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Preste atenção!

Para escolher um lugar para morar, repare no que terá de fazer todos os dias.

- Deslocamento diário (para trabalhar, levar os filhos para escola);

- Acessibilidade;

- Comércio e serviço;

- Área verde e poluição;

- Ruídos;

- Paisagem;

- Infraestrutura: iluminação, saneamento, segurança.

Escolher o endereço onde vai parar o caminhão de mu­­dança na próxima vez que você mudar de casa é tarefa delicada. Exige cautela, paciência e dedicação para avaliar as diversas opções. Em Curitiba, quem há bairros e regiões para todos os gostos: só depende do interesse do de quem vai comprar ou alugar. Há opções para quem quer serviços por perto, contato com a natureza, para deixar de usar o carro, para quem quer uma vizinhança mais dinâmica ou prefere um bairro com clima de cidade do interior.

"Depois de escolher se você quer um apartamento ou casa, o que já limita as opções, é preciso pensar na localização. Temos percebido que a maioria das pessoas prioriza morar perto do trabalho", afirma Paulo Sérgio de Grande, corretor da imobiliária Magma. Outra recomendação, considerada essencial, é que o interessado visite a região e o imóvel no qual está interessado várias vezes durante o dia. "É melhor que as pessoas visitem esses lugares de manhã, à noite, na hora de sair para o trabalho, em dias úteis e nos finais de semana para conhecer melhor a região", ressalta o corretor. De acordo com ele, a maioria dos consumidores não presta atenção em detalhes na hora da escolha, que podem fazer diferença no dia-a-dia.

"Grande parte dos consumidores vai pela empolgação e não repara na vizinhança, se há um mercado ou padaria por perto e até mesmo em valores que são posteriores, como condomínio", exemplifica. Para o diretor de venda da Apolar, Daniel Galiano, a primeira preocupação de quem vai comprar ou alugar é com a segurança. "Depois é que a pessoa presta atenção no que tem ao redor, às vezes depois de estar morando no local", afirma.

Corretores e urbanistas endossam que é importante avaliar o que há por perto de casa, para além das suas preferências pessoais. "Eu posso estar perto da natureza ou ir até o trabalho a pé. Mas a localização pode se tornar um problema se todo dia eu precisar pegar o carro para ir até a padaria", lembra Giselle Dziura, arquiteta e urbanista, professora da pós-graduação da Universidade Positivo.

A arquiteta Ester Kloss aconselha que a escolha seja feita pensando na qualidade de vida. "Hoje, várias regiões oferecem serviços e os bairros chegam quase a ser independentes", diz. Ela comenta que a prioridade para escolher deve incluir o cálculo de distâncias. "É bom ficar perto do trabalho, se livrar do carro e do trânsito para diminuir o tempo de deslocamento e aumentar as horas em casa ou em atividades de lazer", reforça.

Fotos: Felipe Rosa/Gazeta do Povo

A vista compensa

As regiões próximas aos parques e regiões de preservação da cidade oferecem convívio com as áreas verdes, mas podem indicar a necessidade de transporte particular. "O Ecoville, por exemplo, é maravilhoso, mas em questão de serviços ainda é fraco. Quem mora lá depende de carro para tudo", comenta Daniel Galiano. Ele cita outros bairros que podem agradar quem quer proximidade com a natureza: Jardim Botânico, São Lourenço, Tingui, Tanguá e também as proximidades com o Parque Barigui.

"Se a intenção é ficar perto da natureza, recomendamos que as pessoas procurem conhecer o zoneamento dos bairros. Há locais onde há maior restrição para construções, com tendência a permanecerem mais arborizados", afirma Paulo de Grande. Ele cita o exemplo de algumas regiões de Santa Felicidade onde o regramento permite apenas a presença de uma família a cada 300 metros quadrados. "Ali você terá essa garantia", aponta.

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Deslocamentos mais rápidos

De acordo com os especialistas, para quem quer transporte coletivo, o leque de opções fica maior. "Curitiba se desenvolveu em torno do eixo de transporte e, se a intenção é garantir a facilidade para transporte, a escolha deve ser feita por lugares próximos às vias estruturais ou aos terminais de ônibus", afirma Ester Kloss. Como a Avenida João Gualberto, mostrada na foto.

Por isso, as regiões que circundam o anel central são as mais indicadas. "Batel, Mercês, São Francisco, Rebouças, Cristo Rei, Água Verde, Portão, Cabral e Juvevê estão entre os bairros que desenvolveram pólos centralizadores, onde é possível encontrar de tudo", diz Giselle Dziura. Bancos, farmácia, mercado e padaria são citados por ela como comércio de apoio imediato, então tem de estar perto de casa para facilitar o cotidiano. Outros serviços, que são usados mais esporadicamente, como lojas de roupa e concessionárias, podem estar mais longe de casa.

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Tudo por perto

O centro da cidade é, por excelência, o local onde se concentram comércio e serviços, que monopolizam a ocupação. Mas algumas construtoras e incorporadoras começam a ver o Centro como opção para um público que prefere não depender de ônibus ou carro, quer por perto opções de lazer e cultura e, ainda, conviver com o aspecto mais peculiar de cada cidade. "É no Centro que estão os imóveis mais antigos, que contam a história da cidade e onde estão os calçadões, cafés e as figuras pitorescas", comenta a arquiteta Ester Kloss.

Por falar em história, a arquiteta lembra que outro interesse que pode movimentar o morador do centro são os imóveis antigos, que podem ser encontrados por preços mais baixos. "E os imóveis costumam ser mais amplos, o que propicia reformas e customizações. O proprietário costuma ter grande chance de usar esses espaços da maneira que quiser, pois são amplos e funcionais", indica. Na foto acima, uma vista da Praça Osório pela janela do edifício Provedor.

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