• Carregando...
A esquerda culpa o capitalismo, Trump e até as mudanças climáticas pelas relações cada vez mais conturbadas entre pais e filhos.
A esquerda culpa o capitalismo, Trump e até as mudanças climáticas pelas relações cada vez mais conturbadas entre pais e filhos.| Foto: Bigstock

Recentemente, o New York Times publicou comentários de assinantes que se diziam orgulhosos porque seus filhos decidiram não procriar. Embora essas pessoas reconhecessem que queriam ser avós, elas se regozijavam diante do fato de que isso jamais se concretizaria.

Por que esses pais se orgulham tanto da decisão dos filhos de não lhes darem netos? Por causa das mudanças climáticas.

Sim, você leu certo. É melhor não ter neto do que ter netos que sofrerão e possivelmente morrerão por causa do aquecimento global.

Descrevo essas pessoas como “dementes” porque é preciso mesmo ser demente para acreditar que as mudanças climáticas são motivo para comemorar o fato de não se ter netos. Mas quem, pergunto eu, gerou esses pais dementes? A imprensa e as universidades.

A maior prova do poder da imprensa e das universidades na perversão das mentes das pessoas é o fato de elas terem convencido pessoas a se orgulharem de que jamais serão avós.

Dias mais tarde, o New York Times e seus assinantes (você tem de ser assinante para comentar) deram mais provas da psicopatologia onipresente na esquerda.

O colunista David Brooks escreveu um texto intitulado “O que está dividindo as famílias norte-americanas?” Apesar de não responder à pergunta — “Confesso que não entendo o que está provocando isso”, escreve ele — Brooks citava dados importantes. Por exemplo, ele mencionou um estudo de 2015 publicado no Journal of Psychology and Behavioral Science e que dizia que ao menos 27% dos norte-americanos não fala com um membro da família.

Por tratar desse assunto em meu programa de rádio há 20 anos, por escrito e também em vídeo, posso dizer que é uma catástrofe quando um adulto opta por cortar os laços com os pais. Homens e mulheres choraram em meu programa ao falarem sobre seus filhos e filhas que não falam mais com eles.

Além disso, e levando em conta as estatísticas que Brooks cita, não há dúvidas de que a situação piorou (por causa da presidência de Trump e, agora, a prevalência do pensamento esquerdista).

Por que isso está acontecendo? Em resumo, e sem ordem específica, eu mencionaria as seguintes causas:

Narcisismo: muitos norte-americanos foram criados para acreditar que têm direitos infinitos e poucos deveres.

Secularismo radical: a crença de que se deve “honrar pai e pai” morreu juntamente com outros valores judaico-cristãos essenciais.

Ingenuidade: muitos norte-americanos – sobretudo entre os ateus e os “esclarecidos” – acreditam que a vida deve ser isenta de sofrimentos. Como isso é impossível, então deve ser culpa de alguém (geralmente dos pais ou dos brancos).

Terapeutas incompetentes: Se a maioria dos terapeutas fosse apenas inútil, então os pacientes estariam somente gastando dinheiro à toa. Mas muitos deles não são inúteis; são prejudiciais. Sempre que converso com um pai cujo filho se recusa a falar com ele, pergunto se o filho discutiu isso com um terapeuta. Quase sempre a resposta é “sim”. E quase sempre o terapeuta estimulou o paciente na decisão de cortar relações com os pais.

Agora de volta ao artigo de Brooks. Novamente li o que os assinantes do New York Times tinham a dizer sobre “o que está dividindo as famílias norte-americanas”.

Assim como os leitores que escreveram sobre o orgulho de não serem avós, uma vez que seus filhos decidiram não terem filhos por causa das mudanças climáticas, novamente me deparei com a demência entre os leitores do New York Times.

O fato de praticamente nenhum leitor responsabilizar os filhos e filhas que se afastaram dos pais já é grave. Mas o que faz com que as reações entrem na categoria da loucura é que muitos dos leitores justificavam essas decisões catastróficas culpando o capitalismo, a pobreza, o ex-presidente Donald Trump e, acredite ou não, as mudanças climáticas.

Eis alguns dos muitos exemplos:

Peter, de Chicago: “É isso o que o capitalismo global faz de melhor. A destruição social”.

Boone, de Wild West, NJ: “Minha esposa não fala com quatro de seus cinco irmãos e isso se deve totalmente a Trump, que eles continuam apoiando e o que é simplesmente imperdoável. Eu concordo totalmente”.

Susan T., Brooklyn, Nova York: “A Fox e Trump são os principais motivos para as brigas hoje em dia”.

Mike, Fort Smith, Arkansas: “Trump e a Fox News criaram toda uma geração de loucos com os quais ninguém consegue se relacionar”.

Yog_Sothoth, USA: “A pobreza está dividindo as pessoas. É simples assim”.

SB, New York: “Se minha mãe e pai se tornassem assassinos, terroristas ou republicanos, será que eu ainda os amaria? Não tenho certeza”.

Tubbercurry, USA: “Por favor, sr. Brooks, estude as mudanças climáticas”.

GBR, Nova Inglaterra: “Nos últimos anos, minha opinião sobre eles (meus pais) mudou drasticamente. Adivinha o que causou isso? As iniciais dele são DJT. Às vezes se pode ter pais amorosos que o tratam bem, o defendem, lhe dão oportunidades, o estimulam, o apoiam... mas que não são pessoas tão boas assim quando você os vê como adulto...”

Thomas Zaslavsky, Binghamton, Nova York: “O que está dividindo as famílias? A falta de trabalhos decentes ou de qualquer trabalho. Não é difícil entender a correlação”.

RP, Califórnia: “O feminismo libertou as mulheres da dependência dos homens e nós celebramos isso... Celebremos o fato de que ninguém tem que conviver com aqueles que lhes causam dor”.

Se você quer saber como a esquerda perturba a mente, os corações e as consciências das pessoas, leia os comentários feitos aos artigos do New York Times. Depois leia os comentários nos artigos do Wall Street Journal. Você talvez não concorde com eles, mas não encontrará nada tão irracional e mau, muito menos demente.

Dennis Prager é colunista do Daily Signal, radialista e criador da PragerU.

©2021 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês 
0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]