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O governo da China tem intensificado a repressão às congregações cristãs da capital, Pequim, e de outras províncias do país. Os atos consistem em destruir cruzes, queimar Bíblias e fechar igrejas. Os fiéis são obrigados também a assinar documentos renunciando sua crença. As informações são da Associated Press (AP)

Veja imagens da queima de objetos religiosos na China.

O objetivo das ações é garantir a lealdade do povo chinês ao partido comunista, que é ateu, eliminando qualquer obstáculo a seu poder sobre a vida das pessoas. Pelas leis do país, celebrações religiosas apenas podem ser realizadas em congregações registradas junto às autoridades. Milhões de fiéis, entretanto, frequentam igrejas “clandestinas” ou cultos domésticos. 

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“A comunidade internacional deve ficar alarmada e indignar-se com essa flagrante violação à liberdade de religião e crença”, escreveu em e-mail à AP Bob Fu, pastor da Ong China Aid, organização cristã de promoção dos direitos humanos. 

Os chineses têm visto sua liberdade religiosa diminuir no governo Xi Jinping, considerado o líder mais poderoso do país desde Mao Tsé-Tung. Em abril deste ano, o governo baniu vendas on-line da Bíblia, que já eram controladas. 

No último domingo (9), cerca de 60 funcionários do governo, acompanhados por ônibus, carros da polícia e caminhões de bombeiros, trabalharam para o fechamento da sede da Igreja de Sião. Trata-se da maior igreja da capital chinesa, com seis filiais. À imprensa, o pastor Ezra Jin Mingri contou que os oficiais declararam que os cultos do local eram ilegais, e selaram as entradas do local. 

“As igrejas continuarão a crescer. Impedir o acesso a elas apenas intensificará os conflitos”, afirmou Jin. 

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Já um pastor da província de Henan, na região central da China, que preferiu não se identificar, relatou à AP que na última quarta-feira (5), representantes do governo invadiram a igreja que ele coordena a fim de recolher itens como cruzes, bíblias e mobília. Tudo teria sido queimado. 

Atualmente, há cerca de 38 milhões de protestantes na China, e a expectativa é de que, em algumas décadas,  o país contemple a maior população cristã do mundo. Uma minoria muçulmana que habita o país também estaria sofrendo com a repressão.

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