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Neymar no chão depois de ter sido atingido no rosto durante a partida das eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia 2018 contra a Bolívia, em Natal, Brasil, em 6 de outubro de 2016.
Neymar no chão depois de ter sido atingido no rosto durante a partida das eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia 2018 contra a Bolívia, em Natal, Brasil, em 6 de outubro de 2016.| Foto: Vanderlei ALMEIDA/AFP

O atacante Neymar, do Paris Saint-Germain, ficou nervoso com um torcedor e o acertou com um soco no rosto. Depois de perder o título da Copa da França para o Rennes, os jogadores do PSG precisaram passar pelo meio da arquibancada para ir receber as medalhas. No caminho, havia o torcedor, um fanfarrão que estava provocando todos os atletas do time parisiense. Chamou o goleiro italiano Buffon de bufão e disse que Neymar “não sabia jogar bola”.

Por que estamos falando de Neymar no podcast Ideias? Por causa das consequências. No mundo em que vive, ele não sofrerá nenhum revés pelo que fez. Na CBF, a ideia de vetar Neymar pelo ato em Paris foi visto como uma piada. A Federação Francesa de Futebol o suspendeu por três jogos — sendo que o PSG já é campeão e tem apenas mais cinco jogos nesta temporada.

Nesta sociedade onde um jogador de 27 anos, longe de ser um garoto, continua a ser tratado como um, Neymar está longe de ser uma exceção. Ele é parte de um fenômeno que atinge toda a sociedade: a infantilização.

Um artigo no respeitado periódico médico inglês The Lancet defende que a adolescência vá até os 24 anos de idade, idade em que a maioria dos nossos pais já trabalhava e havia constituído família. Existe até um termo para a geração atual: geração canguru, pessoas entre 25 anos e 34 que ainda continuam morando com os pais.

Cientificamente, até faz sentido em falar de adolescência tardia, já que a maioria dos estudos mostra que o cérebro humano continua se desenvolvendo e se moldando até bem depois dos 20 anos.

Mas o que significa essa mudança de comportamento? Quais os efeitos nas diversas áreas da sociedade? Os colunistas da Gazeta do Povo Rodrigo Constantino, Guilherme Fiuza e Gustavo Nogy comentam o assunto.

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