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Mercado

Um tipo de cimento para cada fase da obra

Linha de cimentos da Votorantim facilita a escolha do produto ao “traduzir” na embalagem critérios da norma técnica

Iniciativa de adotar nomenclatura simplificada para o cimento deve facilitar a escolha pelo produto certo no varejo. | Bigstock
Iniciativa de adotar nomenclatura simplificada para o cimento deve facilitar a escolha pelo produto certo no varejo. (Foto: Bigstock)

A nova linha de cimentos lançada pela Votorantim Cimentos fez com que muitos consumidores prestassem atenção a um fato que muitas vezes passa despercebido em boa parte das obras: o de que existem diferentes tipos do produto para cada tipo de uso ou etapa da construção.

A classificação não é nova e é determinada por normas técnicas da ABNT que versam sobre a resistência, impermeabilidade e os aditivos que são acrescentados ao pó (escória, calcário, pozolana) para modificar suas propriedades, de acordo com cada necessidade de desempenho. “Temos no mercado 11 tipos básicos de cimento, cada um para determinado uso”, explica o engenheiro civil Ivanor Fantin, assessor técnico do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Paraná (Sinduscon-PR).

O que a Votorantim fez foi deixar isso claro ao consumidor comum e facilitar o processo de compra tanto para ele quanto para os profissionais do ramo que, ao encontrarem na embalagem tais informações, podem fazer uma recomendação mais assertiva.

“Fizemos uma pesquisa com consumidores finais, varejistas e profissionais e identificamos que existia uma dúvida generalizada na forma de se comprar cimento. Então, nosso caminho foi no sentido de simplificar a vida de todos”, diz Alisson Vitor Forti, gerente geral da regional sul da Votorantim Cimentos.

Para isso, a empresa classificou os cimentos em cinco categorias: obras estruturais, todas as obras, obras básicas, obras especiais e obras especiais em meios agressivos (veja mais no quadro).

Tipos de cimento

O CP I (Cimento Portland Comum) é o tipo mais tradicional disponível no mercado. Ele recebe adição de gesso, material retardador de pega (endurecimento), e é mais poroso, sendo utilizado para concretagem em geral em meios que não sejam agressivos, como explica Fantin.

Já o CP V ARI (Cimento Portland de Alta Resistência Inicial), endurece mais rápido conferindo uma maior resistência ao concreto em um curto espaço de tempo. “No primeiro dia, a resistência dele é de 26 Mega Pascal [cada MPa corresponde a 10 Kgf/cm²], o que permite que uma caixaria, por exemplo, possa ser retirada no dia posterior ao da aplicação. Ao final de 28 dias, sua resistência é de 53 MPa, ou seja, ele suporta 530 kg/cm²”, explica Fantin. Por esta característica, ele é muito utilizado na produção de artefatos de cimento.

Para a construção de barragens e esgotos, o CP III (Cimento Portland de Alto-Forno) é o cimento mais recomendado. Por receber adição de escória, ele é mais impermeável, durável e tem maior resistência a sulfatos – que geram corrosão no concreto –, o que justifica sua utilização.

Resultado

De acordo com os especialistas, a escolha assertiva do cimento para cada uso ou etapa da obra tem reflexos sobre a produtividade e a qualidade da obra. Isso porque, além de promover a redução de custos com retrabalhos e com o desperdício de materiais – como areia e água – utilizados na preparação do traço (“receita” da massa), ele contribui para potencializar a vida útil das construções.

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