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Comunismo: ideologia assassina | Pixabay
Comunismo: ideologia assassina| Foto: Pixabay

A ideologia se tornou o grande problema político do século XX, parafraseando Margaret Tatcher — e usando de certa liberdade para isso, confesso — “terreno onde as ideologias pisam e dominam, não nascem gramados democráticos”. O grande inventário do século XX — que ainda não foi finalizado — nos mostra que todos os países que se apoiaram em ideários, construídos por engenheiros sociais, acabaram por transformar seus países em laboratórios políticos insanos. A voz brutal que surge do século XX, quando consultamos os necromantes da história, nos adverte sem demora: “não confiem jamais em ideologias e salvadores sociais”. Quem tem ouvidos, ouça.

Apenas alguns ovos

Praticamente tudo aquilo que vimos de mais asqueroso e repugnante na política dos séculos XVIII, XIX e principalmente XX, está diretamente ligado à crença de que é possível alcançar uma perfeição social e política aqui na terra, que é viável uma ordem completa sem o caos, uma a igualdade plena sem a desigualdade, uma liberdade absoluta sem restrições. Enfim, que todos esses axiomas são perfeitamente possíveis e realizáveis no plano terreno, bastando apenas que as engrenagens históricas, políticas e econômicas sejam tecnicamente ajustadas pelos “capazes”.

E se tal proeza de perfeição social — verdadeiramente divina — for possível, por que não seguir tal rumo? E aqui está o X da questão, quando tudo começou a dar assustadoramente errado. Ora, o raciocínio é lógico e linear: se a perfeição política e social é possível, por que não nos utilizarmos de todos os meios disponíveis para alcançá-la? Por que não suprimir oposições e opositores em busca daquela vitalidade final de uma sociedade próspera? O silêncio imposto aos discordantes, até mesmo a morte de alguns resistentes, são coisas com as quais podemos conviver se o que estamos construindo aqui é a realização de uma verdadeira utopia, do fim último da história humana — como chamariam os comunistas mais “raiz”. 

Se realmente estamos falando da realização final de uma sociedade perfeita, justa, igualitária, orgânica e maquinalmente ideal, livre e sem os desprezíveis problemas sociais de agora; se é disso que estamos tratando aqui, então qualquer meio vale a pena ser utilizado para chegar nesse oásis.

Aqueles ovos quebrados (mutilados, fuzilados, torturados, envenenados, etc.) serão para frondosos e deliciosos omeletes, que todos comerão e se saciarão num futuro próximo. A utopia está logo ali.

O homem é de barro

“Mas, por outro lado, a receita para a perfeição me parece a fórmula para o derramamento de sangue, ainda que receitada pelo maior dos idealistas, com o mais puro dos corações” (BERLIN, 2018, p. 52).

Não obstante, por consequência evidente de nossas limitações, sabemos que o homem não é passível de perfeição; até mesmo em suas filosofias sempre faltarão as últimas peças do quebra-cabeça que só seriam encontrados se fôssemos anjos ou deuses. Sendo assim, as suas criações inevitavelmente tendem a ser limitadas ainda que possam ser geniais. Todos os gênios erraram, todos os santos também eram feitos de matéria corruptiva apesar de seus atos heroicos. Todos nós somos de barro, se não da matéria terrosa, mas sim da metáfora tão real quanto a argila. 

Nas palavras de Jordan Peterson: “A serpente habita nossa alma” (PETERSON, 2018, p. 47); creio que, crentes ou não, poucos seriam os tolos que discordariam disso — tirando Rousseau, é claro. 

Ou seja, as nossas teorias e racionalizações humanas invariavelmente guardam teimosas parcelas de falhas, lacunas e detritos. Sendo assim, as ideologias são mentiras políticas tornadas universais, afinal, não passam de construtos ideários de mentes humanas, falhas. Elas vendem a ideia mentirosa — confessa ou não — de um mundo ideal onde as naturais aporias humanas seriam sanadas através de seus métodos “científicos” e visionários.

Resta-nos, então, compreender como nasce essa mentira: a ideologia. Cabe-nos compreender como ela se estrutura, as suas características e constituições.

Como nasce uma ideologia (um tributo a Isaiah Berlin)

Um daqueles que melhor compreendeu as estruturações filosóficas das ideologias, rastreando as suas raízes e motivações, foi Isaiah Berlin — filósofo nascido na Letônia e famoso por sua defesa incessante e ardorosa da liberdade. Grande parte das suas obras fora dedicada às questões de filosofia política e ao poder que as ideias exerciam nas sociedades; como é o caso de seus clássicos: ‘A força das ideias’, e ‘Estudos sobre a humanidade’, ambos editados no Brasil pela Companhia das letras — e esgotados no momento. No entanto, caso queiram algo sumário e assustadoramente completo, indico o livreto ‘Uma mensagem para o século XXI’, da editora Âyiné; é justamente nessa pequena edição que basearemos grande parte desse ensaio, e de onde tentaremos retirar todo o seu sulco de vitalidade intelectual. 

Tal livreto traz dois competentes ensaios do grande filósofo: o primeiro e mais completo deles é o ‘The pursuit of the ideal’, retirado da obra ‘The crooked timber of humanity: chapters in the history of ideas’; e o segundo ‘A message to the twenty-first century’, trata-se de um discurso que proferiu na Universidade de Toronto, quando aceitou o grau honorário de doutor das leis.

Isaiah Berlin dedicou boa parte de sua vida intelectual para compreender as estruturas que impulsionavam certas teorias políticas a se encerrarem em sistemas totalitários pseudo-religiosos (ideologias). Em algum momento do desenvolvimento ideológico, observou Berlin, mais nenhum princípio, valor, virtude ou moral eram respeitados para além dos dogmas do partido — líder e/ou Estado. Nesse sentido, o pensador rastreou quatro grandes trilhas e fontes de irrigação filosófica que deram origem e mantiveram até hoje as ideologias; são elas: racionalismo egocentrista, empirismo mecânico, cientificismo soberbo, e utopismo basbaque.

Falemos brevemente de cada um a fim de rastrear a manjedoura das ideologias modernas.

Racionalismo egocentrista

“Os racionalistas do século XVII entendiam que as respostas poderiam ser encontradas por uma espécie de insight metafísico, uma aplicação particular da luz da razão da qual todo homem gozava” (BERLIN, 2018, p.22).

Desde quando René Descartes cravou no seio filosófico de século XVII, que a razão não era um reluzir da graça suprema de Deus que desce e reflete em nosso intelecto, nos capacitando a enxergar — ainda que limitadamente — as coisas e delas fazer juízo; mas que na realidade era o próprio homem a fonte da “graça” racional, que era o próprio homem o ex nihilo, ou seja: o começo de toda inteligência e realização. Desde esse instante o homem se viu — mais ou menos — emancipado de qualquer força que o antecedesse ou determinasse; o homem era finalmente senhor de si e capaz de racionalizar sozinho a sua vida e meio social.

Cogito Ergo Sum. Desta maneira, o homem passa a ser capaz em si mesmo, afinal, se a existência está condicionada ao seu pensar (penso, logo existo), basta que ele inicie o processo racional para realizar do zero aquilo que ele quiser.

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Se o homem é capaz de iniciar tudo, ele é capaz de organizar a sociedade conforme os seus projetos, pois, por consequência, é também a sociedade uma de suas obras. As respostas para os entraves humanos e sociais passam a ser meros problemas de ordem organizacional, basta que o homem rastreie em si mesmo as respostas para solucionar as problemáticas questões existenciais. Tudo era questão de rastreamento das ferramentas e organização racional da sociedade; assim como uma criança localiza as peças do quebra-cabeça e as colocam em sua caixa respectiva. 

Se a razão nasce em mim, se eu tenho as respostas para as problemáticas da existência, se tudo é questão de conhecimento, organização e funcionamento das engrenagens (como a mecânica universal de Copérnico e o empirismo sensorial), basta que acomodemos as informações, localizemos as peças do quebra-cabeça, e pronto, seremos capazes de criar uma sociedade de maneira objetiva, sem escorregões e “tropicadas”. Seremos capazes de pensar uma sociedade perfeita; e se pensamos, logo faremos.

“A reorganização racional da sociedade decretaria o fim da confusão intelectual e espiritual, da obediência cega aos dogmas não analisados e da estupidez e crueldade cultivada e promovida pelos inúmeros regimes opressivos” (BERLIN, 2018, p.24-25). Tudo dependia da sintonia fina com a estação correta, tudo era questão de uma reorganização social baseada nas inferências racionais; novamente, o paraíso está logo ali.

Empirismo do almoxarifado

“Os empíricos do século XVIII, maravilhados com as vastas áreas do conhecimento descortinadas pelas ciências naturais calcadas nas técnicas matemáticas — as quais dissiparam tantos erros, superstições, dogmatismos sem sentido —, perguntavam-se, como o fez Sócrates, por que os mesmos métodos não poderiam também funcionar na construção de leis irrefutáveis no campo das relações humanas” (BERLIN, 2018, p.22-23).

Só pensar a perfeição não fará o perfeito acontecer, pelo menos pensavam assim os empíricos; era preciso pensar, ter e conhecer os instrumentos para além das engrenagens mentais. Em suma, era preciso de um conhecimento mecânico da existência que se organizasse num sistema racional de certezas, que não mais eram dados pela metafísica e pelos dogmas opressivos da teologia, mas sim pelas interligações e percepções sensoriais da realidade; as ciências naturais.

Longe de ser o empirismo e o racionalismo inimigos epistemológicos, são antes concordantes entre si; funciona como um casal que briga pela manhã e de noite dorme de conchinha.

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No racionalismo o homem deixa de ser o intérprete da realidade, sendo promovido a criador, o feitor das verdades, o big bang de seu mundo; no empirismo o homem passa a manusear e localizar os instrumentos que são precisos para pôr em prática as verdades pensadas com a razão abstrata. O empirista tenta entender a realidade experiencial a fim de controlar o seu conteúdo e expor as possibilidades aos construtores de ciências e sociedades; foi o que imaginou Francis Bacon — expoente do empirismo — quando escreveu o seu ‘Novum Organum’. O fim último do empirista é dominar a natureza, para não deixar ser dominado por ela. 

É como se os racionalistas fossem os projetistas e os empiristas os rapazes que cuidam do almoxarifado, organizando as plantas prediais, fazendo a manutenção dos maquinários e peças; ou seja, aquele que fará os cálculos do que será preciso para o projeto. Não obstante ainda falta o engenheiro.

Cientificismo soberbo

“Tendo em mãos os novos métodos descobertos pelas ciências naturais, uma ordem também poderia ser introduzida na esfera social — uniformidades poderiam ser observadas, hipóteses, formuladas e comprovadas por meio de experimentos; sobre elas se baseariam leis, e posteriormente essas mesmas leis levariam a leis mais específicas em campos ainda mais circunscritos; por sua vez, essas leis específicas seriam ramificações de outras mais gerais e por aí em diante, até que um sistema completo e harmonioso, todos interconectado por elos lógicos inquebrantáveis e passíveis de serem elaborados em termos precisos — ou seja, matemáticos —, pudesse ser erigido” (BERLIN, 2018, p.22-23).

O cientificismo, por sua vez, inaugura a era da “mão na massa”; como característica filosófica ele nutre a soberba de se considerar superior à religião, metafísica, e todas as correntes não pragmáticas e experimentais do mundo; dando valor somente àquilo que é passível de experiência real e repetição em fórmulas. A ciência, então, passa a ser o verdadeiro ato de manusear, transformar e criar através das experiências e crivos da matéria dada. Por isso mesmo que o cientificismo passa a ser a prática própria do empirismo, sendo uma consequência direta da outra; se o empirismo buscava o domínio sobre a natureza, a ciência busca manuseá-la ao seu favor ou encerrá-la em fórmulas certas e imutáveis.

Segundo Karl Popper, o cientificismo transformou-se em puro dogmatismo, determinando como desinteressante ou irreal tudo aquilo que não se encaixava em seus pressupostos. Não tardou para que a fórmula política do cientificismo fosse criada com os mesmos rigorismos advindos das certezas dos tubos de ensaio; a essa vertente deu-se o nome de “positivismo”, seu maior expoente foi Auguste Comte. 

Tal teoria política acredita que a sociedade funciona a partir de inferências científicas determinantes; que as relações e disposições humanas são catalogáveis e entendidas assim como um inseto qualquer que é dissecado e catalogado segundo as subcategorias pré-determinadas da entomologia. O positivismo crê que certezas e padrões humanos poderiam ser identificados se os ajustes certos de temperatura e pressão fossem encontrados no terreno social. A sociedade, dessa maneira, poderia ser cientificamente traçada, chegando àquilo que Isaiah Berlin chamou de “certeza no campo do comportamento humano” (BERLIN, 2018, p.22).

Utopismo basbaque

“O denominador comum de todas essas perspectivas era a crença de que havia soluções para todos os problemas, que alguém poderia encontrá-las e, com uma boa dose de esforços altruístas, realizá-las na terra. Todos eles acreditavam que a essência do ser humano era poder escolher como viver; sociedades poderiam ser transformadas sob a luz de verdadeiros ideais graças a uma boa dose de fervor e de dedicação” (BERLIN, 2018, p. 20-21).

Tudo isso, quando batido no liquidificador da história e das mentes sedentas por um paraíso terreno gera automaticamente a busca pela utopia. Se temos uma razão organizadora e senhora de si, o empirismo catalogador e a ciência experimental, estamos prontos para criar a perfeição social. Tiram do céu a perfeição e tentam a todo custo construí-lo aqui na terra. “O sonho utópico da humanidade foi assim transformado, substituído, transferido de um paraíso primordial para a terra prometida do futuro” (LEHMANN, 2016, p. 71). Foi sobre os ombros dessas conexões que os iluministas fizeram as suas balbúrdias e tiranias.

Se a razão começa em mim, se eu conheço o almoxarifado da realidade, se sou capaz de catalogar seus elementos, organizar suas constituições, e, posteriormente, manusear tais materiais sob uma certeza cortante de fórmulas e leis; e se tudo isso for cambiável para as relações humanas e estruturas sociais, então eu posso — com uma boa dose de destreza — alcançar uma sociedade perfeita aqui na terra. A utopia passa a ser realizável, e se o mundo perfeito é alcançável, qualquer meio é justificado para chagar a ele; e com isso voltamos à introdução desse ensaio.

Sai Deus, entra Stálin

“O que motiva a rebelião moderna era a convicção de que a humanidade havia sido até então impedida de desabrochar pela influência obscurantista do cristianismo” (LEHMANN, 2016, p. 70).

Eric Voegelin e Raymond Aron, por exemplo, exploram o utopismo com extrema competência e trazem uma nova perspectiva ao debate, usando agora da filosofia da religião como explicação mais ampla dessas problemáticas. Segundo Voegelin e Aron, a utopia como empreitada possível na realidade é consequência de uma invasão da Cidade dos homens na Cidade de Deus — referência à obra magna de Santo Agostinho: ‘Cidade de Deus’. 

Voegelin via tal situação como reflexo das ideias de Joaquim de Fiore, que pretendia estender na terra a “Era do Espírito”, que nada mais era do que uma sociedade perfeita ao modo evangelical (Cf. VOEGELIN, 2012, p. 145). Aron (assim como o excelente filósofo brasileiro Nelson Lehmann), por sua vez, via tal situação como uma consequência natural da secularização que corre a partir do século XVI; quanto mais o homem se afastou da religião e sua teologia escatológica, mais ele buscou ocupar o lugar vazio do Soberano com projetos políticos que tinham tantos dogmas quanto as próprias religiões abandonadas. De certa maneira os seculares queriam Deus, e para isso tentaram fazer o seu próprio; novamente Israel constrói seu bezerro de ouro.

“É verdade que o comunismo atrai ainda mais quando o trono de Deus está vazio. Caso o intelectual não se sinta mais ligado nem à comunidade nem à religião dos seus antepassados, ele pede às ideologias progressistas o pleno preenchimento da sua alma” (ARON, 2016, p. 267).

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Para tal abordagem, a religião é o contrapeso social necessário, pois atua no campo escatológico e transcendente; deixando para a política as diplomacias estatais e os campos do imanente. Ou seja, os campos do possível, do prudente, da têmpora, da diplomacia, do diálogo e do debate. Na política não cabem dogmas! Mantendo, assim, a clássica e providencial separação agostiniana de Cidade dos homens e Cidade de Deus. 

A política que se arroga à teologia, o partido que se ergue como Igreja oficial, os militantes que se tornam fiéis e o Estado que se proclama Deus; são esses os ingredientes para as carnificinas, ditaduras e tiranias. O grande pensador brasileiro J. O. de Meira Penna disse certa vez: “O Estado foi então ressacralizado — à medida que se secularizava a religião” (PENNA, 2017, p. 24). 

Ou seja, há uma grande tendência, desde o fim do século XIX, a compreender que há uma ligação direta com a queda da influência da fé cristã na sociedade ocidental, com o crescimento exponencial dos Estados totalitários que se nutriam de uma ideologia pseudo-religiosa, que exigia de seus adeptos: obediência aos seus dogmas e sacrifício por seus fins.

Não cabe, neste momento, nos aprofundarmos nessa teoria ampla e ainda tão virgem em desenvolvimentos mais robustos no país, mas deixamos a dica para aqueles que queiram estudar com mais profundidade as Religiões políticas.

Ou seja, o problema é a soberba

Não obstante tudo isso que falamos, seriamos outros tolos se julgássemos que censurar as ideias racionalistas, as inferências empiristas e cientificistas, seja algo a ser sadiamente considerado. O assassino não é a arma que o bandido usou, mas sim o bandido que livremente escolheu puxar o gatilho. Desta feita, não é o racionalismo, o empirismo e o cientificismo os construtores de tiranias; são antes os instrumentos que as mentes tirânicas se utilizaram para fundamentar as retóricas de suas ideologias. 

Não tem como voltar os ponteiros relógio, e ainda que tivesse, não seria o apropriado. Não estamos, dessa maneira, jogando na fogueira inquisitória as ideias filosóficas abordadas; se censurar desse certo, ainda estaríamos sob as normas do Index Librorum Prohibitorum. Prefiro acreditar que os homens livres são maduros o suficiente para tomarem consciência das ideias que defendem, e saberem que elas têm consequências.

Saber onde e como surgem as ideologias, é uma empreitada imprescindível na modernidade que novamente flerta com teorias políticas totalitárias. Como exposto no início, todos os países onde as ideologias reinaram, carnificinas ocorreram — de maior ou menor grau. Onde a insanidade política e a fé num paraíso terreno se mancomunaram, campos de concentração foram erigidos e valas comuns foram lotadas por corpos humanos. Somente um déspota se veria inerte à essa realidade; e por isso que conhecer as raízes desse mal é algo extremamente necessário, talvez o mais necessário de todos os conhecimentos políticos na contemporaneidade.

Referências:

ARON, Raymond. O ópio dos intelectuais, São Paulo: Vide Editorial, 2016.

BERLIN, Isaiah. Uma mensagem para o século XXI, 2ª Edição, Âyiné: Belo Horizonte/Veneza, 2018.

PENNA, J. O. de Meira. A ideologia do século XX: Ensaios sobre o nacional-socialismo, o marxismo, o terceiro-mundismo e a ideologia brasileira, 2ª Ed, São Paulo: Vide Editorial, 2017

PETERSON. Jordan. B. 12 regras para a vida: um antídoto para o caos, Alta Books: Rio de Janeiro, 2018.

SILVA, Nelson Lehmann da. A religião civil do Estado moderno, 2ª Ed, Campinas: Vide Editorial, 2016.

VOEGELIN, Eric. História das ideias políticas: Idade média até São Tomás de Aquino - Volume II, É realizações: São Paulo, 2012.

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