“Nhaí, amapô! Não faça a loka e pague meu acué, deixe de equê se não eu puxo teu picumã!” Entendeu as palavras dessa frase? Esta foi a pergunta feita na prova do Enem realizada no domingo passado. Provavelmente ninguém entendeu, a não ser os iniciados na língua pajubá, um dialeto secreto falado por gays, travestis e drags.
“Amapô” é mulher, “acuê” é dinheiro, “equê” é truque e “picumã” é cabelo. Deu para entender melhor?
A pergunta servia de enunciado para a seguinte questão:
Da perspectiva do usuário, o pajubá ganha status de dialeto, caracterizando-se como elemento de patrimônio linguístico, especialmente por:
- A: ter mais de mil palavras conhecidas.
- B: ter palavras diferentes de uma linguagem secreta.
- C: ser consolidado por objetos formais de registro.
- D: ser utilizado por advogados em situações formais.
- E: ser comum em conversas no ambiente de trabalho.
A resposta correta é a C: “ser consolidado por objetos formais de registro”
Uma questão bastante fácil, mesmo para quem não perdeu um segundo estudando para o Enem.
Então, qual é a relevância desse enunciado em um exame nacional realizado pelo ministério da Educação? Os colunistas da Gazeta do Povo Rodrigo Constantino, Guilherme Fiuza e Gustavo Nogy, e o professor Dennys Xavier, da Universidade Federal de Uberlândia, comentam o assunto.
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