A iniciativa privada já está resolvendo o problema das mudanças climáticas
- FEE - Foundation for Economic Education
- [21/10/2019] [07:00]

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Vamos supor por um instante que as emissões de carbono provocadas pelo homem são a principal causa das mudanças climáticas e que um clima em transformação é algo novo e ruim. Se os empreendedores privados, em busca de lucro, desenvolverem novas tecnologias capazes de tirar o dióxido de carbono do ar, os alarmistas as aceitarão?
O alarmismo quanto às mudanças climáticas
Gostaria de pensar que sim, mas tenho minhas dúvidas. Para muitos alarmistas, a causa se transformou numa seita. Eles leem aquilo com o que concordam e ignoram tudo o que não se encaixa em suas opiniões. Eles parecem perder muito tempo atacando quem lhes faz perguntas constrangedoras. Você também se surpreende com a forma como eles costumam tentar calar os dissidentes, como se fossem inquisidores do século XVIII?
Uma ex-bartender e hoje deputada socialista por Nova York diz que o mundo acabará daqui a 12 anos se não proibirmos combustíveis fósseis e se não gastarmos trilhões em projetos governamentais. Uma irritada adolescente sueca nos fala, nas Nações Unidas, do perigo de uma “extinção em massa”. Um dos meus vizinhos está convencido de que elas têm razão. “Eu leio ciência!”, insistiu ele comigo durante uma conversa casual. Citei o nome de duas autoridades muito importantes, respeitadas e com credenciais que discordam.
“E quanto à opinião desses dois cientistas?”, perguntei.
“Nunca ouvi falar deles”.
Que pena. Se você tivesse a mente mais aberta – se tivesse confiança no que as pessoas livres são capazes de fazer e aprendesse a desconfiar do governo – talvez notasse que algumas coisas incríveis já estão sendo feitas. Talvez estejamos recorrendo às pessoas erradas em busca das respostas certas.
O Washington Examiner publicou um artigo no dia 25 de setembro intitulado “Esqueça o New Deal Verde: a Iniciativa Privada Resolveu o Problema das Mudanças Climáticas”. Ele começa com essa frase instigante:
E se as mudanças climáticas pudessem ser solucionadas sem destruir a indústria de combustíveis fósseis e sem tirar o emprego dos mineradores de carvão e dos exploradores de gás natural?
Você pode ler o artigo aqui (em inglês).
Meu primeiro pensamento foi: “Ah, meu Deus, se isso for verdade, vai acabar com a Seita! A fonte de dinheiro do governo que alimenta um dos lados do debate climático vai secar. Muitos políticos demagogos terão de procurar um trabalho honesto. O céu com certeza vai desabar!
A iniciativa privada está mesmo resolvendo um grande problema nos Estados Unidos? Como é possível? Não é governo que resolve tudo, como em Cuba, na Coreia do Norte e na Venezuela? Não é isso o que o DETRAN faz?
Avanços tecnológicos promissores
O artigo fala de alguns avanços promissores. Um deles envolve uma empresa que hoje em dia está testando uma usina elétrica à base de gás natural no Texas que em vez de emitir dióxido de carbono o usa para mover turbinas. Ela também “sequestra o dióxido de carbono em excesso para vendê-lo depois a clientes que podem usá-lo em vários produtos”. Em pouco tempo essas usinas devem estar disponíveis no mercado.
Outra empresa, revela o autor da reportagem, Mark Whittington, está trabalhando em sua própria versão de “tecnologia de captura de carbono”. Na Rice University, em Houston, os pesquisadores criaram um processo que “transforma dióxido de carbono em combustível líquido que pode ser armazenado e usado em células de combustível”. E, na Finlândia, uma empresa criou um processo inovador que extrai o dióxido de carbono e o usa para a produção de alimentos.
Conclui Whittington:
Os candidatos democratas à Presidência estão ignorando soluções do mundo real para o problema das mudanças climáticas, preferindo planos fantasiosos e inúteis sem a menor possibilidade de darem certo ou de serem postos em prática.
Por que é que eles fariam isso? Talvez porque se a iniciativa privada resolver o problema esses candidatos não serão capazes de usar o medo para convencê-lo a lhes dar mais poder e dinheiro.
Tudo isso me lembra de uma famosa, mas hoje esquecida, competição de 120 anos atrás, quando os seres humanos lutavam para fazer o homem voar. Alimentada por subsídios governamentais, as caras geringonças voadoras de Samuel Langley caíam sempre no rio Potomac. Enquanto isso, com seu próprio dinheiro, dois mecânicos de bicicleta chamados Wright resolveram o problema.
Os empreendedores são a solução
Isso, por sua vez, me lembra de outro problema aparentemente insolúvel de 160 anos atrás: como transportar pessoas e bens pelo oeste dos Estados Unidos de trem. Algumas pessoas, inclusive Abraham Lincoln, achavam que fazer isso seria impossível sem o governo. Assim, o governo federal deu muito dinheiro do contribuinte para três ferrovias transnacionais. Todas faliram depois de não conseguirem renovar os subsídios. Enquanto isso, o empreendedor James J. Hill construiu sua própria ferrovia transcontinental. Ela fez dinheiro, nunca faliu e nunca pegou um só cheque de Washington.
No filme Os Caça-fantasmas, de 1984, quatro malandros que se diziam parapsicólogos são finalmente expulsos de seus confortáveis empregos em universidades. Lamentando a situação, um deles sugere aos demais abrir uma empresa. O dr. Raymond Stantz (Dan Aykroyd) expressa suas reservas dessa forma: “Pessoalmente, eu gostava da universidade. Eles nos dão dinheiro e laboratórios. Não temos que produzir nada. É como se você jamais tivesse saído da universidade. Você não tem ideia de como são as coisas lá fora. Eu trabalhei para a iniciativa privada. Eles querem resultados!”
Você, se quiser, pode recorrer a políticos, burocratas e subsídios a fim de encontrar soluções para os grandes problemas. Eu não. Prefiro investir nos empreendedores.
Lawrence W. Reed é presidente emérito da Foundation for Economic Education.
© 2019 FEE. Publicado com permissão. Original em inglês
Comentários [ 16 ]
William Bones
± 0 minutos
Se o aquecimento global realmente está acontecendo, e vai-se elevar os nívels dos mares, então já deveriam é estar evacuando as cidades costeiras, os seus milhões e milhões de habitantes. Se está acontecendo, não adianta parar de poluir, porque mesmo poluindo pouco ou muito vai acontecer. Não faz sentido essa gritaria de apocalipse sendo que nada é feito para salvar-se disso. Minimizar os efeitos não resolve nada.
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David de Carvalho
± 6 horas
Deve estar certo esse direitista liberal americano. Devem estar errados os governos esquerdistas e retrógrados da Inglaterra, França, Alemanha...
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Luiz Henrique Ayres
± 11 horas
Enquanto isso em terras tupiniquins, a ANEEL se prepara para revisar a RN 482, que fala sobre instalações fotovoltaicas, e a mando das concessionárias de energia querem reduzir à fórceps o percentual de abatimento de quem produz energia limpa. Em português claro, querem taxar o Sol, punir quem investiu no setor e acabar com toda uma economia e milhares de empregos. Mais um 7x1....
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MAURO FERNANDO ROMAN
± 21 horas
O texto é muito interessante. O autor tem toda razão quando fala sobre a capacidade da inciativa privada em resolver problemas ser muito maior do a governamental. E de que o alarmismo ambiental é pretexto para se conseguir dinheiro público. O único problema é que parte da premissa equivocada de que a ação humana seria capaz de mudar o clima do planeta, quando não há consenso científico sobre isso.
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Rômulo Viel
± 23 horas
Interessante...
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João Sousa
± 1 dias
Logo logo, um governo (normalmente de esquerda) vem e estatiza tudo e vira uma grande porcaria...
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MF
± 1 dias
Parabéns, Gazeta, por nos proporcionar pensar fora da caixa. Apesar da matéria não falar no incrível Santos Dumont, não podemos desqualificá-la ou simplesmente ignorar as importantes informações postas.
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Neto
± 1 dias
Money makes the world go round.
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Cristian carla a. Volski cassi
± 1 dias
Gostei!
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Luiz B
± 1 dias
Que baboseira!!
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Vitor Chvidchenko
± 24 horas
Não gostou do que leu mas não tem argumentos para contrapor os fatos e dados apresentados na matéria? Ficou irritado de te provarem (mais uma vez) que a iniciativa privada é mais eficiente e que é sempre dela que partem as inovações e as soluções?
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Neto
± 1 dias
A foto mostra painéis wolares, negócio em franca expansão no mundo mas que no Brasil será sepultado: a geração distribuída fotovoltaica remota, ou simplesmente GD remota. São pequenas fazendas de energia solar, com cerca de 10 hectares e potência instalada de 5 MW, suficiente para atender por exemplo 1000 grandes residências. Esse empreendedores vendem cotas dessas usinas a residências, comércios e pequenas indústrias onde não compensa ou não é viável instalar energia solar. Mas a nova regulação cobrará tanto pelo uso da rede entre a usina e seus clientes que o negócio ficará inviável.
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Neto
± 1 dias
Muito interessante mas, com tristeza, constatamos que os americanos não citam nunca a contribuição de Santos Dumont, talvez a desconheçam ou talvez de propósito.
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Isabelle Marques
± 1 dias
Logo que li sobre os aviões e os irmãos Wright, percebei que se tratava de um texto inglês em original, eles se recusam a aceitar o nosso 14 BIS.
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Alessandra Q Meyer
± 1 dias
Gostei
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LUIZ SERGIO GUERRA CORREA
± 1 dias
Engraçado. Se é para xingar o.Bolsonaro ou matar o Lula tem opinião que não acaba mais... Bem estruturada a matéria e opinião.. realmente trata-se de uma ação de anos dos países ricos para invadir com suas ONGs, países como o Brasil . Vejamos a quantidade de gringos em nossas matas? Co2 e benéfico para o planeta e não o contrário. Parabéns gazeta.
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