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Alunos do time de robótica da Escola Municipal Professor Erasmo Pilotto, de Curitiba  |
Alunos do time de robótica da Escola Municipal Professor Erasmo Pilotto, de Curitiba | Foto:

Conviver com robôs já deixou de ser ficção cientifica há muito tempo. Apesar de ainda não ser da forma como Nicholas Kazan previa ao roteirizar “O Homem Bicentenário”, produção que tinha Robin Willians no papel principal e foi campeã de bilheterias do fim da década de 90, estamos cada dia mais perto dessa realidade.

Pode ser que você nem tenha se dado conta, mas são tantas as atividades que utilizam de automações ou inteligência artificial no nosso cotidiano, que vivemos rodeados por máquinas, cada dia mais completas e autossuficientes. Esse processo de transformação, movido pela tecnologia, pelo qual passa a sociedade é um dos motivos que leva a escola a se reinventar e buscar novas maneiras de atrair os alunos e ser útil socialmente. E é seguindo essa linha de inovação que muitas tem encontrado no ensino de robótica as ferramentas necessárias para formar alunos preparados para o “mundo do amanhã”. 

Politicas Públicas 

Em Curitiba, a Secretaria de Educação tem investido esforços na área de inovação. Segundo Estela Endlich, coordenadora de tecnologias digitais e inovação, esse interesse não vem de hoje. Nos últimos anos a equipe tem pesquisado e se inspirado em Centros de Referência como o Massachussets Institute of Technology (MIT), o SEED Lab (laboratório de inovação do Governo do Estado), além de vários outros espaços que estudam a aprendizagem criativa e o movimento maker. Com isso a robótica vem ganhando espaço desde 2004, ocupando hoje um papel de destaque no município. 

Segundo Estela, é necessário ir além dos muros das escolas e a robótica possibilita essa interação. “Os trabalhos mais impressionantes não foram nem os grandes títulos conquistados, como a participação no FLL nos Estados Unidos, em 2015, mas aqueles que conseguiram transformar a vida de alguém, como por exemplo, o Projeto Drone Semeador, onde os alunos identificaram que o mosquito da dengue vinha se proliferando, e havia um rio próximo à escola. Observando essa necessidade, estudaram plantas que afastavam o mosquito e através de drone semearam essas plantas em todo o entorno do rio”, contou. 

A coordenadora ainda cita outro projeto envolvendo um robô seguidor de linha simples, mas que proporcionou extrema liberdade a uma aluna com Síndrome de Down, que graças ao dispositivo passou a poder ir ao banheiro sozinha, exercitando sua autonomia e independência. 

Esses são apenas alguns exemplos, citados por Estela, de projetos desenvolvidos em escolas municipais de Curitiba. Para ela, oferecer conhecimentos em torno da robótica para alunos da rede pública é um dever do Estado. “Na maioria das vezes, esses alunos só terão contato com esse tipo de tecnologia na escola, portanto, é dever do poder público oferecer recurso para formação desse cidadão que está com os pés hoje aqui no presente, mas que no futuro vai precisar desse tipo de conhecimento para a sua vida profissional” afirmou. 

Na prática 

Além das competências acadêmicas, o trabalho com robótica desenvolve ainda outras habilidades importantes. Segundo a professora Rita de Cássia Dias Fonseca, uma das professoras mediadoras de robótica da rede municipal e professora do Ler e Pensar, as crianças demonstram vários ganhos ao trabalhar com os projetos. “A concentração dos alunos aumentou, principalmente daqueles que apresentam hiperatividade, o desenvolvimento da comunicação dos tímidos e o espírito de equipe e a pró-atividade que se torna muito presente”, explicou. A professora citou ainda o desenvolvimento do raciocínio lógico e da criatividade como habilidades conquistadas. 

Mas, o que leva uma professora a se interessar por uma área tão especifica? Para a professora Rita, o interesse surgiu ao trabalhar com um time de robótica em João Pessoa e depois observando os amigos dos filhos montando robôs. A partir daí a curiosidade aumentou e Rita, sempre “antenada” nas notícias trazidas pela Gazeta do Povo e nas tendências divulgadas pelo Ler e Pensar, encontrou no projeto de contraturno escolar onde trabalha o terreno fértil para suas ideias. 

Agora, ela e seus alunos terão a chance de participar da etapa nacional de um grande festival de robótica que acontece no próximo mês em Curitiba e conta com o apoio do Instituto GRPCOM e do Projeto Ler e Pensar. 

Conheça! 

Se você se interessou pelo tema, essa é a sua chance de saber mais sobre o assunto. A FLL – First Lego League Júnior, evento trazido para Curitiba na sua primeira etapa nacional pela Positivo Tecnologia, tem a proposta de acelerar ainda mais a imersão de alunos no mundo da robótica. A temática desse ano é denominada Mission Moon, ou, Missão Lua, e só o tema já faz as crianças “viajarem” no espaço. 

A feira acontecerá dia 01 de dezembro, das 13h às 17h e é gratuita e aberta ao público. A organização do evento garante que além de se admirar com as exposições e conhecer mais sobre a robótica educativa, os visitantes contarão ainda com surpresas, para dinamizar sua tarde. 

Serviço 

Nome: FIRST LEGO League Junior – Etapa Nacional 

Local: Colégio Positivo Internacional (dentro da Universidade Positivo, Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 - Cidade Industrial – Curitiba/PR) 

Data: 01/12/2018 (sábado) 

Horário: Das 13h às 17h 

Mais informações: Site: www.flljr.com.br/ 

*Evento gratuito e aberto à visitação do público.

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