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No HUB Home, da Tecnisa, a lavanderia foi projetada para estimular o convívio dos moradores | Divulgação
No HUB Home, da Tecnisa, a lavanderia foi projetada para estimular o convívio dos moradores| Foto: Divulgação

Bom Senso

O gerente de atendimento do empreendimento

Lifespace Estação, Leonardo de Oliveira, explica que ter regras bem definidas para o uso do espaço é um fator importante para que a lavanderia coletiva seja uma solução para os condôminos, e não um problema. Confira outras dicas que facilitam o compartilhamento do espaço:

Retire as roupas da máquina logo após o término dos ciclos;

Não utilize mais de uma máquina por vez;

Separe uma das máquinas do condomínio para a lavagem exclusiva de roupas de animais domésticos e panos de limpeza;

Não deixe as roupas espalhadas pela lavanderia, acomode-as em cestos;

Acumule uma boa quantidade de roupa antes de utilizar a máquina. Não lave peças isoladamente;

Devolva à lavanderia os cestos disponibilizados para transporte das roupas;

Respeite o espaço do vizinho, ele tem o mesmo direito que você de utilizar a lavanderia.

  • Cristian Oliveira Irmes, empresário

Com espaços cada vez mais reduzidos, muitos apartamentos são entregues hoje sem áreas de serviço. A solução das construtoras, neste caso, tem sido transformar a lavanderia em uma área de uso coletivo dos moradores, algo que é comum em outros países e que vem ganhando cada vez mais destaque nos empreendimentos brasileiros.

A gerente de gestão de projetos da Invespark Em­preendimentos Imo­bi­liá­rios, Michelle Beber, diz que as lavanderias compartilhadas são uma tendência nos empreendimentos com perfil mais compacto, que têm como principal público-alvo os jovens, mas também são bastante procurados por executivos, solteiros ou idosos que moram sozinhos. "A lavanderia é um dos espaços comuns mais utilizados pelos moradores desses condomínios", conta.

Além de facilitar a tarefa doméstica, as lavanderias coletivas se transformaram em verdadeiros espaços de convivência. Um local onde os vizinhos têm a oportunidade de se conhecer, jogar conversa fora e até trocar dicas de limpeza e conservação das roupas enquanto aguardam o processo de lavagem e secagem, a exemplo do que ocorre nas lavanderias americanas. "Algumas pessoas chegam a combinar o horário para descerem juntas à lavanderia", conta a gerente de incorporação da Cyrela, Sílvia Fernandes.

Esse fato é tão representativo que os projetos de alguns empreendimentos mudaram o ar de serviço desses espaços para trazer ao ambiente um clima aconchegante. No HUB Home, prédio que está sendo construído pela Tecnisa, a lavanderia será transformada em uma espécie de lounge e, além das máquinas, contará com TV, sofá e mesa de centro. "Pensamos em oferecer mais do que uma simples lavanderia. Mas uma oportunidade de socialização dentro desse conceito de lavanderia lounge", explica o diretor de negócios da construtora, João Auada Junior.

Praticidade

A economia de tempo para a execução da tarefa de lavar as roupas é outro aspecto positivo das lavanderias coletivas. Michelle explica que quando o espaço é equipado com máquinas para atendimento industrial a duração da lavagem é reduzida pela metade. "Com elas a pessoa gasta, em média, uma hora para lavar e secar as peças. Uma máquina doméstica comum, dependendo do ciclo, leva 1h20 para realizar cada uma destas etapas", compara. Isso tem reflexos sobre o consumo de água e de energia e também sobre a quantidade de máquinas necessárias para atender a demanda do condomínio, uma vez que suas atividades são otimizadas.

Lavar as roupas num ambiente externo também possibilita ao morador utilizar melhor a área privativa do apartamento, uma vez que não será preciso destinar um lugar para acomodar o tanque ou a máquina de lavar. "A lavanderia coletiva também gera uma economia de recursos, pois torna desnecessário o proprietário ou locatário investir na compra desses equipamentos", acrescenta Auada.

Investimentos estimulam a utilização das lavanderias

As lavanderias coletivas são uma vantagem a mais para quem está à procura de um apartamento. Após a mudança, entretanto, é preciso que os condôminos organizem e definam regras de utilização do espaço e, em alguns casos, promovam melhorias em relação ao que foi entregue pela construtora.

O empresário Cristian Oliveira Irmes conta que a lavanderia do prédio de onde se mudou há cerca de um mês – no qual era síndico e ainda possui um imóvel –, era equipada com máquinas que tinham ciclos de até 8 horas, o que gerava conflito entre os moradores. "Algumas pessoas saiam cedo e deixavam as roupas lavando até a hora em que retornavam, no final do dia. Neste período, outros moradores não tinham como utilizar a máquina", conta. Irmes acrescenta casos de condôminos que utilizavam três máquinas de uma só fez, para lavar roupas brancas, coloridas e panos de limpeza.

Solução

Para resolver a questão, o condomínio substituiu as máquinas por modelos industriais que utilizam fichas para liberar o equipamento para utilização. Além de promover o melhor controle, o sistema otimizou o tempo de cada etapa – a lavagem dura 30 minutos e a secagem, 40 minutos. "Antes o uso era gratuito. Agora, quando o condômino deseja lavar roupas, tem que comprar as fichas – que custam R$ 3 para cada etapa. Isso fez com que as pessoas usassem melhor os equipamentos", conta.

Além das máquinas, o condomínio também investiu na instalação de um balcão com gavetões, para que as roupas sejam guardadas até que seu proprietário venha buscá-las, de uma TV e de uma câmera de segurança. "Tivemos casos de furtos de peças entre os vizinhos e de objetos da lavanderia. Com a câmera essas ações foram coibidas", afirma.

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