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Foto realizada em 23 de maio de 2017 mostra o produtor Harvey Weinstein chegando para participar de festa no 70º Festival de Cinema de Cannes, no hotel Cap-Eden-Roc de Antibes, sudeste da França. A Academia Britânica de Artes de Cinema e Televisão (Bafta) disse que suspendeu a adesão de Harvey Weinstein, com vigência imediata | YANN COATSALIOU/AFP
Foto realizada em 23 de maio de 2017 mostra o produtor Harvey Weinstein chegando para participar de festa no 70º Festival de Cinema de Cannes, no hotel Cap-Eden-Roc de Antibes, sudeste da França. A Academia Britânica de Artes de Cinema e Televisão (Bafta) disse que suspendeu a adesão de Harvey Weinstein, com vigência imediata| Foto: YANN COATSALIOU/AFP

Recentemente, o renomado produtor cinematográfico de Hollywood Harvey Weinstein, 65, sofreu uma derrocada em sua carreira a ponto de ser demitido da própria empresa, quando algumas mulheres decidiram jogar os papéis no ventilador. Segundo publicou o jornal The New York Times, o produtor fez acordos judiciais com ao menos oito mulheres que o denunciaram por assédio sexual. Encorajadas, outras vítimas do produtor que guardavam segredo havia anos, também decidiram se manifestar.

Curiosamente, além de negar acusações de assédio, Weinstein, conhecido pelo temperamento forte e pelos ataques de raiva, é comprometido com causas sociais, como o combate à pobreza, à Aids e diabete juvenil, e é a favor do controle de armas nos EUA. 

Weinstein iniciou a carreira na década de 70, produzindo shows de rock em Nova York. Após juntar dinheiro fundou a Miramax, produtora de filmes independentes, que começou a ganhar prestígio com o filme “Pulp Fiction: tempo de violência”, em 1994, sendo responsável por alavancar definitivamente o carreira do diretor Quentin Tarantino.

Antes disso, já havia chamado a atenção com o lançamento do documentário de Errol Morris “A tênue linha da morte” (1988), que resultou na absolvição de um homem que havia sido condenado à morte equivocadamente.

Após enxergar potencial na produtora, a Disney comprou a Miramax por 80 milhões de dólares. Mais tarde, em 2005, saiu da produtora e, junto com o irmão Bob, fundou a The Weinstein Company, que ficou conhecida pela estratégia moderna e agressiva de divulgação. Ganhou cinco prêmios Oscar e sete Tony Awards. 

Juntamente com o êxito no mercado cinematográfico, começaram a tornar-se públicos relatos sobre atitudes indecentes do produtor. Gostava de andar nu e oferecer regalias para as mulheres em troca de favores sexuais. Além disso, já foi acusado de aterrorizar um diretor de cinema que estava no ‘leito da morte’, mas ofereceu um milhão de dólares à caridade como redenção. 

Denúncias

Apenas décadas depois, mulheres que foram assediadas decidiram denunciá-lo publicamente. A lista das vítimas inclui famosas como Gwyneth Paltrow e Angelina Jolie. Em entrevista ao NYT, algumas relataram terem sido tocadas forçadamente e ordenadas a fazer sexo oral no produtor. Hillary Clinton, Meryl Streep e até o ex-presidente dos EUA Barack Obama se manifestaram. Para eles, a ‘atitude é inaceitável’.

A esposa de Weinstein, Georgina Chapmann, 41, com quem estava casado há sete anos, anunciou nesta semana a separação. Após os escândalos, ela relatou estar com “o coração partido pelas mulheres que sofreram assédio de Weinstein” e que “os atos são imperdoáveis”. 

Demitido da própria empresa e com pedido de divórcio, o produtor informou à imprensa apenas que vai ficar um tempo afastado para lidar com o assunto.

Colaborou Isabelle Barone

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