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Crítica

Para Keiro Yamawaki, sócio da Proa Arquitetura, a grande aglomeração de pessoas e veículos não é saudável. "Os congestionamentos acontecem no entorno, nas garagens e áreas internas de circulação veículos dos condomínios", afirma. "A cidade não foi preparada para isso."

Os supercondomínios chegaram a Curitiba junto com incorporadoras de outras regiões durante o apogeu imobiliário de 2008 e 2009, com suas torres múltiplas e centenas de unidades lançadas. Porém, atualmente perdem espaço para os tradicionais formatos de uma única edificação.

Em 2009, esses gigantes, que podem contar com mais de 300 unidades, correspondiam a 83% dos produtos lançados na capital. Em 2014, essa taxa não atingiu 30%, segundo a Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), enquanto os lançamentos com até 100 apartamentos lideram o ranking, com 46% da fatia de mercado.

A redução no volume de lançamentos dos supercondomínios deveu-se às mudanças do mercado local, como a falta de terrenos para abrigar esse tipo de empreendimento e o êxodo de incorporadoras de fora, que vieram com o know-how de construção e comercialização desse tipo de empreendimento.

No entanto, há quem siga apostando nesse nicho. As incorporadoras MRV, PDG e Invespark estão mantendo a aposta e colhem bons resultados.

A menina dos olhos da PDG nesse segmento é o Reserva Ecoville. A incorporadora diz que ele será o primeiro condomínio-clube "de verdade" da cidade. Com mais de 100 mil metros quadrados de área construída, o espaço possui áreas de lazer como cinema, academia e salão de beleza, que serão administrados por empresas do mercado. "Será um símbolo para Curitiba", diz Felipe Sebben, gerente da regional da PDG.

De olho nessa demanda, a MRV está construindo dois grandes residenciais verticais em Curitiba. Trata-se do Spazio Cosenza, no Pinheirinho, com 840 apartamentos, e do Spazio Champville, no Atuba, com 552 unidades. Já o Lifespace Curitiba, parceria da Invespark com a Rossi, terá 732 apartamentos.

Há ainda os empreendimentos multiuso, que reúnem torres residenciais, comerciais e corporativas. O HUB, da Tecnisa, no Centro, terá 450 apartamentos em torre única, além de 148 salas comerciais e 18 lojas em outra torre. Também em construção, o 7th Avenue Live & Work, da Thá, ao lado da Rodoferroviária, terá 685 unidades, 565 delas residenciais, além de escritórios, espaços corporativos e galeria com lojas.

A incorporadora local Invespark se especializou em erguer torres únicas na região central. São edifícios com ampla oferta de áreas comuns, que comportam centenas de studios e apartamentos de um quarto com baixa metragem para o público single, casais sem filhos e investidores.

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