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Mais de 700 pessoas foram mortas a tiros pela polícia nos Estados Unidos este ano | Pixabay
Mais de 700 pessoas foram mortas a tiros pela polícia nos Estados Unidos este ano| Foto: Pixabay

Vamos apresentar alguns números para podermos colocar em perspectiva os jogadores da NFL que andam se ajoelhando enquanto é tocado o hino nacional

Muitos dizem que estão protestando contra o tratamento que a polícia dá aos negros e contra a discriminação racial. Vale perguntar até que ponto esse protesto faz sentido. 

De acordo com o “Washington Post”, 737 pessoas foram mortas a tiros pela polícia nos Estados Unidos este ano. Desse total, 329 eram brancos, 165 negros, 112 hispânicos, 24 eram membros de outras raças e 107 pessoas eram de raça desconhecida. 

No Illinois, o Estado onde fica uma das cidades mais perigosas do país, Chicago, 18 pessoas foram mortas a tiros pela polícia este ano. Na própria cidade de Chicago, a polícia matou dez pessoas a tiros e feriu outras dez. 

Alguém deveria perguntar aos jogadores negros da NFL que andam se ajoelhando por que estão protestando contra esse tipo de homicídio em Chicago e fazendo vista grossa para outras causas de morte de negros. 

Veja as cifras relativas às mortes ignoradas ocorridas em Chicago

Até agora em 2017 houve 533 homicídios e 2.880 incidentes envolvendo disparos. Em média uma pessoa é baleada em Chicago a cada duas horas e 17 minutos, e uma é assassinada a cada 12 horas e meia. Em 2016, quando o jogador Colin Kaepernick começou a se ajoelhar, Chicago teve 806 homicídios e 4.379 incidentes envolvendo tiros. 

A maioria das vítimas de homicídio é formada por negros. A tragédia se agrava pelo fato de que Chicago tem um índice de elucidação de homicídios de 12,7%. Ou seja, quando um negro é assassinado, o assassino é identificado e indiciado pelo crime em menos de 13% das vezes. 

Muitos de nossos centros urbanos predominantemente negros, como Filadélfia, Baltimore, Nova Orleans, St. Louis e Oakland apresentam estatísticas semelhantes de policiais que matam negros versus negros que matam negros. 

Muitos americanos, incluindo eu mesmo, consideramos os protestos dos jogadores negros da NFL contra a brutalidade policial como mero exibicionismo inútil. Considerando que esses jogadores não promoveram nenhum protesto aberto contra o fato de milhares de negros serem assassinados e mutilados por negros, eles devem achar isso trivial em comparação com as mortes cometidas pela polícia. 

A maioria das mortes cometidas pela polícia se enquadra na categoria de homicídios justificados. 

Os jogadores da NFL não são os únicos a se comportarem assim. Até que ponto os políticos negros, líderes negros dos direitos civis e brancos liberais condenam os homicídios gratuitos cometidos por negros em nossas cidades? Quando é que você já os ouviu condenarem o índice muito baixo de esclarecimento desses crimes, que permite que a maioria dos assassinos negros escape impune? 

Você acredita que eles guardariam silêncio igual se fosse o Ku Klux Klan cometendo esses homicídios? 

A que se deve toda essa anarquia? Se você perguntar a um intelectual, um esquerdista ou um acadêmico de um departamento universitário de sociologia ou psicologia, ele lhe dirá que ela é causada pela pobreza, a discriminação e a falta de oportunidades. 

Mas o índice de homicídios e outros crimes cometidos por negros nos anos 1940 e 1950 era muito inferior ao de hoje. 

Me pergunto se o intelectual, esquerdista ou acadêmico explicaria que naquela época havia menos pobreza negra, menos discriminação racial e muito mais oportunidades para negros do que existem hoje. Ele teria que ser um idiota total para fazer tal afirmação. 

Então o que pode ser feito? 

Os negros precisam encontrar novos heróis. No momento, pelo menos em termos do apoio que recebem, os heróis dos negros são bandidos como Freddie Gray, de Baltimore, Michael Brown, de Ferguson, e Trayvon Martin, da Flórida. 

O apoio dos negros tende a ser dado a criminosos em sua comunidade, em vez de à maioria avassaladora da comunidade que respeita as leis. Essa situação precisa acabar. 

O que também precisa acabar é a falta de respeito e cooperação com a polícia. Alguns policiais são corruptos, mas negros têm probabilidade maior que brancos de virarem vítimas em enfrentamentos violentos com policiais simplesmente porque os negros cometem mais crimes violentos que os brancos per capita. 

Para uma raça de pessoas, essas estatísticas de criminalidade não são nada elogiosas, mas, se quisermos que algo de bom seja feito a esse respeito, não podemos nos deixar levar pelo jogo de atribuição de culpas que políticos negros, jogadores negros da NFL, líderes do movimento dos direitos civis e liberais brancos querem jogar. 

Se a visão deles for aceita, o status quo não deve melhorar muito. 

*Walter E. Williams é professor de Economia na Universidade George Mason

Conteúdo publicado originalmente no Daily Signal

Tradução de Clara Allain

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