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Blitz contra o preconceito
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Todos nós sabemos que o Brasil foi formado por diversos povos de diferentes lugares e é justamente isso que faz com que o nosso país seja tão rico em diversidade e cultura. Porém, nem todas essas pessoas tiveram as mesmas condições. Falando especificamente dos negros e da escravidão, a Lei Aurea foi assinada em 1888, mas isto não significou necessariamente o fim da desigualdade ou então o fim do preconceito, visto que muitos sofrem até os dias atuais.

Conforme artigo da Gazeta do Povo há vários questionamentos acerca da situação dos escravos libertos no Brasil, uma delas é que eles não receberam nenhuma indenização, sendo assim, muitos não tinham como sobreviver, dificultando muito que essas pessoas prosperassem.

O resultado é que até hoje vemos resquícios de preconceitos enraizados na sociedade e muitas vezes reproduzidos pelas próprias crianças. Pensando nisso, a professora Elaine Pavani Corsi, da Escola Municipal Tanira Regina Schmidt, localizada em Curitiba, desenvolveu com os alunos do 4º ano algumas ações, para que eles conhecessem a história da formação do povo brasileiro, identificando as culturas e combatendo preconceitos.

Primeiramente, os alunos leram a matéria, anotando as palavras que não conheciam para consultar no dicionário e adaptá-las. Depois, relacionaram o texto com os conteúdos estudados em sala de aula, como a imigração, o Brasil Colonial, os Africanos e as leis abolicionistas, montando um mapa conceitual. Com todo esse conhecimento na cabeça, os alunos entrevistaram os familiares para saber mais sobre os preconceitos vividos por eles.

Além disso, fizeram várias entrevistas durante o recreio, para entender os conflitos vividos com os demais colegas da escola. Com todos os dados em mãos, chegou a hora de fazer a análise. Com a ajuda da professora, eles tabularam as informações e elaboraram gráficos com os resultados. Os alunos puderam identificar alguns traços de discriminação nos conflitos do dia a dia, que muitas vezes não apresentam justificativas aparentes. Da mesma forma, acontece com os familiares, que se sentem inferiores por seu poder econômico ou cor de pele.

A professora propôs ações para que os alunos atuassem como monitores no recreio, para favorecer o diálogo com os colegas, buscando com que eles entendessem e expressassem os sentimentos e com isso, diminuíssem os conflitos. Os alunos ainda fizeram cartazes conscientizando e promovendo uma cultura de paz na escola, livre de preconceitos.

Após o desenvolvimento do trabalho, Elaine enxerga muitos resultados positivos: “foi percebido o envolvimento da comunidade escolar e que trouxe multiplicadores, acreditando que ‘Juntos Somos Mais’, pois sabemos que os alunos aprendem pelo que ouvem, enxergam, sentem e vivem [...] podemos acreditar em um futuro de mudanças, confiando que nossas heranças culturais venham creditar bondade e respeito, pois nossos mais de 500 anos foram também de grandiosas conquistas e alegrias e podemos sim, fortalecer laços para intensificar uma história de orgulho para todos”, afirma a professora.

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