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Protesto do movimento Black Lives Matter em Lake Forest, Califórnia, EUA
Protesto do movimento Black Lives Matter em Lake Forest, Califórnia, EUA| Foto: BigStock

Seus filhos estão sendo doutrinados. O sistema educacional projetado para ensiná-los a pensar de forma crítica vem sendo adaptado como uma arma para empurrar uma agenda antiamericana.

Como alguém que trabalhou na educação por quatro anos, pude ver em primeira mão como nossas crianças estão sendo capturadas pela esquerda e seus professores.

Trabalhei com crianças com idades entre 3 e 13 anos, e vi a lavagem cerebral que existe em praticamente todos os níveis de educação. A esquerda usa uma combinação de propaganda e repressão para empurrar as crianças nas garras do socialismo e do antipatriotismo.

Primeiro vamos falar da propaganda. Os professores estabelecem tarefas e atividades onde incutem a ideia de que os pilares da civilização ocidental eram uma representação do mal e que suas memórias e tudo o que elas representam merecem ser atiradas no lixo.

Um exemplo. Uma das minhas estudantes no ensino fundamental tinha como tarefa de casa montar uma lista de britânicos famosos através da História. Ela já tinha alguns nomes óbvios: Shakespeare, Princesa Diana, Rainha Elizabeth.

“Muito bem. E quanto a Winston Churchill?” sugeri.

“Oh, não. Ele não,” ela respondeu. “Ele era racista e achava que as mulheres não deveriam ter direitos. Ele não era um cara legal.”

Eu fiquei arrasado. Para mim era claro que ela não tinha tirado essas conclusões por conta própria. Estava apenas regurgitando uma propaganda contada a ela pelos professores. Toda noção sobre as nuances e os pensamentos críticos envolvendo o homem que salvou a Europa dos nazistas desapareceu. Se Churchill cometeu o "crimideia”, como na obra 1984 de George Orwell, seu destino é a lata do lixo.

Normalizar suas visões e posições como não-políticas é outra forma pela qual a esquerda espalha suas propagandas.

A organização Black Lives Matter é um ótimo exemplo desta forma de divulgar propaganda. Muitos de meus colegas usavam broches e acessórios do Black Lives Matter na escola em uma violação flagrante das regras que proíbem a exibição pública de argumentos políticos por meio das vestimentas.

Quando perguntei se havia uma justificativa para tal comportamento, me disseram que apoiar o grupo não era uma manifestação política, era um assunto mais voltado aos Direitos Humanos. As crianças viam aqueles broches e roupas e faziam uma associação direta entre grupos radicais esquerdistas e a mais básica das dignidades humanas. “Como ousas questionar o Black Lives Matter? Eu aprendi que eles lutam pelos Direitos Humanos!”

Mas não basta ensinar ativamente que os Estados Unidos e o Ocidente são representações do mal. A repressão à “crimideia” é tão importante quanto no processo de lavagem cerebral. As aulas que eu dava também haviam sido censuradas.

Estava preparando uma aula sobre o Dia de Ação de Graças envolvendo assuntos como os peregrinos e os índios americanos. Uma das atividades era centrada na criação de tendas de papel, como uma forma de artesanato. Foi o que bastou para ativar o pânico progressista.

Outros professores na mesma escola começaram a espalhar que um “não indígena” estava praticando apropriação cultural dos nativos americanos em um trabalho com os alunos. É claro que nenhum desses professores era descendente dos nativos americanos, eles estavam só querendo "sinalizar" suas virtudes.

A coisa toda culminou em um incidente hilário onde meus colegas conseguiram encontrar o único professor descendente de índios em toda a equipe da escola – e ele tinha 1/64 de descendência –, e o questionaram se aquilo era ou não apropriação cultural. Do alto de sua notória autoridade, certamente era sim. A direção da escola rapidamente me afastou do projeto, que foi também prontamente cancelado.

A repressão se estendeu também a valores religiosos americanos. Tentei engajar meus estudantes em contos populares em outros lugares do mundo para ensiná-los um pouco de História e talvez algo sobre outras culturas.

Tudo corria bem na "Hora da História" até eu contar algumas passagens da Bíblia. Outros professores começaram a reclamar que que estava tentando converter as crianças ao pregar valores cristãos a elas.

Não se esqueça, isso não era problema enquanto eu estava compartilhando com os estudantes histórias sobre outras culturas antigas na História. Passagens sobre a China e a Índia eram até mesmo incentivadas por “compartilhar vozes até então nunca ouvidas.” Mas depois que eu dividi com meus estudantes a história da Torre de Babel, fui aconselhado a voltar às histórias não-cristãs ou sofreria as consequências.

Os jovens adultos que hoje destroem alegremente as estátuas dos Patronos Fundadores da nação foram incubados nas próprias escolas, e foram preparados pelo sistema educacional para botar os EUA abaixo.

A esquerda argumenta que os grandes homens e mulheres que construíram a nação são problemáticos e precisam ser destruídos. Conservadores precisam exigir o fim imediato desta doutrinação dos nossos jovens, ou terão de enfrentar uma nova sociedade americana, ensinada desde a infância que o país tal como foi criado não deveria existir.

Douglas Blair, assistente administrativo da Heritage Foundation, é graduado pelo Programa de Jovens Líderes da Heritage.

©2020 Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês.
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