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Gincana de criatividade e engajamento
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Em tempos de pandemia, os professores perceberam como é importante exercitar a criatividade para manter os alunos não apenas engajados nos estudos, mas em contato com a comunidade escolar. E foi justamente usando a criatividade que a professora Juliane Bonin Ribeiro fez com que os seus alunos do 3º ano do Ensino Fundamental 1, da Escola Municipal Poty Lazzarotto em Pinhas (PR), continuassem aprendendo e superando desafios através de uma gincana on-line. A atividade inovadora foi a segunda colocada da Missão de Boas Práticas Digitais do Projeto Ler e Pensar (LeP).

A princípio, a professora Juliane buscou inspiração para saber o que fazer durante o período de distanciamento social. “Busquei uma reportagem no site da Gazeta do Povo sobre ações de protagonismo de professores nessa época. Na primeira atividade, enviei somente um áudio com o título da matéria, onde teriam que ilustrar e enviar áudios sobre o que acreditavam que o texto iria tratar”. A matéria escolhida foi “Professor caminha pelo menos 8 km ao dia para entregar lanches a alunos carentes”, do portal Sempre Família. Depois de instigar com o título, ela enviou a matéria aos estudantes, que fizeram a leitura do texto e responderam perguntas através de áudios. Esta foi a primeira das muitas atividades realizadas na gincana. 

A Gincana On-line

A gincana envolveu toda a turma, inclusive os familiares. As atividades variavam entre diversas áreas do conhecimento e foram explorados conteúdos que já haviam sido trabalhados em sala de aula e temas de interesse dos estudantes. Foram feitas leituras de livros virtuais (para a família e para o grupo, através do aplicativo), jogos, pesquisas, atividades de interpretação de texto, bingo virtual e diversas outras atividades. Cada uma delas tinha um prazo e uma pontuação, que dependia de critérios estabelecidos pela professora e informados no início da atividade. Havia também desafios especiais com pontuações bônus, tudo em estilo gamificado. Os resultados eram anunciados em grupo, onde os alunos também davam um feedback para a professora.

Um dos temas abordados foi justamente a Desinformação, trabalhado em uma atividade que envolveu a identificação de uma notícia falsa que circulava pelas redes sociais, uma pesquisa sobre a informação verdadeira que serviu de base para a mentira e a elaboração de um conteúdo informativo que foi distribuído para familiares e conhecidos através do WhatsApp para combater a Desinformação. Com essa atividade, a professora conseguiu desenvolver os pilares do Projeto Ler e Pensar e promover o protagonismo dos estudantes.

Além de abusar da criatividade e manter o grupo unido, a professora Juliane teve o cuidado de olhar para cada um dos alunos individualmente. Todas as atividades foram adaptadas para os estudantes com necessidades diferentes, como dificuldade de leitura e concentração, por exemplo. Além disso, os estudantes que não se sentiam confortáveis em receber a pontuação no grupo, poderiam falar com a professora no chat particular, assim como os familiares que tivessem alguma dúvida sobre como auxiliá-los nas atividades.

Uma ferramenta, muitos resultados

O primeiro obstáculo que a professora encontrou foi a limitação de acesso, pois a maioria dos alunos só poderia acessar a internet usando os smartphones dos pais, que tinham pacotes de dados mais simples. Justamente por isso, a professora decidiu fazer tudo através do WhatsApp. A versatilidade da ferramenta permitiu que a professora enviasse os desafios, mantivesse contato com estudantes e familiares, recebesse as atividades e comunicasse as pontuações. Isso mostra que é possível fazer muito com apenas uma ferramenta e superar as limitações, de acesso e de habilidade, já que a maioria das pessoas usa o aplicativo todos os dias.

Além de manter os alunos ativos durante o período de distanciamento social, Juliane garantiu que a gincana trouxe muitos outros benefícios. “O contato diário, que permanece até o momento, tem fortalecido vínculos, valorizados sentimentos e expressões e muito aprendizado com desafios diários onde eles são os protagonistas do processo e a troca é muito rica”, concluiu.

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