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Uma tela exibe retratos de Frances H Arnold, George P Smith e Gregory P Winter durante o anúncio dos vencedores do Prêmio Nobel de Química de 2018, na Academia Real de Ciências da Suécia | JONAS EKSTROMER/AFP
Uma tela exibe retratos de Frances H Arnold, George P Smith e Gregory P Winter durante o anúncio dos vencedores do Prêmio Nobel de Química de 2018, na Academia Real de Ciências da Suécia| Foto: JONAS EKSTROMER/AFP

O Prêmio Nobel de Química 2018, anunciado nesta quarta-feira (3), foi para três pesquisadores que utilizaram princípios básicos da evolução biológica por seleção natural, consagrados por Charles Darwin no século 19, para desenvolver novas moléculas e produtos in vitro em laboratório, que podem ser usados na promoção de uma indústria química mais verde, mitigando doenças e salvando vidas. Os laureados são a americana Frances Arnold, o americano George Smith e o britânico Gregory Winter.

Frances, de 62 anos, pesquisadora do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), foi pioneira no desenvolvimento da "evolução dirigida de enzimas", processo que permite produzir novas moléculas com propriedades de interesse tecnológico específico, usadas atualmente em uma enorme variedade de produtos e processos, de detergentes de cozinha a drogas inteligentes, e na produção de biocombustíveis.

Smith e Winter, de 77 e 67 anos, respectivamente, também utilizaram princípios evolutivos para desenvolver uma técnica conhecida pelo nome em inglês "phage display", que utiliza bacteriófagos (vírus que infectam bactérias) para induzir a geração de novas proteínas, com características específicas, para serem usadas em uma série de aplicações. As proteínas são geradas dentro das bactérias em cultura (in vitro), e depois purificadas.

Smith, professor da Universidade do Missouri, nos Estados Unidos, inventou o método em 1985; e Winter, atualmente no Laboratório de Biologia Molecular MRC, em Cambridge, na Inglaterra, utilizou a técnica nos anos seguintes para direcionar a evolução de anticorpos de interesse farmacêutico, utilizados desde então no desenvolvimento de novas drogas contra uma série de doenças.

Frances ficará com metade do prêmio, de aproximadamente US$ 1 milhão. A outra metade será dividida entre Smith e Winter.

Nesta semana, já foram anunciados os ganhadores do Nobel de Medicina, pela imunoterapia contra câncer, e de Física, por pesquisas no campo da tecnologia a laser.

O Nobel da Paz, dado por um comitê escolhido pelo Parlamento Norueguês será anunciado na sexta (5); o Prêmio de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel, apelidado como Nobel de Economia, será anunciado na próxima segunda-feira (8). Quanto ao prêmio de literatura de 2018, a Academia Sueca pretende anunciar o ganhador somente em 2019, devido ao envolvimento da instituição em um escândalo de assédio sexual.

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