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Em abril, a taxa de desemprego dos americanos com diploma de ensino médio caiu para as taxas mais baixas desde antes da Grande Recessão
Em abril, a taxa de desemprego dos americanos com diploma de ensino médio caiu para as taxas mais baixas desde antes da Grande Recessão| Foto: Pixabay

É difícil escapar das boas notícias econômicas nos dias de hoje.

Novos relatórios mostram que, no primeiro trimestre de 2019, a economia americana cresceu 3,2%, superando as expectativas em quase um ponto percentual. No mês de abril, o desemprego caiu para 3,6% — o menor em 50 anos. As empresas continuam a criar centenas de milhares de empregos mês após mês.

As boas notícias econômicas são sustentadas, em grande parte, graças aos cortes de impostos do ano passado e ao trabalho do presidente Donald Trump para cortar regulamentações desnecessárias que tornavam muito caro contratar novos funcionários ou fazer os negócios crescerem.

Existe um ditado popular que diz: "uma maré alta eleva todos os barcos". Isso é correto, mas não faz jus ao que uma economia forte e crescente faz pelos mais pobres. Na verdade, são os pobres, aqueles que têm sido historicamente marginalizados, pessoas com deficiências e trabalhadores menos qualificados que se beneficiam mais das crescentes marés econômicas.

Vamos ver os detalhes.

Em abril, a taxa de desemprego dos americanos com diploma de ensino médio caiu para as taxas mais baixas desde antes da Grande Recessão, de 1929. O desemprego dos trabalhadores com deficiência caiu de 8% para 6,3% nos últimos 12 meses, o nível mais baixo desde o início da medição, em 2008.

O desemprego hispânico é o mais baixo desde 1973 (também quando a medição deste índice começou). O desemprego entre os negros permanece próximo dos mínimos históricos, subindo ligeiramente desde o final de 2018.

Quando a economia está forte e as taxas de desemprego são consistentemente baixas, duas coisas acontecem. Em primeiro lugar, as vagas de emprego abertas atraem pessoas que estavam tão desanimadas que haviam parado de procurar emprego. Isso é o que estamos vendo. O repórter do New York Times Ben Casselman observou que mais de 70% das pessoas contratadas no mês passado "não estavam procurando trabalho, mas conseguiram empregos mesmo assim".

Em segundo lugar, os empregadores aumentam os salários para manter bons profissionais e atrair novos trabalhadores para preencher as vagas. E isso também está acontecendo. Até recentemente, o crescimento dos salários estava aquém das expectativas. Não mais.

Após os cortes de impostos de 2017, a taxa de crescimento dos ganhos médios por hora começou a subir e, no ano passado, o salário médio por hora aumentou 3,2%. Isso é um aumento de cerca de US$ 1.400 em um salário líquido de um ano. Antes de 2018, o crescimento salarial não havia chegado a 3% desde 2009.

Os ganhos salariais recentes foram maiores para aqueles que mais precisam. Nos últimos seis meses, o crescimento dos salários dos trabalhadores de produção e de não-supervisão superou a média de toda a economia.

No ano passado, o crescimento salarial foi de 6,6% para 10% dos trabalhadores com as rendas mais baixas, de acordo com o Relatório Anual do Conselho de Consultores Econômicos. Isso é o dobro da taxa de crescimento de 3,3% dos trabalhadores que estão no topo dos salários.

Como os trabalhadores mais pobres continuam a se beneficiar mais da economia forte, existe a tendência da desigualdade salarial cair. Por um ângulo, nós já "vimos alguma redução da desigualdade, como a relação entre os salários mais altos e os mais baixos", como relatado pelo economista Jason Furman, do governo Obama.

O povo americano parece estar absorvendo bem todas as boas novas. A satisfação no trabalho e a confiança do consumidor estão altas. Os trabalhadores têm a maior satisfação no trabalho desde 2005, e a satisfação melhorou mais rapidamente para as famílias de baixa renda de acordo com os dados mais recentes.

Graças à economia forte, os americanos que não estão felizes com seu trabalho atual estão deixando voluntariamente seus empregos para ir atrás de melhores oportunidades — no maior índice desde 2000, quando a medição começou.

Além disso, a confiança do consumidor permanece alta após atingir seu maior ponto em 18 anos no ano passado. Os aposentados também estão mais confiantes sobre a segurança de suas aposentadorias e na capacidade de viver confortavelmente com suas economias, os maiores números de confiança na aposentadoria desde o início dos anos 90.

Por enquanto, os trabalhadores americanos estão aproveitando os benefícios das políticas pró-crescimento. Mas ainda há mais o que o governo federal pode fazer para garantir que essa expansão econômica continue. O exemplo mais urgente é a falta de vontade do Congresso em cortar os gastos federais, o que levou a dívida pública a níveis perigosos que já estão arrastando a economia para patamares abaixo de onde deveria estar.

Se os gastos não forem controlados, os déficits crescentes podem levar a impostos mais altos para as gerações atuais e futuras.

Neste momento, os poderes da boa política estão impulsionando a economia e os trabalhadores dos EUA. Se os representantes em Washington conseguirem manter os impostos baixos e controlar os gastos federais, o futuro pode ser ainda mais brilhante.

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