Aos 79 anos, o norte-americano Richard Meier é um arquiteto de grande prestígio em todo o mundo. Suas obras seguem uma linguagem arquitetônica moderna construída a partir de desenhos geométricos compostos por linhas puras, planas e curvas e pela valorização da luz natural. A utilização do branco é outra característica marcante no projetos de Meier, para quem o branco é a mais maravilhosa das cores por permitir que se veja nela todas as tonalidades do arco-íris.
Seu modo de criar espaços foi influenciado por grandes mestres da arquitetura mundial, como Le Corbusier que conheceu em uma viagem que fez à Europa , Mies Van der Rohe, Alvar Aalto, Bramante, Barromini e Bernini e Frank Lloyd Wright, de quem herdou a atenção aos valores topográficos e à implantação das construções no terreno. Nascido em Nova Jersey, Estados Unidos, Meier se formou pela Universidade de Cornell, em 1957. É um dos arquitetos mais jovens a receber o Prêmio Pritzker, conquistado em 1984, e tem entre suas obras mais conhecidas o Getty Center, em Los Angeles; o Museu de Arte Contemporânea, em Barcelona, e o High Museum of Art, de Atlanta.
Funcionalidade e estética a favor das sensações
Denise Leal Ribas, arquiteta formada pela Universidade Tuiuti do Paraná e comanda, junto ao marido Ribamar Ribas, a Leal Ribas Engenharia e Arquitetura.
Carolina Leal Ribas, filha do casal, é graduada em arquitetura pela Universidade Positivo e atua no desenvolvimento dos projetos de arquitetura e interiores da empresa.
"Com ideias inovadoras, o trabalho do norte-americano Richard Meier é fonte de inspiração para nós. Uma de suas obras que mais nos encanta e surpreende é a Igreja do Jubileu, em Roma, localizada em meio a obras muito antigas e de estilo gótico, bizantino ou barroco. O projeto foi desenhado em 1996 e finalizado em 2003. Além de ser o primeiro templo católico romano pensado por um judeu, a Igreja se destaca pelo conceito contemporâneo e moderno de seu projeto. As curvas da fachada, que representam a Santíssima Trindade, abrigam a nave principal e a capela. Os espaços entre estas curvas são preenchidos com caixilhos de vidro, o que permite a entrada da luz natural, que foi utilizada como um elemento criativo no projeto. Assim, de acordo com o horário e a intensidade da luz, o efeito e a percepção do espaço se modificam. A parte de trás da Igreja foi construída com linhas retas, quadrados e retângulos, marca registrada das obras de Meier. Como a arquitetura precisa ser vivida para ser percebida, recomendamos a visita à Igreja do Jubileu. Conhecer de perto uma obra como esta é uma experiência única, especial e que agrega muito a nossa profissão. Como o arquiteto norte-americano, buscamos aliar em nossos projetos a funcionalidade e a estética para proporcionar emoções e sensações através de ambientes. Acreditamos que, acima de tudo, a arquitetura deve servir às pessoas. Ela é para nós a mais pública das artes."
