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Passageiros continuam a receber mensagens de esperança no aeroporto de Kuala Lumpur | Edgar Su/Reuters
Passageiros continuam a receber mensagens de esperança no aeroporto de Kuala Lumpur| Foto: Edgar Su/Reuters

As autoridades da Malásia examinaram um simulador de voo que foi confiscado da residência de um dos pilotos do avião desaparecido há mais de uma semana e pediram aos governos de outros países que partilhem informações confidenciais de radares. Segundo as autoridades malaias, sem essas informações a localização da aeronave será impossível.

Até o momento, In­­do­­nésia, Birmânia, Tailândia, Índia e Paquistão disseram não haver sinais de que o Boeing 777 desaparecido tenha voado sobre seus respectivos territórios. O número de países na busca da aeronave dobrou para 22.

Os investigadores estão estudando cada um dos 239 passageiros do voo 370 da Malaysia Airlines e da tripulação em terra que prestou serviços ao voo e à aeronave, o que trouxe um detalhe que fortaleceu especulações de que um ou ambos os pilotos estariam envolvidos no desaparecimento da aeronave.

As autoridades revelaram que as palavras finais do cockpit aos controladores de tráfego antes de o sinal ser perdido foram: "Tudo certo, boa noite". Os pilotos não mencionaram qualquer problema no voo, possivelmente numa tentativa de despistar o controle em terra.

Perguntado sobre o significado dessa declaração, o major da Força Aérea da Malásia, general Affendi Buang disse aos repórteres: "Isto é algo que não é normal na conduta de um piloto". Affendi disse que não sabe se foi o piloto ou o copiloto que conversou com a torre de controle. Esta incerteza também abriu a possibilidade de que mais alguém tivesse pronunciado tais palavras, embora ele não tenha mencionado tal cenário.

Área de busca

As autoridades da aviação da Malásia e de outros países que ajudam na investigação acreditam que a última comunicação por satélite do avião pode ter vindo de dois corredores: um mais ao norte, indo da fronteira do Casaquistão com o Turcomenistão até o norte da Tailândia; e outro mais ao sul, que se estende da Indonésia ao sul do Oceano Índico. Segundo o ministro da Defesa e vice dos Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein, os dois corredores estão sendo tratados "com igual importância".

Diante da grande área por terra e mar que teria de ser vasculhada, a fuselagem do avião pode levar meses ou mais para ser encontrada, ou ainda, nunca ser localizada. Para que se tenha informação sobre o que ocorreu com um mínimo de clareza é preciso localizar as gravações do voo que ficam no avião.

A área de buscas já envolve 22 países, disse Hussein ontem, acrescentando que esse número pode subir para até 25. "A busca já está altamente complexa e demandando um grande esforço internacional. Agora deve ficar ainda mais difícil", afirmou em entrevista para a imprensa.

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