“Sou psicopata e quero que a sociedade entenda e acolha meu transtorno” – M. E. Thomas, advogada americana. Então vá para Brasília, onde não só será aceita, mas também fará amizades nos mais altos escalões.
“Padre Júlio incomoda quem mama na Prefeitura de SP” – Leonardo Sakamoto, jornalista. Como diria o Boulos, farinha pouca meu pirão primeiro.
“Juíza aceita cão Theo como autor de ação contra tutora após suspeita de castração caseira” – manchete da CNN Brasil. Segundo o ex-ministro e agora profeta, Antônio Magri, o cachorro é um ser humano como qualquer outro, e o Theo está aqui para provar isso.
“O ‘Sai de Baixo’ não seria possível porque não pode. A Magda seria cancelada” – Marisa Orth, atriz que interpretava a personagem no antigo seriado da Rede Globo. Talvez o ‘Sai de Baixo’ não sobrevivesse hoje, mas a Magda? Poderia até já ter chegado à presidência.
“Hugo Souza, a versão em preto do branco Cássio” – Juca Kfouri, jornalista esportivo. E o Juca virou uma caricatura, ao vivo e em cores, de si mesmo.
“Hugo Souza pode ser o ídolo ideal para o Corinthians [...] Um goleiro negro” – Alice Klein, comentarista do UOL. Urge termos ídolos negros no futebol. Ou será que urgente mesmo é ela deixar de militância e estudar mais o esporte, antes de dar palpite?
“O nosso sistema democrático tem dois poderes. Democracia é um sistema onde o Poder Executivo e o Poder Legislativo governam” Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara dos Deputados, ignorando a existência do Poder Judiciário. Meu Deus, será que nossa crise política é porque o Rodrigo Maia só sabe contar até dois!?
"É um golpe militar que, na época, foi caracterizado assim, inclusive por alguns monarquistas. Abre uma história de golpes militares” – Ricardo Lessa, historiador, sobre o processo de independência do Brasil. Para a esquerda brasileira tudo é golpe. Só o golpe que não é golpe.
“Espero que meu sucessor não seja julgado pela camisa que ele veste” – Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Vou tentar não julgar pela camisa, mas se vier vestindo tornozeleira eletrônica, eu não prometo nada!
“[Campos Neto] deve evitar eventos políticos, sim. Foi para isso que o Congresso aprovou a autonomia do Banco Central. Autoridade monetária tem que ter recato” – Gerson Camarotti, jornalista, de olho no comportamento do presidente do Banco Central. O Campos Neto acha que é o quê, ministro do Supremo?
“O Rio tem uma organização criminosa que funciona em parceria com policiais e políticos” – Orlando Curicica, suposto miliciano e testemunha do caso Marielle Franco. Isso, por acaso, é um eufemismo para ‘governo’?
“Proposta que pode reverter inelegibilidade de Bolsonaro avança no Senado. Especialistas dizem que relatório abre brecha que pode beneficiar ex-presidente” – manchete do UOL Notícias. A democracia tem dessas inconveniências: se abrir uma brecha, as pessoas tomam a liberdade de votar em quem elas quiserem.
“Enganei-me ao pensar e dizer que vivíamos em uma democracia pujante” – Hamilton Mourão, senador pelo RS e ex-vice-presidente (Republicanos). Pois é, Mourão, parece que o seu engano é ainda mais profundo do que você pensa...
“Homem que atropelou e matou ex é CAC e portava arma no dia do crime” – manchete do Metrópoles. Em resposta, ONGs já estariam mobilizando uma grande manifestação em favor do Estatuto do Descarramento.
“PF acha dinheiro vivo em endereços do governador do Tocantins” – manchete da Revista Veja. Grande coisa! Quando encontrarem algum nas carteiras dos trabalhadores, aí sim vai ser de cair o queixo!
“Homens que se abstêm de pornografia são extremistas de direita perigosos” – revista Rolling Stone. Veja só, os extremistas da (mão) direita agora na vanguarda contra o fascismo!
“O matriarcado já começou. E vai voar caco de macho alfa pra tudo quanto é lado” – Lusa Silvestre, em artigo no Estadão. E foi assim que nasceu a música "It's Raining Men".
Musk dá unfollow no Brasil
“Desde que o menino Elon assumiu o controle, a empresa despenca em faturamento e valor de mercado. Agora o garoto mimado tenta te convencer que uma questão jurídica e comercial é política” – Marcelo Tas, jornalista. Era o que faltava, o Tas querendo ensinar ao Elon Musk como ganhar dinheiro.
“Devido às exigências do ‘Juiz’ Alexandre de Moraes, que nos obrigariam a violar (em segredo) as leis brasileiras, argentinas, americanas e internacionais, o X não tem opção senão encerrar suas operações no Brasil. Ele é uma grande vergonha para a justiça” – Elon Musk, dono do X/Twitter. Musk vai acabar sendo intimado para explicar em 24 horas por que colocou aspas na palavra “juiz”.
“Atitude patética. Estão forçando um pênalti e tentando jogar no STF o ônus político de uma decisão que tem fundo comercial”— João Brant, Secretário de Políticas Digitais da SECOM. A sintonia entre a SECOM e a imprensa oficial é tão afinada que parece que eles terminam as frases um do outro. Fofo.
“Questão de tempo até que o debate sobre nacionalização das redes sociais assuma centralidade no debate público” – Christian Lynch, cientista político. Antigamente, a esquerda sonhava em tomar os meios de produção; hoje ela se contenta em tomar os meios de improdutividade mesmo.
“By by [sic] Elon Musk!”
Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário, tentando dar adeus em inglês ao bilionário dono da Tesla. Teixeira ainda disparou um “vá de retro [sic] Elon Musk” (o correto é “vade retro”), realizando a façanha do analfabetismo fluente em inglês e latim.
“Relator: Min. Alexandre se Moraes. Reqte.(s): Sob Sigilo” – Alexandre de Moraes, em ordem judicial para o X/Twitter. Parece que a criatividade do STF foi embora com o Vaza Toga.
“O dono de uma rede social utilizar sua própria rede para gozar de autoridades da República demonstra o quanto viramos reféns do capital internacional” – tuíte de Marcelo Uchôa, conselheiro da Comissão de Anistia. Se é assim, só a síndrome de Estocolmo para explicar sua permanência no Twitter!
“Alexandre de Moraes é perigoso… Elon Musk é mais, muito mais” – Caio Blinder, jornalista. O dilema de Blinder: autoritarismo é ruim, mas veja bem, a liberdade parece ser ainda pior.
“O dono da rede social se coloca como o grande defensor da liberdade de expressão, e isso casa direitinho com o que aquele grupo que apoia o ex-presidente Jair Bolsonaro e muita gente da extrema-direita sempre dizem [sic]” – Ana Flor, comentarista da GloboNews. Essa extrema-direita e sua obsessão radical pela liberdade de expressão ameaçam abalar nossa confortável "democracinha".
“[Elon Musk] está testando a lei brasileira. Por quê? Para o TSE e o STF, não há um jogo de menininho mimado. O que há é uma tentativa deliberada de criar um ambiente de influência nas eleições brasileiras, já em 2024” – Daniela Lima, jornalista. Será que o que ela tanto olha no celular são as informações quentíssimas sobre os planos de Elon Musk para influenciar as eleições municipais de Piraporinha do Bom Jesus?
“Ações de Musk são armadilhas para o STF. Uma decisão mais dura de Moraes acirraria tensões” – Camila Bomfim, na GloboNews. É como acusar o sujeito que sai de casa com carteira e celular de montar uma armadilha para o ladrão.
“Banimento do X no Brasil tem apoio de 91% dos internautas” – enquete entre leitores do portal Brasil 247. Para a extrema-esquerda, mais do que uma simples ameaça, a liberdade alheia é uma provocação.
“Elon Musk se diz um libertário da liberdade de expressão, por outro lado ele decide deletar a conta de um crítico de Israel. Ele mesmo decidiu deletar. É mais um hipócrita” – Guga Chacra, jornalista, espalhando desinformação sobre a falsa remoção do perfil do comediante egípcio-americano Bassem Youssef do X. Youssef nos assegura que sua conta sempre esteve intacta; infelizmente, o mesmo não podemos dizer sobre a credibilidade de Guga Chacra.
Apenas “cumprindo ordens”
“Esse debate sobre Elon Musk me dá uma preguiça imensa. Juiz dá ordem, a gente obedece. Entra com recurso, se discorda, claro” – Pedro Doria, jornalista. Tal qual se faz nas democracias da Coreia do Norte, Venezuela e Cuba.
“O Brasil pode ter muitos problemas, mas aqui as ordens judiciais também devem ser cumpridas. Quem é atingido por essas ordens tem todo o direito de recorrer da decisão nos fóruns adequados” – editorial do Estadão, defendendo o cumprimento de ordens judiciais, sem consideração quanto à sua legalidade, ou o pleno direito à revisão.
“Plataforma que descumpre ordem deve ser impedida de atuar” – Luís Roberto Barroso, ministro do STF. No Brasil, obedecer às leis pode até ser opcional, mas obedecer às ordens é obrigatório.
Baú da Infelicidade
“Hoje morreu um gênio... da manipulação midiática, do enriquecimento às custas da bajulação de ditadores e da exploração da esperança do povo pobre. Racista, homofóbico, machista, classista. Cruel” – Cynara Menezes, jornalista, em post no dia da morte de Silvio Santos. As Notas da Comunidade do X não perdoaram: “A postagem da autora pode induzir o leitor a erro, uma vez que o atual Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, encontra-se vivo”.
“Funcionário da Globo, Silvio Santos enganou Roberto Marinho ao comprar TV concorrente em sigilo” – tuíte da CNN Brasil, depois apagado. No Brasil é melhor fazer sucesso bem quietinho, para não ofender ninguém.
“Apresentador pirateava programas estrangeiros para baixar custos e era copiado em seu canal” – manchete da Folha de S.Paulo. Quem diria, até parece que Silvio Santos já foi camelô um dia.
“Silvio bajulou presidentes desde a ditadura, mas sobretudo Bolsonaro” – Maurício Stycer, jornalista. Ao contrário dos outros donos de TVs, que são todos puros e castos, nunca se envolvendo com política.
“‘A Pipa do Vovô’ e outras marchinhas de Carnaval mostram personalidade controversa” – manchete da Folha de S.Paulo. Dizem que o homem era tão controverso que até piada fazia. E, no Carnaval, ainda ousava deixava o pudor de lado!
“Quando teve aquele golpe no banco Panamericano, o Silvio Santos me procurou, muito preocupado. Ele estava com medo de ser preso” – Lula. Talvez Silvio só estivesse procurando dicas para driblar as senhoras oportunistas que frequentam as carceragens à caça de um velhinho rico puxando cana.
“Silvio Santos, um office boy de luxo do governo, de qualquer governo” – Ricardo Noblat, jornalista. Será que Noblat teve essa revelação ao trombar com Silvio Santos na fila de algum despachante duvidoso em Brasília?
“Silvio Santos [foi] principalmente um oligarca bilionário da mídia, latifundiário e banqueiro. Sua atuação nos ajuda a entender a raiz do bolsonarismo” – Revista Jacobina, de extrema-esquerda. Então quer dizer que a caravana de Carapicuíba foi a precursora das tias do zap?
“[Silvio Santos] não ajudou a educar seus seguidores. O lema era o dinheiro. Quem quer dinheiro? E tirava do bolso e jogava para o público” – Leonardo Boff. O erro de Silvio Santos foi distribuir dinheiro do próprio bolso. Se fosse dinheiro público, ele seria elevado ao status de grande estadista.
“A ideologia política de Silvio Santos: beija-mão de militares a Bolsonaro” – Revista Veja. E parece que quem vive de beijar a mão na sequência, e já toda babada, estava contando os dias para sua vingança.
“Silvio e Delfim foram empregados da ditadura militar. Enriqueceram porque serviram a ela; e jamais por conta de possuírem dotes intelectuais excepcionais” – Pedro Cardoso, ator. Talvez maiores dotes intelectuais fosse o que faltou para eles alcançarem uma carreira mais ilustre, como a de Pedro.
“Sílvio Santos, um sionista que foi o pai do neofascismo brasileiro” – Revista Fórum. Se isso for verdade, não vão faltar renomados juristas entrando com teste de paternidade de olho na herança.
“Me chamou de gorda, feia e mentirosa” – Preta Gil, sobre desentendimento com Silvio Santos. O que muitos entenderam como ofensa era apenas Silvio Santos se protegendo da acusação de fake news.
Imperialismo do Bem
“Abortos e vasectomias gratuitos estarão disponíveis para os participantes da Conferência do Partido Democrata em Chicago” – informa o NY Post. Para a próxima edição, quem sabe eutanásias gratuitas? E depois disso, bom, talvez não reste ninguém para uma próxima conferência.
“Precisamos de ideias econômicas sérias. Kamala oferece gambiarras” – editorial do Washington Post, jornal progressista americano. Indignado com a falta de reconhecimento ao seu pioneirismo, Haddad teria cancelado sua assinatura do jornal.
“Quando seu adversário te acusa de ‘comunista’, talvez não seja uma boa ideia propor controle de preços?” – Catherine Rampell, jornalista americana, sobre propostas de Kamala Harris. É uma estratégia arriscada, a menos que seu plano inclua uma viagem só de ida ao gulag para os críticos.
“Trump foi um negacionista radical. Ele colocou os EUA na idade média da ciência, renegando o aquecimento global” – André Trigueiro, jornalista. Não se render ao alarmismo climático ou à histeria do Covid foi um favor à ciência, mas daí a comparar com o período em que se criaram as universidades e o próprio método científico, já é um exagero.
“Os republicanos do Maga [sic] levaram as mulheres para retroceder [sic] em 2022” – Joe Biden, durante conferência do Partido Democrata, em Chicago. Traduziram Biden com a mesma clareza do original, só não sei se por mérito ou mediocridade.
“Eu e a Kamala estamos comprometidos em fortalecer a imigração ilegal” – Joe Biden, em mais um sincericídio. As fronteiras escancaradas são as provas desse compromisso.
“Nós nos reunimos neste lugar vazio porque acreditamos no Sonho Americano” – Amanda Gorman, poetisa americana, confundindo as palavras ‘hallowed’ (‘sagrado’) e ‘hollowed’ (‘vazio’) em seu discurso na conferência dos Democratas. Talvez quem esteja se reunindo em um lugar vazio sejam os dois neurônios na cabeça dela.
“Já fui alvo de racismo, sexismo e desigualdade de renda” – Oprah Winfrey, bilionária americana. Com um patrimônio de US$2,7 bilhões, Oprah comprova a opressão também pode ser um negócio bastante lucrativo.
“Temo pela segurança da minha família se Trump for reeleito” – Sadiq Khan, prefeito de Londres. Será que o receio é o de não poderem mais fugir para os EUA, e escapar do decadente Londristão?
Obama, meu amor
“É como a estreia do Lionel Messi num jogo. Ele simplesmente é um exímio orador” – Guga Chacra, sobre Barack Obama na GloboNews. Me diz que é o Maradona e me chama de seu Caniggia!
“Eu costumo dizer que o Obama tem a estampa do Denzel Washington, a voz do Morgan Freeman e a retórica do Martin Luther King. Na mesma pessoa, isso tem um poder de entusiasmar plateias incrível” – Arthur Dapieve, crítico musical e analista político. Sorte a nossa que ele parou de descrever os atributos do Obama antes que as coisas ficassem impróprias para menores.
“Michelle Obama dá fórmula para democratas derrotarem antipolítica lá e aqui” – José Roberto de Toledo, colunista do UOL. Precisamos derrotar a antipolítica. Que Deus nos livre de um mundo sem política!
Cantinho do Pretório Excelso
“A gente decide do parafuso ao foguete” – Dias Toffoli, ministro do STF. É a perfeita definição de uma república das bananas.
“Naquele dia, o TSE, na figura do Alexandre de Moraes, salvou a democracia brasileira” – Joel Pinheiro, comentarista da GloboNews, sobre operações da PRF no segundo turno das eleições em 2022. Moraes salvou a democracia de si própria; alguém precisa fazer o mesmo pelo Joel.
“Um grande democrata” – Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça, sobre Alexandre de Moraes. Testemunhas, as quais não pudemos comprovar a existência, afirmam que na sequência o ministro virou-se para Lula e exclamou: “um homem inocente!”
“Tive a alegria de receber a Comenda da Ordem do Mérito Anhanguera no Palácio das Esmeraldas [em Goiás]” – Gilmar Mendes, ministro do STF. Considerando que ‘Anhanguera’ quer dizer ‘diabo velho’ em Tupi Guarani, a homenagem não poderia ter sido mais apropriada.
“Pelo visto os colegas efetivos hoje do Supremo e do TSE perderam a cidadania" -- Marco Aurélio Mello, ex-ministro do STF. Isso nem é um problema; eles viajam tanto que parece que nem precisam mais da cidadania brasileira.
“Estamos sempre desagradando setores poderosos da vida nacional” – Luís Roberto Barroso, ministro do STF. Imagino que ele esteja se referindo ao povo, de quem todo poder (teoricamente) emana.
“Alexandre de Moraes desempenhou de forma legítima e com a seriedade que lhe é peculiar. Suas atitudes comprovaram-se valorosas na manutenção do Estado de Direito no Brasil” – Nelson Jobim, ex-ministro do STF, mudando de opinião sobre Moraes. Elogio sincero ou foi produto da visita surpresa de algum jagunço? Jobim, se for o segundo, pisque duas vezes e mandaremos ajuda!
“O Supremo não participa de negociação política propriamente dita” – Luís Roberto Barroso, sobre as emendas impositivas. Folgo em saber, agora sei que todos aqueles encontros com congressistas serviram apenas para comentar a rodada do Campeonato Brasileiro. E o nosso Coringão, hein?
“Medidas assim só existem em regimes totalitários. O fato de Arthur Lira usar uma PEC desse nível para pressionar o STF é vergonhoso” – Natuza Nery, sobre a PEC que limita decisões monocráticas do STF. Como ousam limitar os poderes de nossa nobre monarquia togada? Que absurdo antidemocrático!
Cantinho da Vaza Toga
“Dá vontade de mandar uns jagunços pegarem esse cara na marra e colocar num avião brasileiro” – Marco Antônio Vargas, juiz do gabinete da presidência do TSE, sobre extradição do jornalista Allan dos Santos. Lampião e seu bando de jagunços nasceram na época errada. Hoje em dia poderiam almejar um carguinho no STF.
“A bruxa não tem esse bom senso, é totalmente partidária sem pensar nas consequências” – Eduardo Tagliaferro, de Alexandre de Moraes. Será que ‘bruxa’ se refere Àquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado dos livros do Harry Potter?
“Eu me sinto privilegiado de ter iniciado o processo junto com Alexandre de Moraes, que me chamou para a força tarefa do STF. Por causa meu depoimento, a casa caiu para o gabinete do ódio” – Alexandre Frota, ex-ator pornô. O Frota tinha mais dignidade quando dava expediente na Boca do Lixo por uns trocados.
“‘Marcha para Exu’ reúne multidão na Avenida Paulista” – manchete do portal Metrópoles. E ainda dizem que o Alexandre de Moraes não tem apoio popular!
“O que está por trás da denúncia contra Alexandre de Moraes. Setores da sociedade e da mídia tentam se alinhar à nova face do bolsonarismo” – José Dirceu, ex-presidiário, em coluna na Folha de S.Paulo. Agora só falta a Folha pedir a opinião do Fernandinho Beira-Mar sobre o assunto.
“Sobre o pedido de impeachment [de Moraes], meu advogado me proibiu de assinar por conta dos 8 processos criminais que ele abriu contra mim” – Carla Zambelli, deputada federal (PL-SP). Por conselho do advogado ou do psiquiatra?
“O trabalho de um jornalista não é ajudar o PT, ou servir um juiz, ou promover sua ideologia política” – Glenn Greenwald, jornalista, respondendo sobre suas motivações a militantes de esquerda. Se o Brasil fosse tão democrático quanto dizem, Glenn já teria sido mandado para um campo de reeducação da imprensa.
“Não se verifica que há indícios mínimos de conduta caracterizadora da prática de infração funcional por membro do Poder Judiciário” – Luiz Felipe Salomão, juiz do CNJ, ao arquivar processo do NOVO contra auxiliares de Moraes na Vaza Toga. Missão dada é missão cumprida.
“A pedido de Moraes, a PF abriu um inquérito para apurar o vazamento das mensagens publicadas pela Folha. O caso tramita no STF, sob relatoria do próprio ministro Alexandre de Moraes” – notícia do portal Poder 360. Ele é a vítima, ele denuncia, ele acusa, ele investiga, ele julga... só falta ele acabar descobrindo que também era o réu esse tempo todo!
“Tudo que Moraes fez é nulo e vai garantir a impunidade” – Ciro Gomes, sobre as revelações da Vaza Toga. Espera, o Ciro agora é contra a impunidade no STF? Acho que até ele tem dificuldades em saber o que está defendendo a cada momento.
Bestiário Eleitoral Gratuito
“SP não é montanha e a gente não pode levar SP para a montanha para deixá-la morrer” – Tarcísio Gomes de Freitas, governador de SP (Republicanos), fazendo referência à expedição fracassada de Pablo Marçal ao Pico dos Marins. Pois é, o ditado "a montanha pariu um rato" nunca fez tanto sentido quanto agora.
“[Nossa proposta] é acabar com a polícia. O partido tem uma proposta bem diferente que são as milícias populares. Você organizaria como um guarda de bairro, por região do RJ, onde a própria população faria a sua segurança” – Henrique Simonard (PCO), pré-candidato à prefeitura do RJ. Se não pode vencer as milícias, por que não formar uma?
“Ela [Tabata Amaral] é a que mais estuda aqui. Ela estuda demais. Não tem um marido, não tem filho, não tem um problema, daí dá pra estudar” – Pablo Marçal, pré-candidato à prefeitura de SP (PRTB), durante debate. E quem teria impedido Marçal de estudar?
“Eu falei para vocês que os nossos iam tomar decisões contrárias às nossas, muitas das vezes” – Mano Brown, cantor, criticando apoio de funkeiros a Pablo Marçal, pré-candidato à prefeitura de SP (PRTB). Bons tempos em que o único problema do funk era a música ruim.
“Fenômeno Pablo Marçal é novo sintoma de degradação da política” – editorial do Jornal O Globo. Curioso, né, logo depois de normalizarmos políticos condenados por corrupção e lavagem de dinheiro como arautos da virtude.
“Estou pedindo ajuda financeira para impulsionar a internet na minha campanha. Os políticos ladrões ridicularizam, dizem que estou pedindo esmola” – Roberto Requião, ex-senador e ex-governador do PR, pré-candidato à prefeitura de Curitiba (PMN). Tá ruim pra todo mundo, Requião, mas não vá comer mamona, hein...
“Identifico na Tabata [Amaral] propósito, inteligência, competência, disposição, seriedade e qualidade de equipe. Nesta eleição, ela certamente teria o meu voto” – João Amoêdo, ex-candidato à presidência. Estima-se que o apoio de Amoêdo possa render à Tabata até um voto. Assumindo que ele transfira seu título de eleitor para SP.
“TRE muda sentença e conclui que Boulos não fez propaganda antecipada” – manchete da revista Carta Capital. Já que o Boulos antecipou a propaganda, o TRE decidiu que seria justo antecipar também a descondenação.
“Para cima, capitão. Como você disse: eles vão sentir saudades de nós” – Pablo Marçal, tentando se aproximar de Jair Bolsonaro no Instagram. Oi, sumido, lembra de mim?
“Nós? Um abraço” – Jair Bolsonaro, em resposta. É, Marçal, o Bolsonaro pode até te achar “um fofo”, mas parece que não vai te tirar da friendzone.
“Se não existe ‘nós’, devolva meus R$100 mil” – Pablo Marçal, revelando doação à campanha de Bolsonaro e intenção de receber algo em troca. Parece que para recuperar esse dinheiro, vai ter que provar que a união nunca foi lá muito estável. O que não deve ser difícil.
A Semana do Presidente
“O governador deveria me agradecer. Eu às vezes fico incomodado porque o governador nunca está contente” – Lula, sobre o governador do RS, Eduardo Leite (PSDB). Ele deve estar aguardando na fila, logo atrás da Petrobras, que ainda não se desculpou por ter roubado o Lula.
“O problema do Brasil são os ricos” – Lula. Com certeza, especialmente aqueles que enriqueceram às custas de certos esquemas.
Cantinho da Brazuela
“Maria Corina Machado tem um pacto satânico com Elon Musk e a igreja satânica de Detroit” – Nicolás Maduro, ditador venezuelano. Resta a certeza de que, pelo menos, a diplomacia brasileira possui a envergadura intelectual necessária para lidar com Maduro.
“Se o Brasil quiser dizer que a eleição teve problemas, rompe relação no dia seguinte. Nós é que estamos nessa situação, de ter que pisar em ovos o tempo inteiro, torcendo para não incomodar o ditador” – Joel Pinheiro. Peraí, você está falando do Maduro ou do Alexandre de Moraes?
“Os supremos tribunais garantiram o funcionamento da democracia. E se é assim por lá [Brasil], que também seja por aqui [Venezuela]” – Nicolás Maduro, ditador venezuelano. Sempre suspeitei que nossa distopia era um gênero literário tipo exportação.
“Nas últimas eleições realizadas no Brasil, foram apresentadas denúncias relativas a uma suposta fraude eleitoral que ensejaram a intervenção do TSE, que tomou medidas para recuperar a tranquilidade social” – Caryslia Rodriguez, presidente do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, ao ratificar ‘vitória’ de Nicolás Maduro. O TSE agora serve de jurisprudência para justificar a fraude eleitoral na Venezuela. E ainda há quem diga que salvamos a democracia a troco de nada.
“[Hugo] Chávez, que eu conheci, tinha espírito público, era patriota, honesto. E que de fato experimentou uma democracia de alta energia na Venezuela” – Ciro Gomes, ex-candidato à presidência (PDT-CE). Ninguém estava falando em Chávez, mas parece que o Ciro sentiu uma vontade irresistível de atirar no próprio pé.
“Há indícios fortes de fraude [nas eleições venezuelanas]” – Guilherme Boulos, pré-candidato à prefeitura de SP (PSOL). Eu já diria que há fracos indícios de eleições na fraude venezuelana.
“Análise: Falsificação das atas eleitorais da Venezuela é quase impossível” – notícia da CNN Brasil. Isso deve ser graças ao seu sofisticado sistema antifraude, em que os votos são registrados em papelzinhos e guardados em caixas lacradas, para contagem posterior.
“Não me parece correto basear o reconhecimento de um presidente em atas que estão nas mãos da oposição, não do Conselho Nacional Eleitoral. Embora saibamos que são cópias” – Celso Amorim, pseudochanceler brasileiro, sobre os resultados das eleições venezuelanas. Quando for fazer a manutenção das suas fraudes, prefira sempre as peças originais.
Memória
“Parabenizo a Folha de S. Paulo pelos seus 100 anos em defesa da democracia e do Estado de Direito, sempre de maneira imparcial, transparente e respeitosa” – Alexandre de Moraes, em 19 de fevereiro de 2021. A imprensa livre tem esse problema, não se pode elogiar!
“Na [primavera árabe] os estados ditatoriais controlavam a imprensa, proibiam a liberdade de expressão. As redes sociais foram o mecanismo de voz da população, de organização de reuniões, de propagação de ideias democráticas” – Alexandre de Moraes, durante evento na USP em maio de 2022. Parece que ele aprendeu a lição da Primavera Árabe, só que pelos motivos errados.
“Renovei minha confiança na democracia” – Pablo Marçal, em 17 de agosto de 2022, durante posse de Alexandre de Moraes como presidente do TSE. E temos mais um convertido à ‘democracinha’.
Ari Fusevick é brasileiro não-praticante, escreve sobre filosofia, economia e política, na margem entre o inconcebível e o indesejável. Colabora com a Gazeta do Povo, Newsmax e New York Post. Autor da newsletter "Livre Arbítrio" e do livro "Primavera Brasileira".
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