no país pode ser enviado pelo correio (a opção mais popular), depositado nas urnas ou enviado pela internet, em algumas regiões. 

Neste ano, o país revelou um sistema de votação online que usa a tecnologia de blockchain. Pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia de Lausanne, que estão testando o sistema, alegam que esse sistema oferece um método à prova de fraudes e que garante a anonimato do eleitor. 

11 – Holanda 

A Holanda usou urnas eletrônicas desde o final dos anos 1990 até 2007 na maior parte das regiões. O sistema foi cancelado e o país voltou a usar o voto de papel após uma controvérsia nas eleições de 2006, quando um grupo de manifestantes demonstrou a vulnerabilidade das urnas. 

Nas eleições gerais de 2017, as autoridades do país decidiram contar manualmente todos os votos, para evitar possíveis ataques a softwares. O país estava em alerta após alegações de agências de inteligência americanas de que a Rússia pode ter influenciado as mais recentes eleições presidenciais do país. 

No mesmo ano, 28 partidos, um número recorde, disputaram as eleições. Por causa disso, os eleitores tiveram que votar em cédulas de papel gigantes com os nomes de todos os candidatos. A situação curiosa foi compartilhada em fotos nas redes sociais. 

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