• Carregando...
Membros do Comitê Nobel de Física, Olga Botner, Goran K Hansson e Mats Larsson apresentam os vencedores do Nobel de Física na tela: Arthur Ashkin dos Estados Unidos, Gerard Mourou da França e Donna Strickland do Canadá | HANNA FRANZEN/AFP
Membros do Comitê Nobel de Física, Olga Botner, Goran K Hansson e Mats Larsson apresentam os vencedores do Nobel de Física na tela: Arthur Ashkin dos Estados Unidos, Gerard Mourou da França e Donna Strickland do Canadá| Foto: HANNA FRANZEN/AFP

O Prêmio Nobel de Física de 2018, anunciado na manhã desta terça-feira (2), foi concedido a Arthur Ashkin, Gérard Mourou e Donna Strickland por seu trabalho pioneiro para transformar lasers em ferramentas poderosas.

 “A ficção científica se tornou uma realidade. Pinças ópticas permitem observar, girar, cortar, empurrar e puxar com a luz. Em muitos laboratórios, pinças de laser são usadas para estudar processos biológicos, como proteínas, motores moleculares, DNA ou a vida interna das células”, tuitou o perfil oficial do Prêmio Nobel.


Ashkin, pesquisador da Bell Laboratories, em Nova Jersey, inventou "pinças ópticas" – feixes de luz focalizados que podem ser usados para capturar partículas, átomos e até células vivas e agora são amplamente usados para estudar a maquinaria da vida. 

Mourou, da École Polytechnique, na França, e da Universidade de Michigan, e Strickland, da Universidade de Waterloo, no Canadá, "abriram caminho" para os feixes de laser mais intensos já criados por humanos através de uma técnica que amplifica o feixe de luz.

Leia também: O Nobel que o Brasil ganhou e ninguém sabia

"Bilhões de pessoas fazem uso diário de unidades de disco óptico, impressoras a laser e scanners ópticos, milhões são submetidos à cirurgia a laser", disse um membro do comitê do Nobel. "O laser é realmente um dos muitos exemplos de como a chamada descoberta do céu azul em uma ciência fundamental pode eventualmente transformar nosso cotidiano”. 

Strickland é a primeira mulher a ganhar o prêmio de física desde 1963, quando Maria Goeppert-Mayer foi reconhecida por seu trabalho sobre a estrutura dos núcleos. Uma repórter perguntou à professora como era ser a terceira mulher na história a ganhar o prêmio de física. 

"Sério? Foram só três? Eu pensei que poderia ter sido mais", respondeu Strickland, parecendo surpresa. "Obviamente, precisamos celebrar as mulheres físicas porque estamos trabalhando. Não sei o que dizer. Estou honrada em ser uma dessas mulheres".

Nobel de Medicina

O Prêmio Nobel de Medicina de 2018, anunciado nesta segunda-feira (1º), foi para o americano James P. Allison e o japonês Tasuku Honjo pelas descobertas ligadas ao combate do câncer com drogas que aceleram a função do sistema imunológico, a chamada imunoterapia. A estratégia pode ser traduzida como remover o “disfarce” do tumor para que o próprio organismo lute contra a doença.

A descoberta, de acordo com o Comitê do Nobel do Instituto Karolinska, na Suécia, formou um quarto pilar no tratamento contra o câncer, diferente de tudo que havia até então, como quimioterapia, cirurgia e radioterapia.

Calendário do Nobel

Na quarta-feira (3) será anunciado o prêmio Nobel de química, distribuído pela Academia Real Sueca de Ciências.

O Nobel da Paz, dado por um comitê escolhido pelo Parlamento Norueguês será anunciado na sexta (5); o Prêmio de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel, apelidado como Nobel de Economia, será anunciado na próxima segunda (8) e também fica a cargo da Academia Real Sueca de Ciências.

Quanto ao prêmio de literatura de 2018, a Academia Sueca afirma que pretende anunciar o ganhador somente em 2019, devido ao envolvimento da Academia Sueca em um escândalo de assédio sexual.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]